Room In Rome - Girafa

Capitulo 3

Rafaella deitada de lado, a perna direita dobrada sobre a de Gizelly, com a mão esquerda apoiando sua cabeça, não conseguia parar de acariciar a pele cremosa da morena embaixo dela.  Sua companheira de cama estava deitada de bruços, os braços sob o queixo com a cabeça virada para o lado, completamente à vontade sob os cuidados da loira.  

Olhos preguiçosos seguiram sua própria mão enquanto as pontas de seus dedos levemente se arrastavam para baixo... para cima... para baixo novamente, para a curva de suas costas, sobre sua bunda e de volta para os ossos de suas costas. Era como uma compulsão. Ela queria escrever palavras, segredos, até mesmo um mapa que permaneceria impresso naquele corpo depois que esta noite tivesse passado. Ela nunca se sentiu assim antes. Nunca. Afinal, era um pouco ridículo se sentir assim por uma garota que ela conheceu há apenas cinco horas.

 Ela se inclinou para beijar seu ombro e pescoço, e então se ergueu sobre o corpo da morena lambendo ao longo de sua medula espinhal, soprando ar quente sobre a umidade em seguida, observando a pele enrugar em resposta e seu corpo estremecer.  Ela nervosa mordeu o lábio antes de admitir: "Eu menti para você."

- Sobre o quê?

- Eu já estive com uma garota antes.

- Eu sei. - Gizelly sentiu a mão de Rafa parar abruptamente após uma resposta tão indiferente. Ela moveu a cabeça para olhar para ela, os olhos brilhando. - Você não me degustou como uma novata.

 Surpresa com a resposta, Rafaella bateu em seu traseiro de brincadeira.  

- Talvez eu só seja muito boa - ela rebateu, presunçosa. Uma risada alta e rouca encheu a sala. Rafaella estreitou os olhos - Vai se foder! - Ela falhou miseravelmente em impedir que um pequeno sorriso aparecesse.

 Gizelly riu mais uma vez. Ela virou seu corpo cansado e segurou em sua mão, brincando com os dedos longos e talentosos da loira. 

- Me conta sobre ela.

- Acho que não.

- Por que não? - Rafa deu de ombros. - Me conta sua história, vai. - encorajou

- Não - a loira se sentou contra a cabeceira da cama cruzando os braços sobre a barriga.

 Preocupada que se afastasse novamente, Gizelly se recusou a soltar sua mão, querendo ficar conectada de qualquer maneira.  

- Effy...

 Rafaella balançou a cabeça cautelosamente, o suspiro prolongado que seguiu um precursor da verdade nua e crua. 

- Pelo amor de Deus, meu nome não é Effy, tá bom? -  Ela olhou para a morena, os olhos expressando profundo remorso, e então eles se afastaram. Ela odiava, absolutamente odiava, o jeito que Gizelly sussurrava aquele nome toda vez que ela... - É Rafa. Meu nome é Rafaella.

 Gizelly se sentou.  

- Sério? - perguntou com os olhos arregalados sem malícia em sua voz.

 Rafaella mordeu o lábio em apreensão. 

- Sim.

- Rafaella… - o coração de Gizelly acelerou enquanto ela observava os olhos de Rafa brilharem, um sorriso tímido se espalhando pelos lábios beijáveis ​​à sua frente.  - Ra-fa-e-la… Não. 

 Ombros caídos em aborrecimento 

- Inferno. O que você está fazendo?

- Testando seu nome na minha língua - ela piscou.  O rubor de Rafa  se espalhou de suas bochechas até o peito nu. Gizelly arrastou lentamente dois dedos entre os seios, sentindo o calor, um pouco de suor.  Ela contornou um deles, observando enquanto o mamilo se enrugava. - Combina com você. - ela parou por um momento, percebendo algo. - Obrigada, por isso! Por alguma razão me sentia estranha te chamando de Effy.