Capítulo 17 - Nunca é Tarde Para Educar

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Lena Luthor  |  Point of View







Eu estava ansiosa pela chegada dos Zor-El e da minha filha. Não podia negar, e precisava agradecer Nia depois, por os trazerem até aqui. Eu não os deixaria de fora da luta se não tivesse a total certeza que nenhum deles se machucariam e outra, eles viriam aqui de um jeito ou de outro. Queria ver qual será a reação de Kara, quando descobrir que recuperei minha memória e realmente estou torcendo para que todos recebam Charlotte de braços abertos, assim como estou acreditando que irão.

— Então gosta de pintar? – Perguntei interessada.

Estávamos sentados à mesa da cozinha: Charlotte, Ronan e eu conversando sobre a eternidade da minha filha. Ronan me contou que ela ama pintar qualquer tipo de quadro, desde as paisagens até o perfil de uma pessoa. Tanto em tintas, quanto giz de ceras ou lápis.

— Gosto. – Respondeu-me envergonhada.

— E qual foi sua última pintura?

— Hum... – Murmurou olhando para o lado.

— Algo errado? – Questionei franzindo o cenho.

— Não. Eu só não quero falar sobre isso agora. – Era perceptível sua mentira para qualquer um.

Olhei para Ronan intrigada mas ele só me deu um dar de ombros. Suspirei levemente irritada, porém não interrogaria ou invadiria a mente de alguém. Eu quero que Charlotte se sinta a vontade de me dizer seja o que for.

— Um dia faz um quadro para mim? – Pedi mudando de assunto e me debruçando sobre a mesa.

— Como? – Perguntou piscando os olhos várias vezes.

— Eu gostaria muito que me desse um quadro.

— Hum... Claro. O que quer que eu desenhe para você? – Ela ainda estava surpresa com a minha pergunta.

— Me surpreenda. – Falei dando um sorriso de lado.

— Tem certeza?

— Sim. Você é a artista aqui. – Encostei as costas na cadeira. — Você pode fazer isso?

— Eu acho que sim. – Arqueei uma sobrancelha fitando-a séria. — Eu posso. – Disse firme como eu queria.

— Obrigada.

— E o que você acha de... – Não consegui terminar de dizer, pois senti o cheiro deles. Reconhecendo primeiramente o da minha filha e da minha Kah.

Sorri boba e alegre.

— Eles chegaram! – Falei simplesmente.

— Os Zor-El? – Minha filha perguntou receosa.

— Hey. – Estiquei minha mão por cima da mesa e segurei a sua firme. — Já conversamos sobre isso certo?

— Certo. – Disse derrotada. — Desculpe por isso. Eu só não consigo evitar.

— Eu te entendo, mas estou aqui. Se sentir desconfortável com qualquer coisa ou quiser se retirar por algum momento, você sabe como se comunicar comigo.

Ela assentiu com a cabeça.

Logo ouvi o som dos pneus dos carros contra a estrada de terra da fazenda. Fiquei acompanhando cada detalhe, desde o momento que pararam para abrir a porteira, até chegarem aqui e estacionando seus carros em frente a casa.

— Pode deixar, eu abro a porta. – Gritou Lex caminhando em direção a ela.

Nada respondi. Eu estava ansiosa e nervosa para vê-los, não fui muito receptiva quando estava morando com eles. Espero que não joguem na minha cara essas minhas antigas atitudes. Mas pediria desculpas à Kara por ter sido tão estúpida e cega com ela.

A Primeira Eterna - Livro 2 - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora