lembranças

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izuku on

Katsuki continuava a insistir no assunto, quase que brigando comigo, seu telefone tocou e

pude assisti-lo sair rápido daquele quarto de hospital, me esforçava pra tentar lembrar do que aconteceu, mas nada vinha. Estava tudo tão estranho, eu sabia que tinha alguma coisa errada, mas ainda sim, nada vinha.

Alguns minutos passaram antes que uma enfermeira entrasse para me avaliar, de acordo com ela foi apenas uma queda de pressão, até perguntei se poderia ter batido a cabeça no processo, mas ela prontamente negou. Não havia nada. Então porque eu me sentia tão... vazio?

Vi Ochako chegar apressada enquanto explicava algo para meu marido, me assustei ao ver Shouto ali também. Tinha algo muito errado. Minha amiga passou pela porta e me cumprimentou normalmente, até que questionei sobre sua presença ali

_ Izuku, preciso que me escute agora, ok?

_ T-ta

_Tudo o que seu marido te falou é verdade, mas todo esse estresse fez com que você desmaiasse

_ Então porque eu não lembro de nada?

_ A mente humana é maravilhosa na maioria das vezes, ela fez com que você bloqueasse essas lembranças, de modo que não viesse a se machucar novamente. é algo muito comum em casos de trauma , acredite

_ Mas eu não tenho nenhum trauma, o que ta acontecendo?

_ é o que eu quero descobrir. Você confia em mim?

_ claro que sim, você é minha amiga

_ então eu preciso que faça alguns testes comigo, pode ser?

_ teste?

_ nada dificil, eu vou falar algumas coisas e você me responde a primeira coisa que vir a sua mente certo?

_ ok

.

.

.

Ochako fez várias perguntas, era até divertido. até o momento em que ela passou para cores

_ amarelo ?

_ kachan

_ certo, verde?

_ minha mãe

_ branco?

_ Todoroki

_ vermelho?

_ Kachan de novo - ri um pouco já que era a terceira ou quarta vez que eu me lembrava dele

_ roxo?

_ uvas

_ ok, agora, azul?

Eu abri a boca para responder, mas eu parecia travado. minha cabeça começou a latejar, doia demais. flashes passaram pela minha cabeça, um galpão, um ursinho e... aquele rosto. NÃO AQUELE ROSTO NÃO, POR FAVOR

Ele me segurou mas consegui me desvencilhar jogando seu braço longe, o que tava acontecendo comigo. Pisquei os olhos novamente e toda a cena horrível se transformou no quarto de hospital onde eu estava, Ochako estava encolhida segurando sua mão e do outro lado uma enfermeira vinha com uma seringa. meus olhos foram fechando aos poucos, mas eu não queria dormir, não quero dor-

acordei em um lugar diferente, o dia estava nublado, uma garoa fina se iniciava eu vi uma criança extremamente familiar se aproximando

espera, era eu? mas como?

ela passou diretamente por mim, o guarda chuva grande demais para si, eu era como um fantasma, que tipo de sonho era aquele?

comecei a seguir a criança até vê-la parar em uma pracinha, eu conhecia aquele lugar...

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