Através De Um Feitiço ( DRAMIONE)

Capitulo 5- Meias palavras

—Eu não posso acreditar no que estou vendo! -Exclamou Pansy, escandalosa e dramática, como sempre, em quanto entrava no meu escritório e fazia minha esposa se afastar de mim e revirar os olhos, algo que eu também fazia. —Não tinha outro lugar para se agarrarem, não? -Perguntou à debochada. —Eu sou uma moça de família! -Pansy foi fechando a porta da sala enquanto Hermione terminava de abotoar sua blusa, o quê era uma merda.

—O quê a fez vir nos perturbar tão cedo, Parkinson? -Pansy olhou para Hermione, agora mais composta, e a observou por alguns instantes antes de prosseguir com um suspiro: —Não posso visitar um velho amigo? -Indagou enquanto se sentava de qualquer jeito no sofá cinza no canto da sala.

—Claro. -Respondo e a fito por alguns instantes. —Mas se me lembro bem, e só Merlin sabe o quanto a minha memória é péssima, nós nos reunimos semana passada. -Fiz questão de demonstrar todo o sarcasmo com o meu tom e ela cruzou os braços e revirou os olhos.

—Aconteceu alguma coisa, Pansy? -Hermione perguntou se sentando em uma das poltronas.

—Eu só preciso me esconder da minha mãe, por um tempo. -Os ombros dela caíram e eu vi a minha amiga bufar e se mexer desconfortável. —Ela armou para mim! -Deu para notar a irritação no seu tom gasto e arrastado, até que Pansy passou a mão na franja a puxando para trás e se levantou inquieta. —Ela se fez de doente, e quando cheguei lá, tinha um "pretendente" a minha espera!

—Achei que ela havia desistido de tentar casar você. -Todos sabem como as grandes e antigas famílias puro-sangue funcionam. Contratos de casamentos são feitos antes mesmo de nascermos e se comigo foi assim também, com Pansy não foi nada diferente. Ela foi prometida em matrimônio para Lohan Duboid.

Sua família não era uma das mais famosas, mas, era uma família antiga e tradicional e com seus cofres bem recheados, para á felicidade dos Parkisons. Tudo mudou durante a guerra bruxa, Lohan morreu e minha amiga se viu livre desse contrato de vez, já que não tinha sentimentos pelo mesmo, e sua mãe tentou várias e várias vezes fazê-la se casar, porém, Pansy nunca quis alguém controlando seus passos e suas decisões e foi embora da mansão Parkinson e foi viver sua vida.

—Eu também achei. -Seu tom soou tão triste que foi quase uma lamúria. —O tempo passa, e ela continua a mesma.

—Sabe que não precisa fazer nada que não queira Pans. -Minha esposa se prontificou a levantar e foi se sentar ao lado dela no pequeno sofá cinza ao canto da sala, Hermione agarrou as mãos de Pansy e lhe direcionou o melhor sorriso reconfortante que tinha. —Você já não depende mais dos seus pais á muito tempo, você é uma mulher crescida, é madura, é forte, é independente, você é profunda, porra Pansy, você é uma Estilista independente e bem sucedida, não precisa de ninguém opinando no que você tem ou não que fazer! -Pansy sorriu para Hermione e a cacheada devolveu na mesma intensidade.

—O tempo está passando, e eu sinto que continuo a mesma. -Ela fachou os olhos e inclinou a cabeça para trás. —Vocês são o maior exemplo disso, é só parar e observar, você são casados, se amam e formaram uma família... talvez eu esteja perdendo isso.

—Pans, tenho certeza que irá encontrar a pessoa certa, algum dia, e se não encontrar, e daí? Você já ganhou o mundo sozinha e por sí mesma! Mas se você deseja encontrar alguém, tem que ser alguém da sua escolha, alguém que você ache que seja o melhor para você e não quem a sua mãe acha que é. -Pansy pareceu engolir em seco e apertou as mãos de Hermione, que olhou para a minha amiga e sorriu. —Quando for a hora certa, no momento certo e com a pessoa certa, eu tenho certeza que você irá saber. -A minha esposa virou a cabeça na minha direção e sorriu, e foi como se o mundo todo tivesse feito sentido e ao mesmo tempo, eu senti que tudo se resumiu a nada, porque eu amava Hermione Granger.