Uma fanfic de Azriel e Eris, dos livros da Sarah J Maas.
AVISO: PODE CONTER SPOILERS DA SAGA, CUIDADO!
Uma fanfic onde a protagonista conhece seus parceiros, Azriel e Eris, formando assim um trisal.
Sim, essa fanfic é trisal. Se você não gosta dess...
O dia lindo e ensolarado, conforme o tempo fora passando, se tornou nublado e acinzentado. Talvez pra combinar com meu humor ligeiramente azedo.
Estou passando um tempo com Azriel, que é o que eu queria, sim, mas, ao mesmo tempo, isso é uma tortura. Odiei essa experiência de espionagem.
Com fome, pego uns biscoitos que a Casa dera, só pra distrair. Os coloquei na bolsinha, e os pego mais que gananciosa. As frutinhas não deram pro gasto. São deliciosas mas já acabaram, até que iria atrás de mais mas uma espiada em Azriel e entendi que estou de tocaia.
Sua repreensão silenciosa e sutil foi mais que suficiente, as fartas sobrancelhas haviam se juntado e um olhar bastaram pra comunicar seus pensamentos.
"Eu... é... quer um biscoito?" Hesitante, ofereço pra Azriel, ainda em sua pedra. Mais por cortesia.
Ele une as sobrancelhas, e o mostro a bolsinha. "Pensei que teria armas aí dentro não petiscos" seus lábios se retorcem minimamente, mas a expressão é amigável.
"Armas são úteis, mas passar fome não te torna um guerreiro completo" aperto os ombros no pescoço. "Especialmente se lhe faz desmaiar na frente de seus inimigos" completo, abaixando a voz, um pouco humorada por visualizar o pensamento.
Ele balança a cabeça. "Obrigada, não estou com fome"
Comida... Esqueci que parceiros se oferecem comida pra aceitar o vínculo. Não era essa minha intenção.
"E-entendo, e não foi eu quem fez" explico mordendo um pedaço do biscoito, desviando o olhar pro castelo. "A Casa que me dera os biscoitos."
Enfio mais um na boca só pra parar de falar besteira ou simplesmente alguma coisa que deixe tudo pior. Por que eu sou dessas. Quanto mais eu deveria calar a boca, mais eu falo.
Por um momento só os barulhos da floresta e minha mastigação preenche o ar. Os biscoitos são deliciosos, com gotas de chocolate que derrete na boca.
"O cheiro está bom"
Quando viro o rosto, Azriel está á pegá-los. "Pensei que não estava com fome" ergo a sobrancelha, dando outra mordida.
Ele dá de ombros, um biscoito ainda entre os lábios franzidos em um leve, leve sorriso.
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Após o pôr-do-sol a chuva começou a cair. Nos abrigamos debaixo de umas árvores, mas mesmo assim, ainda está muito frio.
Essa é a pior tocaia que imaginei que seria. Puro tédio, momentos constrangedores e claro, chuva. Estou molhada até os dedos dos pés. E um pouco ranzinza se for honesta. Meu humor meio azedo se tornou completamente azedo.
"Está se saindo bem" Azriel encoraja, sentado do meu lado.
Estamos sentados em um tronco velho com musgo, isso me deixando ainda mais molhada e com frio. "Não fiz muito até agora, mas obrigada" resmungo cruzando os braços, tentando me aquecer.
"Vimos que a rainha recebeu convidados suspeitos. Isso é um bom começo" ele se recosta na árvore atrás de nós. "E está chovendo, se fosse Cassian já estaria reclamando até do vento" bufa, de um jeito baixo mas humorado.
Ah, as nuances. Todos sempre dizem que Azriel é inexpressivo e fechado. Já eu acho que basta olhar atentamente. As nuances e detalhes.
"Bem, reclamar não faz a chuva parar de cair, não é?" Dou de ombros, impotente quanto a isso.
Ficamos mais um tempo em silêncio, ouvindo e sentindo a chuva, e igualmente tentando não congelar.
"Como era sua espada?"
Tal pergunta me surpreende. "Ah... uma coisa horrorosa. Acredite." Dou uma risada sem graça. "Por isso nem a trouxera quando Cassian me convidou pra Velaris. Temia só passar vergonha. Como ferreira, sou ótima cozinheira" torço a boca em uma careta desgostosa.
"Você deve cozinhar bem" diz gentilmente.
Nisso faço uma careta. "E como pode pensar isso? Nunca comeu o que eu faço" arquejo a sobrancelha, mais como um desafio.
"Você cozinhava para si mesma." Dá de ombros, uma expressão neutra.
"Bem... não sei." Imito seu ato. Esfrego mais os braços. Mesmo depois de ter invocado a armadura mais grossa do meu Sifão, o frio ainda incomoda. "Não estando reclamando, mas... está frio" resmungo puxando as pernas em cima do tronco.
Apoio o queixo nos joelhos, olhando a chuva cair com mais intensidade fora dos galhos protetores dos pinheiros. E observando as janelas do castelo, só á luz, nada de intrigante ou excitante. Só... chuva e luz pra olhar. É, o dia mais chato da minha vida, e olha que já tive vários.
"Eu gosto de chuva... tem um belo propósito, não acha?" Resmungo ainda do mesmo jeito, lembrando dos dias chuvosos com meus pais. E também pra diminuir o silêncio entre nós dois.
"Como assim?"
"Uh, bem, sem a chuva, colheitas não vingarão, plantas morrerão, até mesmo nós... com ela, há vida" dou de ombros. "Eu tinha um medo ridículo de trovões quando era bem pequena e minha mãe contou que sem a chuva, não existiria nada e que não era pra temê-la, mas sim, respeitá-la" explico em um tom baixo, a voz rouca pela inundação de memórias.
Ainda não havia comentado nada pessoal assim com ele, sobre meus pais e tudo o mais. Só coisas mais bobas e sem detalhes. Isso é bem pessoal.
Não sinto as goteiras caindo sobre mim e olho pra cima. Engasgo ao ter a visão de Azriel com sua asa fazendo um tipo de tenda. Minhas sombras se agitam levemente.
Que romântico um tentáculo suspira, encantado.
Trocamos um olhar meio sem graça, com sorrisos amarelos. Mas a sensação é boa. E posso jurar, que algo dentro de mim, apesar das sombras, começa a brilhar com mais intensidade.
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E aí galera, o que estão achando da nova cara da fic?
Tô mudando bastante coisa, eu sei.... Mas espero que ainda estejam por aí lendo.
Não se esqueçam da estrelinha. Ajuda bastante no Wattpad e claro, pra moral da escritora aqui.
