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🖇 | Boa leitura!

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🗒DULCE

Dentro de duas semanas as coisas já estavam mais encaixadas. Christopher já havia assinado contrato com a galeria e trabalharia em uma nova coleção de obras pelos próximos meses. No começo tudo foi ótimo, ele me usou como inspiração para o primeiro quadro de um jeito que eu adorei. Tínhamos acabado de transar em seu estúdio e ele sugeriu que começasse a me pintar daquele jeito. Usei o lençol branco para cobrir apenas as partes que não deveriam ser mostradas e ele me pintou daquela maneira, em curvas que condiziam muito com a realidade e tão sensual que até eu me senti atraída por mim mesma.

Com o passar dos dias, ele ficou mais focado nas outras obras. Não parava de trabalhar e parou de me dar tanta atenção quanto eu gostaria de receber. Quando eu cobrava, ele se desculpava e dizia que assim que cumprisse o prazo me trataria como a deusa que eu sou.

Mas o que me incomodava realmente eram as tantas reuniões e visitas que Savannah insistia em fazer com ele. Ela sempre estava na nossa casa, às vezes quando eu estava trabalhando na clínica. Toda vez que isso acontecia, Christopher me avisava por mensagem, já que sabia que eu não gostava daquela mulher. Ele dizia que ela só queria acompanhar o andamento dos quadros, mas eu sabia muito bem das intenções daquela cobra.

Com relação ao Thomas, estávamos mantendo uma convivência amigável. Ele era uma pessoa muito legal e passou a correr comigo todas as manhãs sem o conhecimento de Christopher, já que meu marido acordava apenas depois das nove. O garoto seguia flertando e me dando cantadas. Eu ria toda vez e pedia que ele parasse, mas talvez ele achasse que eu estava gostando. Infelizmente, talvez eu estivesse. Estava carente da atenção de Christopher e aceitava as migalhas que Thomas me dava. Isso me fazia sentir mal, mas eu não conseguia parar.

Em uma noite quando eu tinha acabado de finalizar meu expediente na clínica, estava cansada e com as costas pesadas. Uma paciente desmaiou e eu tive que ter forças para erguê-la sozinha, já que os enfermeiros demoraram a vir até mim. O incidente acabou ainda mais com os meus músculos que já estavam moídos depois de um dia inteiro trabalhando. Por sorte, eu teria folga no dia seguinte.

Cheguei em casa meio desgrenhada, com o cabelo preso de qualquer maneira, a pele grudando por causa do suor do dia já seco e as pálpebras caídas, mas ainda abertas. Quando abri a porta da frente, tive uma infeliz visão de Savannah sentada no meu sofá parecendo esperar alguém.

Ela vestia um vestido vermelho bem provocante e que acentuava seu decote. O batom combinava com a roupa e seu cabelo estava tão brilhante e alinhado que fazia o meu parecer um ninho de gaivotas. Quando ela me viu, abriu aquele sorriso falso de sempre e ficou de pé, me fazendo sentir pequena com o fato de ela ter uma altura exuberante.

— Boa noite, Dulce! — forçou simpatia.

— Boa noite. — respondi colocando meu casaco no cabideiro. — Está muito arrumada para uma visita. — a olhei de cima a baixo.

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