Capítulo 19

1.3K 69 0
                                    

Elea

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Elea

Exausta seria uma palavra fraca demais para como eu estava me sentindo no final da tarde, Lessa não mediu esforços em me treinar de diversas maneiras, não até que eu caísse sentada de exaustão.

E me saí péssima, provavelmente com partes roxas em meu corpo. A defesa pessoal deles, não era nada comparada ao que eu via nas academias da cidade e eu não me exercitava fazia dias, talvez meses. Porém, acredito que com o tempo me sairei um pouco melhor. Preciso, na verdade.

Bayer não conversou muito comigo o restante do caminho de volta, ele parecia estranhamente pensativo e calado, o que me era estranho, visto que os últimos dias ele tem se mostrado um pouco... Mais expressivo e comunicativo, do que quando nos conhecemos.

— Algum problema? — Me atrevo a perguntar assim que adentramos sua casa. Ele finalmente me encara.

— Não. Vou descansar agora, deveria fazer o mesmo, Elea. — E de fato, sua voz estava arrastada e aparentava estar bem cansado.
Dou de ombros e sigo em direção a cozinha, deixando ele para trás.

Há tempos eu não cozinhava alguma coisa, os empregados daqui que sempre faziam. Porém, ultimamente eu não via muitos empregados pela casa mais, o único que ainda circulava com mais frequência, era Edgar. E me surpreendo ao vê-lo na cozinha, tomando um chá enquanto faz algumas anotações.

— Oi Edgar. — Cumprimento com um sorriso.

— Olá Elea. — Retribue o cumprimento e então olha para o meu braço. — Fico feliz que tenha se livrado do gesso.

— Nem me fale, odiei cada segundo com aquela coisa. — Resmungo e ouço sua risada.

— Venha, fiz chá.

— Na verdade, eu preciso repor minhas energias. Se não se importa, vou preparar alguma coisa bem reforçada. — Digo por fim.

— Tem certeza? Posso pedir comida pronta, não precisa se incomodar...

— Não, não precisa, obrigada.

[...]

Termino de preparar alguns ravióli de abóbora com a fiscalização excessiva de Edgar a cada segundo, parecia temer que eu me machucasse ou me queimasse. Eu ria internamente a cada expressão de pavor que ele fazia ao me ver pegar uma faca ou me aproximar do fogão. Talvez ordens do Bayer? Ainda me é estranho toda essa preocupação com meu bem estar.

Pude escutar um suspiro de alívio quando finalmente me sentei para comer na mesa já posta.

— Vamos comer, o cheiro está divino. E nem é porque fui eu quem fiz, mas... — O chamo, então provo um pedaço. — Está delicioso.

— Adoraria jantar com a senhorita, mas, preciso ir. — Se levanta enquanto pega um ravióli e experimenta. — Realmente, está divino!

— Obrigada, nos vemos amanhã.

Ele se despede e sai, continuo a comer até que me sinto satisfeita. Não demora para que o cansaço bata de vez e eu me sente de forma relaxa - até demais - na cadeira da mesa de jantar e fecho os olhos, criando coragem para recolher o prato, lavar e guardar o que sobrou. Poderia chamar o Bayer para comer, mas ele deixou bem claro que não quer papo.

Idaí. Não me importo com ele mesmo.

— Lessa realmente acabou com você. — E falando no diabo...

Abro meus olhos e tento não demonstrar o quanto me assustou e pigarreio, me alinhando na cadeira para tomar uma postura mais... Elegante.

— Na verdade, acabou sim e não tivemos muita evolução.

Noto que ele desencosta da porta e se aproxima. Meu corpo entra em alerta na mesma hora, Bayer vestia uma calça de moletom e apenas uma regata que não fazia menção alguma de esconder seus músculos - músculos dos quais eu me deliciei na noite passada. Engulo seco e balanço a cabeça a fim de evitar tais pensamentos.

Bayer não diz nada e também não ousa mover seu olhar do meu meu enquanto se senta na minha frente.

Calor... Foi isso que eu senti quando ele pegou um pedaço e mordeu, então lambeu a ponta do dedo. Seria uma coisa normal, se ele não tivesse colocado aquela língua no meio das minhas pernas na noite passada enquanto eu gemia loucamente, e eu não tivesse pensado nisso justo agora. Maldição, eu não conseguia desviar o olhar da sua boca.

— A sua comida é bem gostosa. — Diz e eu sinto uma pontada de duplo sentido em sua voz.

Seus olhos me encaravam com divertimento, eu parecia uma idiota excitada, não me surpreenderia se ele tivesse percebido. Bayer joga seus cotovelos na mesa e aproxima seu corpo em minha direção, sem nunca desviar o olhar.
Sem conseguir controlar o formigamento entre minhas pernas, aperto uma contra a outra.

Bayer desce seu olhar e eu almadiocei a pessoa que comprou uma mesa de jantar de vidro, o que fez com que ele notasse a pressão que eu exercia entre minhas pernas. Seu grande sorriso irritante foi o suficiente para que eu me levantasse bufando e recolhesse meu prato.

— Bem, se não for comer, guarde na geladeira! — É tudo que eu digo antes de praticamente sair correndo de lá. Literalmente.

Praguejei diversos xingamentos até finalmente alcançar o banheiro do meu quarto e me jogar debaixo da água gelada do choveiro, um banho gelado, era isso que eu precisava.

Desgraçado, estava apenas me provocando.

[...]

Depois de uma noite mal dormida e frustrante, eu me levanto, junto ao nascer do sol. Eu me recusava a admitir que a causa da minha falta de sono era por conta de um idiota mafioso.

Hoje seria outro dia de treino, independente da dor que eu estava sentido em partes do meu corpo e os diversos roxos que se espalhavam. Desço escada abaixo sentindo o cheiro de café que alguma empregada preparava e agradeço mentalmente por isso, não que eu gostasse, mas café era um remédio para noites mal dormidas.

— Obrigada! — Agradeço a senhora que apenas sorri e volta aos seus afazeres.

— De pé assim tão cedo? Não dormiu bem, foi? — Bayer de aproxima já perfeitamente vestido, de terno e tudo. Desvio o olhar sem graça ao notar seu tom malicioso.

Babaca.

— Apenas acordei mais cedo. — Digo e então uso a desculpa de levar a caneca até a pia e lavar, apenas para poder me afastar dele.

— Eu recomendo que vá descansar mais um pouco hoje, Lessa provavelmente pegará mais pesado.

De fato, eu não duvido nada disso. Concordo em um aceno e o encaro uma última vez antes de subir as escadas.

Seus olhos azuis me encaravam de forma que me faz recuar, profundamente e havia um certo brilho. Ainda pude sentir seu olhar me queimar até entrar dentro do meu quarto.

[...]

As coisas estão quentes né

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As coisas estão quentes né... 🥵
Não se esqueçam de votar e comentar, espero que gostem! :3

Entregue - Os Lancellotti Onde histórias criam vida. Descubra agora