Papai Número 1

- Um; Sexta-feira -

Marinette havia viajado naquela manhã com destino a Londres para o esperado desfile de sua mais nova coleção e passaria todo o final de semana no país vizinho. Por isso, Adrien passaria aquele período sozinho com os pequenos Louis e Emma de apenas três aninhos.

Ele nunca tinha ficado completamente sozinho por muito tempo com os filhos antes. Já havia passado uma manhã, uma tarde ou até um dia apenas com eles, mas nunca um final de semana inteiro.

Mas não havia nada para se preocupar, eram seus bebês afinal. Ele era o pai, poderia lidar com eles por aqueles dias. E o Agreste tinha experiência, claro. Trocava fraldas, dava comida e banho, acordava a noite quando eles choravam, sempre alternando com Marinette.

Definitivamente ele não estava preocupado. Tinha uma ótima programação para aquele fim de semana; passeios, piqueniques, parque de diversão. Para Adrien tudo daria certo, mas Marinette não tinha o mesmo pensamento. Por isso a franco-chinesa se encontrava ao telefone com o marido para ter certeza de que tudo estava bem.

- Marinette, só faz uma hora que você saiu. Está tudo bem! - com o corpo tombado no balcão da ilha da cozinha, Adrien terminava de dar a comida de Emma que brincava com ela fazendo bolinhas com a boca e ria sempre que elas estouravam.

Louis que já havia comido, dormia tranquilamente com a cabeça tombada para trás na cadeirinha de alimentação, a boca suja de comida completamente aberta.

A mestiça pode ouvir a risadinha divertida de Adrien pela visão do filho dormindo.

- Você tem certeza que vai ficar tudo bem? Você nunca ficou tanto tempo sozinho com as crianças. - a voz soava tensa

- My lady, eu sei cuidar dos meus filhos. - suspirou ajeitando a postura.

- Claro que você sabe, gatinho. Mas eles são dois e você é um só. Eu estou viajando a trabalho, meus pais de férias e Alya e Nino em New York por dois meses...- falava cada informação uma por cima da outra agitada.

- Marin, relaxa. Você precisa relaxar. Eu dou conta, tudo bem?! Você tem que se concentrar no desfile e no trabalho que você vai fazer. Deixa que das crianças cuido eu.

- Papa! Carninha. - Emma reclamava indicando com o dedo a boquinha aberta.

- Oh, desculpa, princesinha! - ele voltou a dar comida para a menina.

A franco-chinesa riu ouvindo as reclamações da filha.

- Tá vendo, até a nossa menina vai passar fome. - ela zombou com um sorrisinho.

Ela não estava vendo, mas sabia que do outro lado da linha Adrien revirava os olhos.

- MARINETTE! - ele bufou.

Ela gargalhou.

- Me desculpa, eu tô brincando. Mas você tem certeza que vai ficar tudo bem?

- Tenho sim. Não se preocupe. - ele reafirmou.

- Ok, chaton. Qualquer coisa você me liga. Agora eu preciso ir.

Eles se despediram, desligaram os telefones. Virou-se para as crianças ainda nas cadeirinhas de alimentação. Emma brincando com a colher e Louis ainda dormindo de boca aberta. Sorriu.

- É, crianças. Agora somos só vocês e eu.

[...]

A tarde chegou tranquila. Emma e Louis estavam sentados no sofá devidamente arrumados para um passeio no parque. A pequena loirinha usando uma blusinha branca e uma jardineira jeans com desenhos de joaninhas, estava graciosa com as maria chiquinhas altas, as quais Marinette ensinou Adrien a fazê-las perfeitamente, enfeitando cada uma com um lacinho avermelhado, os pés calçavam botinhas de galocha rosas brilhantes. Louis parecia animado usando uma blusa preta com uma pata de gato verde no centro e uma bermudinha jeans soltinha. Os pés balançavam animados pela botinha de galocha verde brilhante que ele tanto gostava.