conversa estranha

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Hope Mikaelson P.O.V

Faz 3 dias desde que chegamos a Seattle, e as coisas não estão
exatamente indo como planejado. Lyra mal fala conosco, apenas o necessário como dar ordens ou nos reaprender por termos feito algo errado, porém, percebi que ela sempre tenta ser mais gentil comigo.

Hoje estávamos retirando algumas coisas da cobertura que o papai comprou aqui para colocar no depósito, já que não vamos usar tudo que veio de Nova Orleans.

—  Hope, eu estou subindo com essa caixa aqui e você leva a última.  –  Tio Kol disse enquanto caminhava com a caixa para o elevador.

O tio Kol não reagiu realmente bem quando dissemos que ele não iria poder virar interno. Na verdade, dizer que ele não reagiu bem chega a ser eufemismo. Ele surtou e quebrou uma parte das coisas que vieram de Nova Orleans.

Eu entendo que eles eram muito próximos, mas tipo, sério, não tinha necessidade.

Comecei a caminhar em direção ao elevador.

—  Espera, segura pra mim, por favor!  –  uma voz conhecida gritou. Assim que a pessoa colocou a mão na porta pra impedir ela de fechar, eu vi a cabeleira azul e os olhos azuis nublados me encararam de uma maneira calma.

—  Hm... oi, eh, você se importa se eu segurar o elevador só um pouquinho?  –  Lyra perguntou me olhando atentamente com a mão ainda na porta do elevador. Logo neguei com a cabeça.

—  Olha, Hope, eu sei que nossa relação não é das melhores... –  ela começou parando para respirar fundo e então continuou.  –  Eu realmente adoraria me aproximar de você já que você é minha irmã biológica, mas de relacionamento ruim entre irmãs que não se conheciam já basta o da minha mãe e da Lexie no início e....  –  percebi que ela fala muito quando está nervosa.

Soltei uma risadinha interrompendo ela que me olhou intrigada e confusa.

—  Tudo bem, eu adoraria lhe conhecer melhor e poder conviver com você no meu dia a dia.. e eu queria me desculpar por tudo que fazia quando eu era criança, eu não tinha noção das coisas que fazia para você e...

—  Mamãe Ly!  –  uma garotinha, com traços latinos e o cabelo extremamente preto, chegou correndo se jogando no colo da Lyra.

Ela disse... mamãe?

Não é possível que ela tenha uma filha, ou é?

Mas a garota não parecia nem um pouco com ela, mas antes que eu pudesse continuar meu raciocínio,  Lyra começou a chamar a atenção da menina.

—  Sofia! O que eu já disse sobre sair correndo de perto do seu pai?  –  ela questiona a garotinha que se encolheu no colo dela  –  Você não pode fazer isso meu bem, é perigoso! Aliás princesa, cadê seu pai?

—  Ele já tá vindo, mamãe. Você sabe como ele é, deixou a chave cair no estacionamento e ainda não tinha achado.. mas ele disse que não era pra contar para senhora, nem para mamãe Calie ou para mãe Arizona.

—  E você já contou né, sua pestinha?  –  Ninguém mais, ninguém menos que Mark Sloan, aparece falando enquanto entra no elevador. Lyra finalmente entra com a pequena no colo apertando o botão do andar deles ou dela.. eu não sei, tô confusa.

Eu sei que ela e o Mark namoram, mas não imaginava que eles tinham uma filha.

O elevador parou no décimo quinto andar e o Mark saiu primeiro, deixando Lyra parada na porta para ela não fechar.

—  Hope, aquilo que eu disse sobre nós nos aproximarmos é verdade, eu gostaria muito de te conhecer melhor.  –  Lyra disse, saindo em seguida.

A porta fechou e eu suspirei aliviada, essa temporada em Seattle vai ser tão difícil.

Pelo menos, ela quer se aproximar de mim. Imagino que isso seja um bom sinal, se virarmos amigas, eu vou finalmente poder tratar ela como sempre mereceu.


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Quero agradecer a andzxs por tá fazendo um trabalho incrível na revisão dos capítulos.

Desculpa a demora para atualizar.

Se gostou deixa a estrelinha.

Façam comentários pra deixar a autora feliz.

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