Notas: Percebi que estou apaixonada demais por hosie para deixar passar a minha vontade de escrever sobre elas.
Não há relação com o universo sobrenatural descrito em legacies, mas garanto que há algo imensamente sobrenatural no amor entre duas pessoas.
Boa leitura se alguém chegar até aqui.2 de Outubro de 2019
O hospital era um dos maiores de Chicago e Hope o conhecia bem. Passou grande parte de sua infância por ali e sentia como se tivesse decorado cada detalhe daquele ambiente de paredes tão brancas, algumas enfermeiras até sabiam seu nome e passavam cumprimentando a jovem que caminhou em passos cautelosos até a recepção.
Esfregava as mãos ansiosamente, era um costume que tentava cessar pois não gostava de se mostrar fragilizada e ansiosa.
— Oi, bom dia. Eu vim para fazer uma doação de sangue. - A enfermeira com poucos anos a mais do que ela não olhou diretamente em seus olhos. Nem sequer ergueu a cabeça para fingir.
— Preencha essa ficha. Se você veio doar em nome de algum paciente, coloca ali na parte de cima o nome completo da pessoa e a data de hoje aqui. - A mulher colocou uma ficha em frente a jovem, ainda sem erguer o rosto.
Alguém realmente não parecia estar de bom humor, a falta de educação mostrava claramente isso.
A garota de cabelos ruivos apenas recolheu a ficha sem questionar. Preencheu o formulário e relutou por alguns segundos, até finalmente escrever o nome pelo qual estava ali.
Colocou a ficha novamente sobre a mesa e a recepcionista recolheu entre os dedos, verificando as informações colocadas no papel com uma falsa concentração.
— Corredor a direita. Há uma sala de espera, vão te chamar pelo nome. Obrigada por colaborar com a doação de sangue do hospital. - A recepcionista mal humorada forçou um sorriso após a frase pronta.
Hope revirou os olhos saindo dali mais irritada do que havia chegado, mas sabia que era uma boa causa.
Poucos minutos sentada na sala de espera e a garota foi chamada. A sala era grande, com poltronas dispostas metodicamente pelo ambiente. O ar-condicionado gelado era incômodo, lembrava-se da sensação de estar ali diariamente, quando visitava a mãe em seus longos dias de internação.
— Bom dia, meu nome é Denise. Você já doou sangue alguma vez? - A enfermeira perguntou tentando distrair a jovem que se acomodou nervosamente na cadeira indicada.
— Algumas vezes. Sei como funciona. – E realmente sabia, já tinha feito aquilo antes.
A enfermeira preparou a agulha e em pouco tempo já estava presa ao braço de Hope, que via silenciosamente o sangue sendo sugado.
Relaxou na poltrona, fechando os olhos na tentativa de que aquele momento passasse rápido.
— Hope Mikaelson, você não tem vergonha? - A voz irritada a fez abrir os olhos em curiosidade. A garota de rabo de cavalo loiro a encarava com uma raiva que não compreendia.
— Como é? Vergonha? - A dúvida era verdadeira. As duas não se conheciam muito.
Estudavam na mesma faculdade e era isso. Nenhum outro laço que as aproximasse até aquele momento.
— Você veio aqui como se o que o seu namoradinho fez já não fosse o bastante. Josie está assim por culpa dele.
— Olha, eu não sei o que está acontecendo aqui, mas eu vim até aqui porque você postou no grupo da faculdade que uma aluna estava precisando de doações de sangue e que o tipo sanguíneo dela era O negativo. Eu sou O negativo também, só vim fazer por ela o que gostaria que fizessem por mim algum dia. - Pausou cansada de sempre ter que justificar suas ações, já que de alguma maneira o seu jeito fechado sempre era julgado como arrogante, sempre tentavam enxergar segundas intenções em suas decisões. - Você nem sequer explicou o que aconteceu com ela, eu só quis ajudar, Lizzie.
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Negative - Hosie
Hayran KurguHope ajuda uma garota desconhecida, mas em pouco tempo percebe que a ligação entre elas vai muito além disso. É tarde demais para voltar atrás. A gratidão é o ponto de partida, mas está longe de ser o ponto de chegada. "Senti você aqui em cada part...