sensação estranha....

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       —  Pequena Shepherd, vamos logo ou nós vamos nos atrasar! – escutei "tia" Lexie gritar da sala do apartamento que dividimos.

      Lexie é irmã de Meredith, minha mãe. Ela e o meu pai me adotaram ainda em Nova Orleans e me trouxeram pra Seattle, há uns 14 anos atrás. Agora tenho 21 anos, sou staff de cinco especialidades diferentes no Seattle Grace e felizmente, tenho uma família que me ama.

       Parece que está tudo em seu devido lugar.

       —  Calma, minha flor, tô indo! Sabia que se você comprasse um carro chegaria no seu horário?  –  perguntei pra ela assim que cheguei na sala.

       —  Muito engraçada você, só não te bato porque se não a Meredith ia me bater.  –  ela disse puxando a minha bolsa do sofá e me entregando. Eu ri enquanto caminhava até a porta abrindo e indo até o elevador deixando a mesma pra ela fechar.

       —  Sabia que a cobertura tá a venda?  –  perguntei quando entramos no elevador vendo ela negar com a cabeça  —  o síndico entregou um panfleto de anúncio ontem enquanto eu estava chegando do hospital. –  eu contei caminhando até o carro no estacionamento.

       —  Bem que a gente podia vender nosso apartamento e comprar  –  Lexie disse enquanto enfiava metade de uma barrinha de chocolate na boca de uma só vez  — imagina eu, você e o Andrew na cobertura do prédio sentados em frente a lareira, ia ser incrível  –  diz suspirando, como se realmente imaginasse isso.

       —  Bom, seria realmente interessante, mas pensa comigo: se a gente fosse comprar, todo mundo iria sair da casa da mamãe pra morar na nossa.

       —  Isso é verdade  –  ela concordou, rindo.

       O resto do curto caminho até o hospital foi quase silencioso, já que o único som ali presente era apenas a música da rádio que tocava bem baixinho. Assim que eu estacionei, Lexie saiu correndo do carro pra correr em direção a entrada do hospital, ela realmente tava atrasada.

       Desci do carro e o tranquei em seguida. Eram 10hrs da manhã, e por um momento, fiquei admirando como o dia estava bem bonito oque é difícil considerando que estou em Seattle. Logo, caminhei em direção a entrada, cumprimentando as pessoas que eu conhecia enquanto andava em direção a sala dos staffs para me trocar.

Mas assim que coloquei os pés no lugar, já escutei minha mãe e meu pai conversando com a tia Amélia.

         —  Vai, fiquem com ele só hoje, eu tenho 3 craniectomias marcadas para a noite e a creche vai fechar hoje, por favor!  –  Tia Amélia implorou para eles, que só negaram com a cabeça.
         Ela provavelmente tava se referindo ao schoot.

         —  Eu fico com ele hoje, tia Ame. Só vou fazer alguns pós operatórios e 4 aplicações de enxertos cardiovasculares, mas não se preocupe, eu pegarei ele na creche as 19:00hrs. –  eu disse enquanto calçava meus tênis de trabalho.

         —  Obrigada, meu amor!  –  falou animada, correndo até mim e me abraçando.  — Viu? Vocês deveriam aprender com a filha de vocês!  –  deu a língua para os meus pais que apenas reviraram os olhos e saíram.

        Eu ri enquanto via a tia Ame sair da sala. Eu estava andando em direção a porta para poder sair também, mas foi quando minha vista ficou turva, e eu pude sentir uma dor de cabeça logo em seguida.

        Me apoiei no batente da porta e respirei fundo, sentindo minha vista voltar ao normal. Balancei a cabeça e saí daquele lugar, fazendo meu caminho até a recepção.
        Isso foi definitivamente estranho.


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Segundo capítulo, esse foi pra mostrar com está a vida da Lyra depois de alguns anos.

Eu não sei realmente quanto tempo demora os procedimentos cirúrgicos citados no capítulo,então se estiver errado me desculpem.

No próximo capítulo vai ter p.o.v de um Mikaelson.

Espero que gostem.

Deixa a estrelinha se puder.

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