v. ᴍᴇᴛᴜs ᴏʙsᴄᴜʀɪᴛᴀᴛɪs [Att.]

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[Atualizado]

Eles esperaram até o amanhecer para deixar Piltover, aproveitando a feira local para comprar algumas coisas para o jantar. Com calma, pegavam ingredientes de que precisariam.

ㅤ— Pega seis batatas, Eden, as maiores — pediu Viktor, atento.

ㅤ— Como eu sei se estão boas?

Viktor olhou para Eden, surpreso, mas logo riu ao lembrar que ele não tinha quase nenhuma experiência com cozinha. Com um sorriso, entregou-lhe algumas batatas e orientou:

ㅤ— Basta não estarem verdes ou com brotos.

ㅤ— Certo. Batatas, temperos... precisamos de cebolinha? — perguntou Eden, sorrindo. Ao ouvir o "É bom levar", Eden aproveitou a oportunidade para roubar um breve beijo de Viktor. — Tá, entendido.

Enquanto Viktor pegava algumas frutas, incluindo os morangos que Eden adorava, ouviu um grito ao longe.

ㅤ— ALI! ACHAMOS!

Os dois se viraram e viram os Defensores entrando na feira, o que era raro para uma manhã de quinta-feira. Viktor franziu a testa, estranhando a movimentação. Deu de ombros, pensando que talvez fosse apenas algum incidente local, e voltou a procurar Eden, mas parou de repente.Eden estava no chão, cercado por seis Defensores que o seguravam brutalmente, imobilizando-o e golpeando-o. Viktor tentou se aproximar, mas foi impedido por um deles.

ㅤ— Sinto muito, senhor, mas não pode se aproximar.

ㅤ— Ele é um viajante! O que acham que estão fazendo?! — protestou Viktor, empurrando o defensor e se ajoelhando ao lado de Eden, tentando afastar os guardas. — Saiam de cima dele! Chega!

ㅤ— Viktor!

Ele se virou rapidamente e viu Jayce e o chefe de polícia, Marcus, parados sem fazer nada. Jayce, finalmente se movendo, afastou os guardas de cima de Eden, que tossia e tentava se erguer.

ㅤ— Vocês perderam a cabeça?! — gritou Jayce, empurrando os guardas para longe enquanto Viktor ajudava Eden a se sentar, limpando o sangue que escorria de seu rosto. — Era só para imobilizá-lo e levá-lo ao Conselho!

ㅤ— Mas para quê, Jayce? — Viktor perguntou, enquanto pressionava um pano no nariz sangrando de Eden. Ele olhou para o amigo, confuso e indignado. — Por que levá-lo ao Conselho?

ㅤ— Marcus descobriu algumas coisas... O Conselho acha que ele pode ter informações sobre Silco, Viktor.

ㅤ— Eu nunca trabalhei diretamente com ele, só indireta! E isso foi há cinco anos! — Eden respondeu, ainda recuperando o fôlego. Sua raiva quase o fez avançar em Jayce, mas ele suspirou e se levantou, afastando o pano que Viktor pressionava em seu rosto. — Vocês poderiam ter me perguntado, mas escolheram a força. Agora vão ter que me convencer a colaborar.

ㅤ— Colaborar? — Marcus se aproximou, a mão firme sobre o coldre da arma. — Você não está em posição de fazer exigências.

ㅤ— Ah, claro. E depois de me espancar em público, acha que você está? — Eden se aproximou, sua estatura o colocando acima do policial, os olhos brilhando sombrios como de um predador. — Se você tem tanto medo do que eu represento, talvez devesse me deixar em paz. Eu colaboraria se tivesse algo útil, mas vocês só querem mostrar poder... Então, capitão, vai atirar em mim só por nada, ou vai me deixar ir para casa?

Eden abaixou o rosto, encarando Marcus de perto. A tensão no ar era densa, e Marcus parecia tremer sob o olhar de Eden, que exibia um sorriso sombrio, quase demoníaco, ajustando o uniforme do capitão antes de se voltar para Jayce.

ㅤ— Se eu for, vão me deixar em paz?

ㅤ— Sim, Eden. Só queremos informações, não estamos aqui para te julgar ou prender.

Eden ergueu uma sobrancelha, olhando Viktor de soslaio. Viktor suspirou e assentiu, indicando que confiava no processo. Com essa aprovação, Eden se permitiu seguir Jayce e os Defensores, mantendo-se próximo a Viktor. Viktor sabia bem do medo que o acompanhava.
ㅤ— Não precisam me algemar.

ㅤ— Mas ningué...

ㅤ— Mas ele ia — interrompeu Eden, apontando discretamente para um dos Defensores, cuja mão já estava nas algemas presas ao cinto.

Jayce lançou um olhar firme ao policial, e este rapidamente afastou a mão das algemas. Eles seguiram para o prédio do Conselho, onde um transporte os aguardava. Durante o trajeto, Viktor manteve o silêncio, cercado por muitas pessoas, mas, em um momento discreto, ele segurou a mão de Eden e apertou levemente, sussurrando:

ㅤ— Mantenha a calma e a paciência... vamos sair logo dessa situação.

Eden respirou fundo, tentando controlar o nervosismo. Ao chegar ao salão do Conselho, ele deu alguns passos para o centro, onde uma luz focada iluminava o espaço. Ali seria o ponto de seu interrogatório.

Iɴғɪɴɪᴛʏ。ー AʀᴄᴀɴᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora