haters gonna hate [andreas pereira]

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whatsapp

andreas – online

eu
oi, desculpa só mandar mensagem agora pra você
eu vi o que postou no stories, obrigada pelo apoio
como a mavi está?

andreas
nossa, oi laila
por que você deu esse susto na gente?
a mavi não tá bem pra falar a verdade
ficou triste quando descobriu que a escolinha ia terminar o ano sem você

eu
fala pra ela que eu sinto muito
até falaria pra você traze-la mas eu não tô muito convidativa sabe
ela vai achar que eu sou o frankstein kkkk

andreas
vejo que está melhor pq o drama é o mesmo
eu tô acostumado com coisas assustadoras sabe

eu
sei ne
se olhar no espelho todo dia deve ser assustador mesmo

andreas
🤡🤡
enfim, eu posso te visitar?

eu
pode.

andreas
depois me passa seu endereço?
aliás, seu celular quebrou?

eu
não tava com meu tijolao no dia
se não ele estaria inteiro

andreas
perde as unhas mas não perde a piada ne dona laila

eu
te irritar é a minha serotonina.

───── ❝ 𝐏𝐎𝐕 ❞ ─────

Aquela breve troca de mensagens fez as borboletas retornarem ao estômago da mulher. Precisou de duas semanas após a visita de Matheus para tomar coragem e o chamar no Whatsapp. Naquela altura já não haviam mais aulas para Mavi, nem jogos para Andreas, então deveria ser mais fácil de eles se encontrem.
Se não fosse pelo nervosismo que a fez invadir a calçada.

Mas tinha tomado a decisão de contar para ele a verdade. Não esperava muito de sua reação; Andreas é imprevisível afinal.

A campainha tocou, e ela já estava sozinha em casa. Alessandra teve de ir trabalhar e sua mãe viria pela parte da noite. Hora perfeita para conversar a sós com o jogador.
Levantando com um pouco de dor, andou devagar para atende-lo. A cena fez ela rir baixo, era fofo demais: Andreas trajava um conjunto azul, e tinha uma cesta enorme que continha doces, alguns sacos de biscoito salgado, bebidas e flores. Sem contar que em sua outra mão tinha um urso grande com laço azul.

— Eu poderia ver o Andreas? —perguntou ela segurando a risada.

— Achei que dava pra ver meu rosto atrás desse saco aqui. —ele parecia enrolado.

— Não te ajudo mas entra aí. —andou mais a frente, dando espaço para ele entrar e trancar a porta.

— Você pode comer isso tudo? A Mavi que ajudou a montar, tem até um desenho dela. —deixou a cesta na mesa de centro, apontando o desenho.

— Tenho saudades dela também. Mal pude aproveitar com ela. —ela disse sorrindo ladino.

— A validade vai demorar pra chegar, então vai poder comer quando os pontos caírem. —finalmente Andreas encarou Laila.

Pela primeira vez foi possível de decifrar rapidamente o que ele sentia: era angústia, nervoso. E sim, ele sentia tudo isso depois de duas semanas sem contato com ela, parecia que a mesma a evitava mas na verdade ao procurava uma maneira certa de dizer sobre essa situação.
Mas não tinha, então ela não poderia demorar para contar a verdade.

— O que foi? Tá com dor? —ele pareceu preocupado quando percebeu o olhar desnorteado dela.

— Não é isso. —negou sentando no sofá com dificuldade.

— Espera. —Andreas pegou a almofada para colocar atrás de suas costas.

— Obrigada. —pegando o celular, ela não enrolou para mostrar a mensagem no Twitter.

— O que é isso? —confuso, pegou o celular dela.

— Meu pedido de desculpas. Recebi essa mensagem naquela noite. —já demonstrou cansaço pelo assunto. — Não sei quem é, só dessa pessoa saber sobre a Mavi, Alessandra. Me aterrorizou.

Andreas lia atento cada parágrafo da mensagem.

— Eu fiz isso por vocês, eu só não esperava essa merda. —sentia o olho marejar lembrando do carro a perder o controle.

— Não me contou por que? Não abriu um processo por que? —se encontrava perdido. — Sou jogador, porra. Achamos esse filho da puta em menos de uma semana e depois você terá paz.

— Olha quanto estresse você tinha, Andreas. Por que eu faria isso? Para te deixar mais perturbado? —contava sem controlar as lágrimas.

— Laila, eu disse que você é minha prioridade. Quero te proteger para me sentir bem também. —o jogador pegou na mão dela, fazendo carinho. — Você já é parte de mim, da minha vida.

— Não fala uma coisa dessas. —ela o respondeu num fio de voz.

— Por que não posso ser sincero com você? Se acomodou com a falta de sinceridade na sua vida? —subiu a carícia para o cabelo dela.

— Eu tô assustada. Porque eu não quero te machucar, deixar ninguém te machucar.

— Me machuca você fugindo de mim, da gente. —desesperado, continuou a encarar ela. — Você confia em mim?

— Uma das poucas pessoas que eu confio é você. —soluçou.

— Vamos resolver isso, e acima de tudo vamos fazer dar certo. —depositou um beijo na testa dela.

— Pereira, eu não tenho outra opção? —brincou, fechando os olhos para aproveitar a carícia.

— Nem um pouco. —o sorriso de alívio em seus lábios entregava que eles estavam bem.

Eles fizeram aquilo dar certo, por hora.

───── ❝  𝐍𝐎𝐓𝐄𝐒 ❞ ─────

amores tem fanfic com o pedro no meu perfil🗣🗣

acharam mesmo que só teria tragédia daqui pra frente? se liga hein 🤨🤨 amo um clichê.
beijaaao