Capítulo 22

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Minha noção de tempo era nula, poderia ter se passado uma semana, duas, talvez um mês

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Minha noção de tempo era nula, poderia ter se passado uma semana, duas, talvez um mês... Só sabia que cada segundo nesse inferno parecia eterno.

Eles me trouxeram roupas e traziam comida vez ou outra, o suficiente para me manter viva. Toda vez que Donatell e Nikolai vinham até aqui, me enchiam de perguntas e eu me via misturando meias verdades com mentiras na tentativa idiota de proteger Bayer e sua família, que foram os únicos que de alguma forma, me trouxeram algum conforto. Com sorte, talvez Lessa tenha sobrevivido, com sorte.

Aprendi que Nikolai gosta que as pessoas sejam submissas a ele, aprendi que uma resposta errada e os hematomas apareciam em meu corpo, a última vez, foi porquê eu me recusei a responder a exata localização dos seguranças de Bayer na mansão Lancellotti, disse que nunca havia prestado atenção. Não era totalmente mentira, mas ele não se importou e socou o meu olho esquerdo, aqui não tem espelhos, mas posso jurar que ainda está roxo, por mais que a dor tenha ido embora.

O que ainda me mantém lúcida nesse lugar escuro é meu desejo de vingança contra todos esses merdas, que acham que tem algum tipo de direito sobre mim, que podem me usar como quiserem. Em um surto de raiva, eu chutei a cama estreita que colocaram aqui, ela era de madeira e eu pude escutar um barulho quando a chutei. Me joguei de baixo da cama e peguei uma lasca de madeira que se usada da forma certa poderia cortar alguém. Por muito tempo, encarei a madeira e pensei em me livrar desse sofrimento apenas enfiando ela em meu pescoço, no entanto, parei no último segundo e a escondi em baixo da minha blusa, presa no sutiã. Eles é que merecem morrer, eles merecem pagar por todo mal que me fizeram. Ah sim, foi com esse pensamento que me mantive lúcida e submissa às suas perguntas.

— Bom dia, doce Elea, como passou a noite? — Desperto assim que ouço a porta e a voz que tanto me causa ânsia, Nikolai. Mas, dessa vez, ele estava acompanhado de Greta e Donatell. Escondo minha surpresa por ver Greta junto, ela certamente se divertiu muito com a minha imagem, pois eu podia notar seu sorriso se ampliar ainda mais ao me ver.

Desgraçada. Aperto meus punhos e reprimo a vontade de fazer alguma besteira. Não é a hora, ainda.

— Tenho boas notícias, hoje eu irei te tirar desse lugar. — Nikolai diz com uma voz perversa e eu sabia que eu já não era mais do interesse deles, provavelmente irão me usar uma última vez como desejam e depois, serei morta. Fecho meus olhos e respiro fundo tentando controlar minhas emoções.

— Nossa como você fede. Vou ter um longo trabalho, isso se eu não vomitar e desmaiar. — Greta diz com sua voz irritantemente enojada e eu reprimo a vergonha, foram eles que me colocaram nessa situação.

— Greta e sua irmãzinha vão te limpar, então continue obediente e viverá, certo? — Nikolai sorri e um brilho sombrio atravessa seu olhar. Eu já sabia o que ele planejava e engulo seco.

[...]

O fato de estar em um banheiro sozinha com Greta e Louise, tendo apenas dois homens fora do quarto vigiando, me deixava menos ansiosa para o que eu tinha em mente. Poderia dar tudo errado, mas eu jurei que mataria ou morreria antes que aqueles vermes colocassem as mãos em mim da maneira suja como queriam.

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