26 NingSang (parte quatro)

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Bom, esse vai se passar antes e do aniversário do Wen Ning; essa parte é mais sobre o que aconteceu no quase 1 ano de casados deles.

Sobre o começo do capítulo, não pude evitar :D

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Uma caçada noturna visando proteger aquelas terras e as pessoas que lá habitavam não pareceria uma programação tão incomum e terrível para uma família de cultivadores em que deveriam cumprir tais obrigações rotineiramente. Mas naquele caso, alguns cuidados precisavam ser tomados.

Especialmente porque um dos integrantes do quarteto da família de cultivadores não era muito bom no ofício; mesmo não tendo demonstrado um grande avanço nos treinamentos tardios de autodefesa em sua vida, os outros achavam que não deviam se preocupar tanto assim, pois ele tinha a arma mais poderosa e pelo contato de seu próprio sangue, era o único apto para usá-la até então.

Nie Huaisang tinha Baxia, que além de um excelente supressor de energia yin, ainda lhe servia como um ótimo escudo. Embora o sabre o reconhecesse como apto para usá-lo, as técnicas de manejo do objeto ainda exigiam muito da pouca energia espiritual que o líder de seita Nie era capaz de cultivar.

Por isso, seu marido estava apreensivo em deixá-lo se separar. Por mais que outros soldados estivessem sondando Huaisang para a segurança dele, Wen Ning sentia que também havia sido vítima das garras da desconfiança e não confiava em ninguém a não ser em si mesmo para defender seu companheiro de vida.

"A-Ning, não se preocupe. Eu vou ficar bem!", Nie Huaisang se despediu com um carinho jovial e um sorriso que parecia demonstrar confiança.

Wen Ning se viu obrigado a conduzir seu próprio grupo de soldados para uma área mais distante daquelas áreas onde haviam se dirigido Nie Zhenai e Ouyang Zizhen – com quem ele também estava preocupado, embora demonstrasse bem menos aos mais novos as suas preocupações.

De alguma forma, parecia que as notícias sobre o caso de que cadáveres ambulantes vinham perturbando aquelas terras foram mal especificadas. Ou maliciosamente distorcidas. Considerando que seria uma tarefa fácil, os integrantes decidiram se separar e cada um liderar um grupo em direção a cada área atingida.

Acabariam logo com aquilo e com sorte conseguiriam informações para que o mal não se alastrasse. O que deveriam ser cadáveres ambulantes fáceis de lidar, na verdade foram se apresentando como um número cada vez crescente de cadáveres ferozes incontroláveis.

A medida que Wen Ning e seus soldados avançavam na floresta, parecia que a emboscada sobrenatural apenas se intensificava.

Tomado por um medo, que refletia nele seu passado em forma semelhante a daquelas criaturas e que ainda assombrava o seu presente, Wen Ning não tinha tempo de pensar. Sentia apenas que seu corpo estava agindo por impulso, pondo em prática todos aqueles meses que se dedicou ao árduo treinamento extra de seu novo lar em Qinghe Nie.

Mesmo quando os soldados acharam que o confronto tinha sessado, quando uns abaixaram a guarda e foram sorrateiramente atingidos pelos cadáveres ferozes que haviam acabado de suprimir. Não importava o que fizessem, eles sempre se levantavam.

Logo os homens ouviram novos grunhidos se aproximando da região. No grupo de Wen Ning, os soldados lutavam por algo além deles mesmos. As cenas dos entes queridos que precisavam manter seguros invadiam suas mentes, não os sufocando de desespero, mas lhes concedendo uma força extra para que conseguissem superar os próprios obstáculos.

Mas então houve sim um fator paralisante na cena.

Quando Wen Ning teve que gritar para um dos soldados vivos tomar cuidado com o ataque de um dos soldados que havia acabado de morrer atacado pelas garras de um cadáver feroz inconsciente. O soldado, ainda encharcado com o vermelho vivo do próprio sangue, havia acabado de se levantar dos mortos e se juntou ao bando dos cadáveres ferozes que atacavam seus companheiros.

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