❥ short-fic
O que acontece depois do sim? O tão sonhado feliz para sempre? Ou as aparências podem enganar? Todos julgavam que Kim Dahyun tinha uma vida perfeita. Casada com Yoongi, um homem milionário e 6 anos a mais que ela. Dahyun é presidente de...
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Yoongi
Pelo canto do olho vejo o sorriso no rosto da minha mulher e algo dentro de mim estremece, como é gostoso ver ela assim. Ultimamente minha menina sorri a cada vez que acaricia sua barriga, tira uma fotografia ou fica olhando para o mar pensativa, mas sempre com um sorriso nos lábios.
E eu gosto tanto de vê-la sorrindo, gosto tanto de ver que está feliz, e por este motivo me recrimino tanto por não me dar conta de que ela estava infeliz. Julgava que Dahyun estava tão envolvida com seus projetos profissionais quanto eu, supunha que o pouco tempo que tínhamos para ficar juntos eram tão intensos que compensava as ausências.
Mas estava errado, eu a deixei sozinha por tempo demais, deixei o trabalho e a luta para manter minha posição na empresa da minha família serem mais importantes que minha mulher.
Perdi o foco do nosso relacionamento quando meu pai morreu e a ameaça de ver outra pessoa assumindo meu lugar me desestruturou. Mas era apenas por ego, não preciso financeiramente da empresa, fiz minha fortuna muito antes do meu pai falecer.
E em minha busca por mais poder, eu quase perdi o que me era de mais importante, minha doce menina. Vi que eu não poderia ter às duas coisas, para falar a verdade, não foi difícil escolher, não consigo pensar em uma vida em que minha mulher não esteja me esperando em casa. A porra é que eu a deixei esperando por muito tempo.
Quando recebi aquela maldita notificação do divórcio litigioso, já estava com quase tudo organizado para voltar, para ter uma base em Seul e administrar meus negócios lá, mas tive que mudar meus planos, eu teria que dar um tempo de tudo e tirar férias forçadas e tem tanto tempo que não faço isso. Mas mesmo naquela pequena casa, não consegui ficar completamente longe do trabalho. Comprei vários equipamentos para conseguir trabalhar mesmo que minimamente.
Não menti para Dahyun quando disse que estava fazendo pesquisas sobre bebês, nunca tive o menor interesse em ter filhos, nunca quis que um filho meu passasse as mesmas coisas que eu passei ao crescer sem um pai por perto. Sabia que meu pai me amava, mas também sabia que não era a sua prioridade.
Mas este bebê fez algo que não conseguia mais fazer, trazer um sorriso aos lábios da minha mulher, então quis saber mais. Quanto mais pesquisava mais me interessava e no último mês acompanhando as modificações no seu corpo, foi praticamente impossível não me sentir envolvido e isto foi uma grande surpresa.
No momento em que eu ouvi que ela faria um exame de ultrassonografia, eu quis vir e não era somente porque o bebê a fazia feliz, e sim porque eu queria vê-lo, queria compreender esta emoção que estou sentindo.
Ao entrarmos na sala da obstetra, eu tinha tantas perguntas sobre minha mulher, sobre a criança, quando nasceria, se ambas estavam saudáveis, se corriam algum risco, e a médica riu e disse que responderia a todas as minhas perguntas após a ultrassonografia. Ela nos encaminhou para a sala de exames e enquanto ajudava minha mulher a se sentar na maca, eu sentia meu coração bater acelerado.
