Meu Vintage Amor | Hopekook

Singin' in the rain

É, já faz um ano. Eu peço perdão a todos que esperaram. Foi um ano complicado, um ano de muitos acontecimentos e muitas mudanças pra mim. Meu Vintage Amor se tornou um desafio já que toda minha vibe despencou kkkjk. Fiquei perdida não sabia mais o que eu tava escrevendo aqui e nem qual era o meu objetivo com essa história. Mas recebi muito esporro até de mim mesma kkkjk. Nunca se deve deixar uma história pela metade mesmo que você não goste mais dela, não é só pra mim que eu to escrevendo. Mas eu gosto dessa história, só precisei de um tempo pra refletir. To me situando aos poucos, mas eu vou terminá-la sim. Sem mais delongas, ao capítulo, que estranhamente não se chamará Capítulo 6.

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As vezes Jungkook se perguntava o som que as estrelas faziam em meio o barulho de seus pensamentos. Era uma tática para tentar deixar tudo quieto dentro de si com uma pergunta que ele não sabia responder. Mas para essa tática funcionar ele não pesquisava pela resposta mesmo que soubesse que provavelmente alguém a teria, era melhor que criasse infinitas teorias em sua cabeça, como por exemplo pensar que as estrelas emitiam cada uma diferentes sibilos de cobras ou que fossem como as baleias cantoras do mar. Mas a sua preferida e a que ele acreditava fielmente, é que as estrelas são corações de animais que foram amados ou amaram demais na terra para não continuarem batendo no céu. Então seus sons eram como o pulsar de milhares corações batendo em conjunto como uma sinfonia que Jungkook não se importaria de ouvir por horas.

Paris estava nublada, as ruas estavam molhadas e algumas pessoas ainda mantinham o guarda-chuva sobre a cabeça como se com ele pudessem se proteger das poças de água que se encontravam pelo caminho. Jungkook estava parado em uma calçada encarando uma loja de cupcake do outro lado da rua, vestia um sobretudo e tinha suas mãos dentro do bolso em uma tentativa de esquentá-las do frio. Nesse meio tempo ele divagava sobre estrelas e seus sons enquanto o fraco sol se escondia sob as nuvens acima de sua cabeça. Uma gota solitário do orvalho de uma árvore pingou sobre seus cabelos e som de um choro alto e frustrado perturbou seus pensamentos lhe direcionando a atenção ao bolinho de cobertura rosa com granulado colorido espatifado na calçada molhada. Olhando um pouco para cima Jungkook pode avistar uma janela e uma mulher com olheiras profundas assoprando uma xícara de café fumegante nas mãos delicadas. Sua mente lhe levou a imaginar aquela mulher no lugar daquele bolinho, espatifada no chão como um desenho animado.

Riu e balançou a cabeça para se livrar dos pensamentos estranhos que o capturavam pela manhã. Passou a andar até a loja de cupcakes que era seu destino antes de empacar na esquina ao ver Hoseok lá dentro pelo vidro transparente. O grande problema foram os sonhos nada inocentes que havia tido com ele na noite passada. Era estranho para Jungkook, ele não costumava ter esse tipo de sonho, erótico... Mas Jungkook não estava disposto a discutir com as questões de seu subconsciente. Sonhos estranhos para tempos estranhos.

Na noite passada em que a chuva estava forte e eles compartilharam de uma conversa enquanto tomavam chocolate quente, Jungkook sabia que as reações de seu corpo haviam ficado na cara e eles não haviam se falado depois daquilo, tinha medo da reação que ele teria, aliás não o conhecia de verdade. Apenas a atração que Jungkook começava a sentir era inegável. Mas naquela manhã, ele havia decidido que deixaria os desejos da sua cabecinha tola de lado, era loucura, ele sabia bem. Tinha um péssimo histórico de paixonites por homens mais velhos que ele preferia guardar em segredo. Era vergonhoso demais que ele mesmo já soubesse.

Ao finalmente atravessar a rua e entrar na loja, o cheiro de bolo, café e chocolate invadiram suas narinas e instigaram seu paladar. Era um lugar aconchegante e amplo em tons pastéis, haviam sofás, poltronas e mesas dispostas em todo o lugar, e Jungkook não pode deixar de reparar em uma longa estante de livros alí. Ao fechar a porta atrás de si a manhã barulhenta de Paris ficou para atrás, além das fornadas de bolo chegando para decorar, só se ouvia algumas pequenas palavras das poucas pessoas ali falando em seu particular.