Capítulo 5

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Oi kkkj, eu tinha começado a escrever esse capítulo a meses atrás, fiquei desanimada e não consegui terminar, mas recentemente recebi um comentário que me animou e eu me esforcei pra escrever. Não é um martírio, mas faço por vocês. Espero que gostem.

.......

Yongsun se encontrava olhando para a folha do jornal que havia comprado antes de chegar a cafeteria, se sentar e fingir que estava lendo algo naquelas páginas acinzentadas. Quem prestasse um pouco de atenção em si perceberia que seus olhos nem ao menos se moviam para ler, como sempre, as notícias da violência exacerbada da humanidade. Um criminoso havia sido preso depois de muita investigação, o político que havia roubado verba dos hospitais para se divertir com família desestruturada fora do país, então a vaidade e os corpos magros das modelos definindo como é o padrão perfeito para toda mulher que se preze. É hipócrita como a humanidade cultua a violência há séculos mas condena quem à pratica privadamente¹. Yongsun odiava jornais.

Refletia agora o quão deveria estar desnorteada para ter comprado um.

- Por quanto tempo pretende fingir que está lendo?

Era Moonbyul novamente, com seus cabelos lindos e olhos brilhantes como sempre. Yongsun não se surpreendeu, sabia que ela costumava frequentar o café, talvez tivesse sido até proposital. Queria mesmo que por algum acaso ela estivesse alí e falasse consigo, mas ao mesmo tempo não queria por causa de suas limitações sociais. Não havia dormido na madrugada passada e confiava pouco no próprio cérebro no momento. Estava exausta, sentia uma ansiedade cutucar seu estômago e pressionar seu coração. Precisava mais do que nunca da gentileza de Moonbyul.

- Parece cansada - sentou junto a mesa.

- Minha cara está tão ruim assim?

- São só algumas olheiras, não te deixam menos bonita.

Yongsun soltou o jornal na mesa e sorriu negando com a cabeça.

- Não sabia que tinha o costume de ler jornais - Moonbyul pegou o jornal deixado na mesa e franziu o cenho ao ler a manchete.

- Eu não gosto.

- Ah, é verdade, eu percebi - disse com humor.

Yongsun revirou os olhos e agradeceu ao servente gentil que acabará de trazer seu capuccino.

- O que te tirou o sono?

Yongsun não queria responder. Era como um problema de alguém que acabou de chegar na vida adulta e se assustava com a ideia de morar sozinho em um lugar completamente desconhecido. Ela não deveria mais ter esses medos. Pensava o quão era infantil por estar passando por algo parecido.

A resposta não veio, olhou para Moonbyul por um momento, mas logo parou a atenção no o líquido na xícara, mexendo-o lentamente como se fosse uma tarefa interessante.

- Passei a morar sozinha depois que perdi minha irmã, é bem solitário as vezes. Sinto falta dela.

Yongsun ergueu a cabeça e seus movimentos pararam. Aquela era uma informação nova, não sabia muito bem como reagir. Moonbyul riu com o olhar expressivo que Yongsun lhe lançou.

- Já faz tempo - suspirou - só quero que saiba que sei o que você sente.

Yongsun sentiu os olhos lacrimejarem e engoliu em seco. Sentiu a mão macia de Moonbyul sobre a sua, acariciando sua pele com carinho.

- Obrigada.

- Que tal nós compartilharmos de uma bela amizade? - disse com um sorriso travesso - me dá uma chance?

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