Capítulo 3

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No outro dia às 9:00 horas Rafaela recebe uma ligação de um número desconhecido, ela já pensa em quem pode ser e tira a conclusão de que é Rodrigo.

Ela não estava enganada, era ele, estava com dúvida do que aconteceu depois da festa.

— Alô, aqui é o Rodrigo, este número é da Rafaela?

— Oi Rodrigo, é sim, tudo bem?

— Mais ou menos, precisamos conversar!

— Quando podemos nos encontrar? — Rafaela pergunta, ela fica um pouco nervosa, não quer que ele venha em sua casa e tem medo dele lembrar de algo do dia anterior.

— Hoje podemos? — ele pergunta.

— Sim, na sua casa?

— Não, vamos em uma cafeteria no centro? A "Expresso"? Você conhece?

— Sim, tudo bem, conheço.

— Te espero lá as 10:30 ok?

—Está bem! Até mais.

— Até.

Quando chega o horário Rafaela vai à cafeteria e Rodrigo já está à sua espera. Ela senta-se a mesa com ele.

— Oi Rodrigo.

— Oi — ele responde meio perdido — Tudo bem?

— Tudo sim, e com você?

— Até agora sim, a não ser por causa de ontem.

Rafaela fica nervosa, ela não quer matar pessoas inocentes apenas por ter visto ela. Ela não quer ficar com a consciência pesada.

— O que aconteceu ontem? Eu não lembro de muita coisa! — Pergunta Rodrigo com vergonha.

Rafaela se sente aliviada.

— Nossa acho que você bebeu muito. Do que tanto você se lembra?

— Lembro que falei com você, dancei na pista, bebi com alguns amigos. Mas eu não sei como eu fui parar do lado de fora da balada. Eu acordei caído no chão com uma dor de cabeça, tive até alucinações! — Ele fala coçando a cabeça e dando uma risadinha de vergonha.

— Pois é, você bebeu demais, tive que sair cedo, mas quando eu sair o álcool já estava por cima, devem ter te colocado pra fora e você pode ter batido a cabeça ou é simplesmente o efeito do álcool.

— Isso é estranho porque nunca aconteceu comigo!

— Dizem que pra tudo tem uma primeira vez — Rafaela dá uma risada.

— É pode ser. Vamos pedir algo para comer!

Eles terminam a refeição e vão às margens do rio para conversar um pouco mais antes da despedida.

— Eu sou segurança de um banco aqui no centro. E você?

— Legal, eu sou meio que uma guarda costa de um cara aí — diz Rafaela pensando em um modo de sair da conversa.

— Ah, quer dizer que você sabe lidar com armas e sabe dá alguns golpes?

— Meu chefe ainda está vivo, sou uma mulher preparada. Bem, mas eu tenho que ir!

— Já? Tão cedo.

Rodrigo pega na mão de Rafaela, que pensa em soltar, porém ela começa a sentir-se atraída por ele.

— É sério — ela fica perdida dentro dos olhos azuis de Rodrigo, na balada ela não pôde observar esses detalhes.

Ele a puxa para perto do seu corpo e dá um beijo em sua bochecha. Ela sente algo que ainda não havia sentido. A temperatura do seu corpo aumenta. Ela fica com vergonha e suas bochechas ficam vermelhas.

Jovem Assassina - Ela é humana, também tem sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora