Não, aquilo não era possível.
Quando tiraram o saco preto de seu rosto, me deixando enxergar com mais facilidade o lugar que eu estava, percebi do que se tratava: eu havia sido sequestrada. Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto, puta que pariu! Pensei vendo o lugar todo sujo e empoeirado onde estava. Meus antebraços estavam presos no braço da cadeira com fitas e meus pulsos da mesma forma. Meus pelinhos...
Minha visão ainda estava horrível, eu tinha ficado muito tempo com aquele saco preso na minha cabeça, não estava enxergando nada por aproximadamente... o quê, 3 horas? Não faço ideia, mas sabia ser tempo demais já que consegui contar mais de cinco mil carneirinhos.
Eu sabia terem pelo menos 3 homens ao meu redor, porque suas vozes eram diferentes, os tons e os timbres das vozes variavam entre agudo e grosso e isso me deixava um pouco receosa, afinal, por que eu estava naquele buraco infernal?
— Então a princesa já está bem acordada. — A porta foi aberta e vi alguns garotos entrando, na verdade, adolescentes. Mordi minha boca tentando impedir a risada, aquilo não podia estar acontecendo.
— Estou acordada já faz algumas horas, até bati meu recorde de carneirinhos. — Comentei zombando e encarando o menor deles, que tinha um cabelo loiro com uma trança. — Consegui 5022 carneirinhos, qual foi o seu número máximo?
— Nunca precisei contar, gatinha. — Ele comentou e eu revirei os olhos. Os outros ainda estavam em silêncio apenas me encarando de cima a baixo, como se eu fosse desprezível.
— Ok. Por que eu estou aqui? — Perguntei séria, tentando mexer meus pulsos, mas novamente sem sucesso. Até meus pés estavam presos. Mas que merda.
— Porque precisamos da sua ajudinha com uma coisa. Pode me chamar de Mikey, [Nome] — Eu ri e relaxei meu corpo na cadeira encarando ele e revirando os olhos.
— Eu sei quem você é, Mikey. Conheço você, o Draken, o Baji, o Pah-chin, Kazutora e o Mitsuya. — Falei encarando um por um, até voltar o olhar para o menor, o líder da gangue. — Vocês são a famosa gangue Toman, os deliquentes mais jovens que deixa todo mundo irritado.
— Oh... Não sabia que a princesa já teve o prazer de ouvir falar sobre nós.
— Claro que sabia, seu amigo ali. — Apontei com o queixo para Mitsuya que sorria de canto. — Fez o favor de roubar meu notebook semana passada e no início do mês passado, roubou minha bolsa. A propósito, você me fez tirar 0 no relatório, ele estava na mochila.
— Perdão. — Mitsuya riu me fazendo revirar os olhos. — Mas eu precisava fazer isso.
— Por que querem tanto a minha atenção? — Resmunguei irritada, eu só queria mexer meu corpo livremente.
— Precisamos que invada um sistema de segurança para nós e aí podemos te liberar. — Ele disse simples e eu fiquei incrédula. Eles tinham me pegado para isso? Uma invasão de sistema de segurança?
Como eles sabiam que eu podia fazer isso para começo de conversa? Fechei os olhos respirando fundo e neguei com a cabeça. Isso não podia ficar mais bizarro.
— Eu não faço ideia do que você tá falando, eu nem sei mexer em códigos html ou css, que dirá invadir um sistema de segurança que nun-
— A gente sabe que você costuma hackear algumas coisas de vez em quando. — Mitsuya sorriu e sentou na cadeira do meu lado, sorrindo gentilmente (se era possível nesse momento) — Você já roubou algumas contas de pessoas que trabalham com a gente e acabou deixando isso livre no seu notebook. Kazutora acabou descobrindo, créditos a ele.
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Uma barata | Mitsuya Takashi
Fanfiction[Nome] havia sido sequestrada pela gangue Toman e Mitsuya estava cuidando da garota e tudo daria certo e ela voltaria para casa naquela madrugada, mas não antes de começar a arrastar sua cadeira pelo cômodo, fugindo da estúpida barata que estava na...