•CAPÍTULO 2•

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-HENRY HALL-

"Denovo... Denovo sonho com esse maldito acidente. Porque? Eu nem sequer as conheço" falei frustado.

Olhei para o despertador, era 5:53 da manhã.

Denovo acordei cedo também. Levantei, fiz minha higiene e preparei um café da manhã, um misto quente com café.
Logo após, tomei um banho, iria até a casa do meu pai. Ele queria falar comigo, sobre um assunto importante.

"O que ele quer comigo?" Pensei. Depois de tanto tempo, mais de 10 anos sem contato, ele quer conversar comigo agora.
Acabei de tomar o meu café e fui me arrumar. Tomei um banho rápido e vesti uma camiseta vinho com uma jaqueta preta, um tênis preto com uma calça rasgada preta. Penteei o meu cabelo para trás e estava pronto para sair.
Peguei as chaves do meu carro e fui até a mansão do meu pai. Ficava a 40 minutos da minha casa.
O caminho foi silencioso apenas pensava no que aquele sonho podia significar.

Alguns minutos se passaram e eu cheguei até a mansão do meu pai. Estacionei o meu carro e entrei. A mansão era enorme, se tivesse 50 quartos, ainda era pouco.
O pai é um vampiro poderoso e gosta de esbanjar.
Logo quando entrei, vi o Lewis na sala assistindo TV junto com a Patrícia. A Patrícia era a namoradinha dele.

"Maninhooo" ele veio todo feliz.

Lewis era o irmão engraçado da família. Ele adorava fazer piada com tudo. Acenei para a Patrícia e olhei ele vindo na minha direção.

"Fala Lewis" falei sem muito ânimo.

Ele parou e fez uma cara de cachorro pidão.

"Nossa maninho, que falta de ânimo" ele falou e eu ri da cara que ele fez.

"Cadê o pai?" Falei já procurando o meu pai.

"Deve estar no escritório." Ele falou e segui direto para o escritório.

Cheguei na porta do escritório do meu pai e bati.

"Entre" escutei a voz do meu pai do outro lado da porta.

"Oi pai" falei fechando a porta.

"Oi Henry" ele falou ainda de costa. Ele admirava o jardim da grande janela do escritório dele.

"O que o senhor queria?" Falei indo direto ao ponto.

Ele apenas abriu a gaveta da mesa dele e retirou uns envelopes.

"Quero que fique de olho nessa menina. Ela se mudou para cá a 7 anos. O John ficou de olho nela por pouco tempo." Ele falou jogando algumas fotos de uma menina.
Peguei uma das fotos e vi ela. A menina do acidente. Ela estava sentada numa maca de hospital, com a cabeça baixa, seu olhar parecia triste.

"Eu tenho uma ficha dela, complete está ficha e me mande preenchida." Ele falou com autoridade.

"O que o senhor quer com ela?" Perguntei ainda olhando sua foto.

"Suspeitas minhas." Ele respondeu.

"Pode deixar comigo pai." Falei e já me levantava para ir embora.

"Henry... Toma cuidado" ele disse e se virou para a janela.

Assenti e saí da sala. Tanto tempo se passou, confesso que tenho saudades.

Logo procurei pelo John, meu irmão gêmeo, a única coisa que nos difere é os olhos vermelhos dele e o cabelo comprido. Bati na porta do seu quarto e logo ele abriu.

"Henry" ele falou alegre.Não esperava isso dele.

"Fala John" falei e o abracei.

Sempre tive mais conexão com o John, a gente sempre dividia tudo. Depois de adultos, ficamos mais próximos.

"O que faz aqui?" Ele disse fechando a porta atrás de nós.

"O pai me pediu pra ficar de olho numa menina." Falei sentando na cama dele.

"Ah sim, Ana né? Ele me pediu para ficar de olho nela também. Ele disse que ela pode ser perigosa, mas não senti nada demais nela." Ele falou cruzando os braços.

"Você que tirou as fotos?" Perguntei tirando a foto em que ela estava no hospital.

"Sim, o pai disse que ela estava nesse hospital e me pediu para ir lá." Ele falou indo ao computador. "Eu descobri mais coisa dela, dá uma olhada." Me aproximei do computador.

"Ela nasceu em 2004. Mas não achei o dia, o nome dela é Ana Hatman. A mãe dela, Emily Hatman, morreu em 2011 em um acidente de carro. Seu pai então se mudou para nossa cidade tentar uma nova vida." Ele disse. "E agora ela está morando numa casa simples em Rua Joseph Alfred número 214."

Peguei uma caneta que estava em sua mesa e anotei tudo o que ele falava.
Terminando de anotar, recebi uma ligação. Olhei para o número do celular, era o Peter. Peter era um amigo médico bruxo da família.
Não atendi, sei que ele estava me convidando para uma boate.

"Ok John, preciso ir agora. Depois a gente se fala." Falei dando um aperto de mão nele.

Precisava ir, então saí rápido da mansão e entrei no carro. Dirigia rápido para casa, precisava me alimentar. Olhei para o relógio e era mais de 14:00.
Chegando em casa, fui direto para a geladeira e bebi duas bolsas de sangue.
Terminando, liguei para o Peter.

"Peter, o que você queria?" falei

"Vem para a Boate Moonlight. Estou te esperando."

Apenas desliguei, precisava mesmo esfriar a cabeça.
Fui direto para lá. Chegando na boate, vi o Peter me esperando.

"Nossa, tá cheio hoje hein" falei.
Bebi uns drink e não me lembrei de mais nada.

O ANJO DA MINHA VIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora