02. Namorados de mentirinha

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Jiew estava caminhando em direção ao refeitório quando foi interrompido por seus colegas.

"Jiew, você soube sobre Yong?"

Era de conhecimento geral que YongJiew eram inseparáveis, então eles estavam apenas confirmando se o colega sabia sobre os últimos eventos. Porém, neste caso, o aluno mais baixo não sabia realmente do que se tratava, porque uma conversa com o professor da última aula havia consumido todo o seu tempo e atenção.

"Yong está na enfermaria passando mal! Não sabemos o que aconteceu com ele, mas o levamos lá e íamos buscar as coisas dele na sala de aula. Ele não poderá voltar para assistir às outras aulas hoje! ", explicou Marc.

A notícia pegou Jiew de surpresa, mas ele reagiu rápido. Ele rapidamente correu de volta para a sala de aula, pegou os pertences de Yong e os seus, e passou por seus amigos em direção à enfermaria, gritando para eles que lhes enviaria uma mensagem no Line para dizer que estava tudo bem.

No entanto, ver Yong provou ser mais complicado do que o menino havia imaginado:

"Sinto muito, garoto! O paciente está em um estado delicado e precisa descansar! Não posso deixar que os colegas o incomodem assim!"

Isso seria realmente um aborrecimento, porque Jiew estava muito preocupado com Yong, além de se sentir parcialmente responsável por ele. Como o mais alto morava sozinho na cidade, ele nem tinha colega de quarto, ninguém saberia do seu estado se não fosse por ele. Então Jiew usou todo o seu carisma e decidiu arriscar.

"Na verdade, nós somos namorados! Queria muito poder vê-lo, você entende, Phi?", Jiew perguntou, lançando à enfermeira-chefe um olhar suplicante com seus olhos castanhos arregalados e irresistíveis.

O menino era adorável, não parecia ser um criador de confusão e parecia bastante preocupado. Então, usando a autoridade que tinha, a mulher anotou as informações de Jiew como carteira de estudante na lista de visitantes e o deixou entrar na pequena sala onde Yong descansava.

"Volto mais tarde para ver se ele está melhor, ok? Caso precise de alguma coisa é só me chamar lá fora!", disse a mulher ao deixar os dois homens na sala.

Yong parecia estar cochilando e Jiew decidiu não perturbá-lo. Sua pele parecia fria e mesmo assim o menino deitado na maca suava. Jiew pegou um pedaço de pano ao lado de uma tigela com água e enxugou o suor da testa do homem.

"N-Não...", Yong sussurrou baixinho.

"Ei, ei... sou eu! Não se preocupe, ok?", Jiew o confortou dando um pequeno aperto em sua mão para mostrar sua presença ali.

O paciente logo relaxou e depois que Jiew terminou de limpar toda a área do rosto, pescoço e braços, ele também pareceu se sentir muito melhor e então acordou.

"O que aconteceu, afinal?", Jiew perguntou.

"Você está tentando dizer que se preocupa comigo?", Yong sorriu fracamente, mas ainda provocando o outro.

"Seu idiota arrogante! Eu vou...", mas Jiew não teve tempo de completar a ameaça porque a enfermeira entrou na sala como havia prometido.

"Vejo que falar com seu namorado te fez muito bem! Deixe-me verificar mais algumas coisas e talvez eu possa te deixar ir, ok?"

Yong franziu a testa com a maneira como a mulher usou para se referir a Jiew e começou a abrir a boca para protestar, mas Jiew deu-lhe um breve aperto em sua mão, indicando que ele deveria ficar quieto. O contato entre as mãos deixou os dois meninos muito autoconscientes e acabou deixando-os vermelhos como um tomate. Yong sorriu para si mesmo com a situação inesperada.

"Você já está melhor! Pode ir embora agora, querido! Vou só dar algumas informações para o seu namorado de como cuidar de você, ok?", disse a enfermeira e passou a explicar para Jiew o que ele deveria fazer se a febre voltasse ou se Yong apresentasse novos sintomas.

O menino ouviu com atenção e estava ajudando Yong a chegar ao ponto de ônibus quando o mais alto decidiu dizer:

"Obrigado pela ajuda, Jiew! Mas agora posso cuidar de mim!"

"Nem pense nisso, teimoso! Se eu te deixar em paz, vou acabar levando a culpa por te deixar morrer e daí? Sua mãe vai vir atrás de mim e a Polícia provavelmente vai me prender por assassinato!"

"Do que você tá falando?", Yong olhou desconfiado para o amigo que não teve tempo de responder porque a conversa foi interrompida por Marc que também chegava no ponto de ônibus.

"É bom ver vocês dois aqui! Você ainda está se sentindo mal, Yong?"

"Ah, não! Já tive alta e só preciso descansar. Mas estou me sentindo bem agora!", Yong disse sorrindo.

"Então... por que vocês dois estão de braços dados?", Marc perguntou apontando para o lugar onde seus braços estavam conectados, pois desde que eles saíram da enfermaria e Jiew ajudou Yong a caminhar até o ponto de ônibus, eles esqueceram que estavam naquele estavam daquele jeito e ficar assim era, na verdade, uma posição agradável e segura para os dois.

Com vergonha de serem pegos assim, os dois retraíram os braços e agiram de forma estranha até o ônibus chegar. Mas Jiew ainda foi para a casa de Yong e passou a noite lá para se certificar de que seu amigo não estava mais doente. Assistiram a um filme, comeram pizza e foram para a cama cedo. Yong no quarto e Jiew ino sofá da sala.

Tão perto e tão longe, mas com a certeza de que sempre estavam a um passo de distância e que nunca estariam sozinhos nos momentos difíceis.

Tão perto do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora