Prólogo

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Créditos da imagem a seu respectivo autor... se eu fosse fazer um desenho para cada capítulo essa fanfic levaria uma eternidade.

Quero deixar aqui um agradecimento especial a  Tamarindeiro_Gay por ter me dado ideias para essa fanfic e por não ter me deixado desistir de escrever isso – Ainda anseio por seus textos com os NingSang!

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      Já fazia tempo desde que o antes temido General Fantasma acompanhava jovens discípulos em caçadas noturnas. Ainda tentando se doar aos outros, ainda recebendo olhares estranhos e apavorados em consequência dos antigos boatos que corriam entre as seitas. Por mais que sua presença fosse de muita ajuda e apreciada pelos juniores, não muito tempo depois de Jin Ling assumir seu posto como líder de Laling Jin, o General Fantasma deixou o mundo do cultivo.

      Claro que, se houvesse necessidade ele lutaria, mas já havia chegado a um ponto de sua meia existência no qual Wen Ning já estava exausto até mesmo para um cadáver feroz, a percepção de que sua consciência amadurecia e ansiava por algo diferente era tão certa quanto sua terceira e definitiva morte que não tardaria tanto a chegar.

      Esse não é mais um relato sobre morte, ou inconformidade qualquer com a vida, podemos dizer que tudo partiu daquela manhã ensolarada, no sutil olhar de afeto da criatura, meio morta, meio viva, que passava seus dedos acinzentados sobre um canteiro de rosas vermelhas da forma mais delicada que podia.

      Logo colhendo uma e levando até a altura do rosto, fechou os olhos e fingiu uma inspiração profunda. Nada. Nem mesmo a substância que despertasse a mais expressiva das sensações sinestésicas faria efeito em seu corpo frio e rígido.

"Eu posso tentar descrever o cheiro, se você quiser..."

      De repente, uma voz divertida veio das costas de Wen Ning. Por força do habito, antes mesmo que a pessoa terminasse de falar ele se pôs de pé na defensiva, com sua energia ressentida rapidamente se espalhando para todas as direções. A pessoa em questão caiu no chão, deixando cair junto uma pequena porção de materiais de pintura que trazia consigo.

      Wen Ning ao ver o pequeno homem em vestes verdes todo encolhido e com as mãos erguidas para proteger o rosto – bem, só uma das mãos na verdade, a outra segurava firmemente, e de maneira tremula, um leque branco. Wen Ning imediatamente voltou ao normal, desviando o olhar como se estivesse envergonhado e estendeu a mão para o outro da forma mais suave possível. Então pronunciou com sua voz rouca:

"H-HuaiSang?..."

"Afaste-se dele! E-Estou avisando!"

      A voz vinha de uma cultivadora que se pôs em posição de ataque não muito distante das outras duas figuras, podia-se deduzir pelo sabre e as roupas que se tratava de um dos soldado de Qinghe Nie.

"A-Li! Está tudo bem. Ele só se assustou."

      Nie HuaiSang falava com um sorriso nada discreto e como se não tivesse acabado de levar o maior susto, se ocupou de recolher suas coisas. A mulher agora mais confiante olhava de um para o outro como uma mãe que quer saber qual dos filhos travessos quebrou o vaso enquanto estavam brincando; ela logo embainhou o sabre, e como combinado com o Nie-xiandu mais cedo, se afastou para lhes dar privacidade.

"Líder Nie..."

      Wen Ning tentava de novo, agora mantendo uma formalidade.

"Não me vem com essa, você sabe que pode me chamar pelo nome, A-Ning."

A Fala EncobertaOnde histórias criam vida. Descubra agora