2. the back

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JULIETA
DELGADO

— Senti tanta saudade. — falo quando abraço Monse.

— Eu também! Parece que já fazem décadas que não nos vemos. — nos separamos.

— Como estava o acampamento?

— Divertido mas cansativo, não via a hora de voltar para casa.

Quando Monse me ligou dizendo que tinha acabado de chegar corri para a casa dela, realmente parece que faz décadas que não nos víamos.

— E como os meninos estão? — nos sentamos em sua cama.

— Então bem, Jamal ainda está com aquela idéia de entrar para o time na cabeça e Ruby está feliz por não ter que dividir mais o quarto. — ela fica quieta esperando com que eu prosseguisse.

— E o César?

Merda, o César.

— É... olha só! Temos que ir para a casa do Ruby esqueceu? — me levanto. — você sabe que aquele baixinho odeia atrasos. Vem, vamos logo.

A puxo pela mão sem deixá-la responder, Monse é esperta, com certeza já percebeu que esta rolando alguma coisa, mas quem vai contar a bomba que explodiu não vai ser eu não.

[...]

Em poucos minutos já estávamos na frente da casa do Ruby, a Sra. Martinez nos recepcionou e nós subimos até o quarto.

— Cheguei! — Monse abre a porta.

— Monse você pode empurrar aquela mesa para o canto? — Ruby diz sem dar a mínima para o que a Monse disse.

— Nossa, até fiquei comovida com essa boas vindas. — entramos. — notaram alto de diferente?

— Você ganhou peito. Muito peito! — Ruby diz a analisando.

Ele é um idiota.

— Aonde tá o César? — Finnie senta na cama.

Jamal, Ruby e eu nos entreolhamos.

— O César não é legal e nós brigamos. — Jamal dá de ombros.

— Jamal! — falo.

— O que? Ela ia descobrir uma hora ou outra não ia?

— Espera, como assim brigaram? E o que eu ia descobrir uma hora ou outra? Vocês estão escondendo algo de mim não estão? — desconfia.

— Não. — dizemos em uníssono.

— Jamal...

— O César disse que te fodeu com força.

Um silêncio se instalou no quarto, ficamos por uns 5 minutos olhando um para a cara do outro até Monse se levantar.

— ELE O QUE?

[...]

— Eu ainda não acho que isso seja uma boa ideia. — Ruby fala.

Depois da Monse pirar ela decidiu tirar essa história a limpo com o próprio César, eu até tentei dizer que não era uma boa idéia e que eu até tinha tentando fazer isso ontem mas quem disse que ela me ouviu?

— Isso não pode ser verdade, César não pode ter feito isso. — ela andava rápido, era quase impossível alcança-la.

— Você e a Julieta deveriam passar da fase da negação sabia? — olho para Jamal. — mas é verdade.

— Cala a boca Jamal. — reviro os olhos.

A casa dos Santos é um lugar um tanto quanto macabro, ela estava cheia de homens altos e fortes bebendo, entre eles consegui identificar César.

— Você tem certeza disso Monse?

— Tenho Jamal, se você tá com tanto medo fica aqui então. — ela me olha. — você vem comigo.

— O que? Mas eu-

Ela puxa minha mão me arrastando até lá.

Hola Dios, soy yo otra vez.

— César, queremos falar com você.

— Nós não, ela quer. — digo rápido.

César sorri olhando para os amigos e depois olha para nós novamente.

— Tudo bem, mas se as duas vadias querem mamar o meu pau vão ter que fazer isso lá dentro.

Fico boquiaberta, o César que eu conheço nunca falaria isso. Que cuzão.

— Como é que é? — Monse estava tão incrédula quanto eu.

— Não entendeu? Se você quer chupar o meu pau...

— A gente entendeu. — falo e ele me encara. — sabe César, você era a última pessoa que eu esperava virar um babaca sabia?

— Ah, jura? Tô super interessando. — seus amigos riram.

— É sério sim. Espero que seus amigos também achem engraçado quando a porra da máscara que você usa cair, quandi perceberem que você não passa de um garotinho com medo do irmão mais velho. — o sorriso sarcástico dele havia sumido.

— A putinha ficou brava foi? — César se levanta.

— Deve ser por isso que sua mãe te abandonou.

Após dizer isso puxo a mão da Monse e saio de lá o mais rápido possível, todos ficaram quietos na hora e eu me sinto mal pelo o que eu disse, mas que se foda.

I hope you liked💫

ALL MINE, oscar diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora