Sopa de feijão?

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— Tudo que aconteceu ontem? — Ela perguntou mais a si mesma do que para Kiba de fato.

— Sim, você não lembra? — Ele falou, chateado.

— Ah, c-claro que eu lembro... — Ela mentiu, imaginando que poderia magoa-lo caso dissesse que não lembrava. Será possível que ela teria perdido a virgindade e nem lembrava? — Kiba-kun, eu estou cansada, apenas quero ir para casa dormir.

  Ela se despediu dele com um aceno. Ao chegar em casa, ligou para Temari, a qual Hinata sabia que estava preocupada com ela.

— HINATA, ESTOU INDO AGORA ATÉ SUA CASA. — Gritou Temari, ao atender o telefone.

  Quase que de imediato, a campainha da moça tocou.

— Eu poderia muito bem te dar um cascudo, sua cabeçona. Onde você esteve ontem? Como voltou pra casa? Por que não me mandou mensagem? Olha, eu mal dormi direito.

— Gomen, Temari-chan. — Disse Hinata, com cara de cachorro pidão.

— Ah, não faça essa cara, como eu vou ter raiva de você? — Ela abraçou Hinata, oque era surpreendente para Temari, que odiava contato físico. — Fiquei preocupada com você.

— Estou bem, Tema-chan. — Hinata soltou a moça. — Tenho um amigo chamado Kiba, passei a noite na casa dele.

  Hinata estava vermelha, e Temari a olhava como se quisesse entender oque ela dizia.

— Oi? — Foi tudo que Temari falou.

— Eh... Pois é.

— V-você por algum acaso transou c-

— Não! Digo, eu não sei, bebi demais e não lembro.

— Nossa, nunca imaginei que sua vida seria assim tão emocionante. — Ela quase riu disso.

  Mas então, seria errado oque Kiba fez, se eles realmente tivessem feito poderia ser considerado estupro, afinal de contas, Hinata estava bêbada.

— Você sabe que isso é crime, não sabe? — Temari disse.

— Temari-chan, eu não sei nem se aconteceu alguma coisa. Não vamos tirar conclusões precipitadas. — Hinata pensou, imaginando a possibilidade de realmente Kiba ter feito isso.

— Tudo bem, você resolve isso. Mas quero saber de outra coisa agora.

— O que?

— Ontem você esbarrou num moreno gato pra-

— Temari-chan, a boca!— Hinata disse, interrompendo a amiga, a moça era a primeira pessoa a se opor contra palavrões.

— Ta, ta. Mas enfim, ele ficou vermelhinho quando vocês se esbarraram, você conhece ele?

  Então não era coisa da imaginação de Hinata? Ele realmente ficou com vergonha... Mas não é possível, era Sasuke Uchiha!

— Acho que você anda vendo coisas demais. — Disse Hinata.

— E quanto ao loirinho? — perguntou Temari.

— Naruto-kun, ele é um amigo querido.

— E todos os três estão caidinhos por você. — Disse Temari, com ar malicioso

— O que? — Hinata indagou, incrédula.

  Temari riu da inocência da amiga.

— Eu queria saber se você quer sair. — Temari chamou.

— Hoje não, estou exausta e com uma pedra na cabeça — Ela disse.

— Tudo bem, vou ficar aqui com você, e vou chamar o preguiçoso. — Falou Temari.

— Não precisa, eu- — Hinata começou a dizer, mas foi interrompida pelo seu celular tocando, e atendeu.

— Mochi-mochi? — Disse Hinata.

— Gomen Hinata-chan, não queria ligar assim, mas queria saber se você está bem, vi você saindo ontem da festa com Kiba. — Era Naruto, genuinamente preocupado.

— Estou bem, Naruto-kun. Escuta, ontem eu estava muito bêbada? — Ela perguntou.

— Ah Hina-chan, você estava dizendo que era uma ferrari que pode se transformar em mulher, estilo tranformers. Inclusive, esse nome Kiba não tem lembra um salgadinho mexicano? — Ele perguntou, rindo.

— Não acredito que perdi o controle. — Ela falou.

  Enquanto ela conversava ao telefone, Temari recebia Shikamaru, e os dois iam preparar algo para comer com as compras que ele trouxe.

— Então você está no curso errado, deveria escrever livros. — Naruto falou, dando continuidade a outra conversa deles.

— Eu não acho que seria bom, não dá muito dinheiro. — Ela respondeu.

— Seguir seus sonhos é mais importante. Muitas pessoas alcançaram o sucesso financeiro depois dos 40. Você deveria aproveitar sua juventude. — Ele replicou.

— Talvez você esteja certo. Quando vamos nos ver de novo? — Ela pergunta, e sente uma pontada na barriga por perceber que sentia falta do loiro.

— Olha, tem um filme que lançou agora numa daquelas plataformas digitais, se quiser eu vou aí na segunda. — Ele disse, e ela assentiu.

  Ela desligou o telefone quando a sopa de feijão estava pronta. Ela amava os seus amigos, amava sua gata que agora lambia seu dedo mindinho do pé, e amava sopa de feijão. Mas com certeza teria que conversar com Kiba sobre o dia anterior, porém por enquanto ela iria deixar passar.

Um amor inesperado #NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora