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Finalmente o querido e amado sábado. Primeiro e já penúltimo dia do final de semana. Seu primeiro dia de descanso a fez querer dormir até um pouco mais tarde, só foi impedida por mais uma ligação em plena as oito da manhã.
Frustrada, rejeitou essa como fez com outras três. Pegou seu celular encarando o horário e revirou os olhos, mal entendia o porquê estariam ligando para ela. Se não fosse alguém contato salvo em seu celular, não daria o trabalho de atender.

Tentou se mover ao ser impedida por uma das pernas de Neymar, que se encontrava a ocupar maior parte de sua cama. Tamanho abuso a fez rir baixo, então retirou a perna dele de cima de seu corpo, se levantando com cuidado, ela realizou a tarefa de se organizar para iniciar seu dia, já que infelizmente seu sono foi junto com toda a expectativa de não acordar o rapaz.
Recebendo a atenção do olhar sonolento do mais velho, ela acabou por morder o lábio inferior desviando o olhar do meio de suas pernas para seu celular novamente. Era impossível não reparar em tal volume matinal, e ela conhecia muito bem pelo histórico de seu relacionamento com o jogador.

─ Que cara é essa? Já se olhou no espelho essa hora da manhã? ─ele perguntava rindo com aquela voz rouca de sono, assim como a dela.

─ Você é muito mais interessante dormindo. ─resmungou.

─ Claro, porque aí você pode tirar casquinha e eu nem vou reparar. ─quando seu amigo a respondeu, ambos levantaram juntos.

Ainda com a muleta para o auxiliar a chegar no banheiro daquela suíte, ele em provocação acertou as nadegas dela com a ponta metálica. Virando com raiva, desistiu de pegar quando ele se afastou de forma rápida, segurando sua risada.

─ Fica tanto na cama que a sua bunda até amassa. ─o rapaz fazia careta ao entrar no banheiro indo em direção ao sanitário.

─ Júnior eu te dou uma banda e você nunca mais joga futebol. Duvida? ─ela o respondia enquanto prendia as madeixas crespas.

─ Tenho boletos para pagar!

─ E putas também. ─ela implicou, revirando os olhos ao ver pelo espelho o reflexo da bunda do rapaz exposta enquanto ele urinava. ─ Dá dinheiro mas não dá intimidade. Se o inferno tem essa visão eu vou me comportar para ir ao céu, Jesus.

─ Você amava essa visão. Para de ser hipócrita. ─a encarou por cima do ombro.

─ Pessoas mudam de ideia e tá tudo bem. ─deu de ombros, ouvindo seu celular tocar de novo.

Xingando, pegou para ver de quem se tratava. O contato de sua irmã estampou a tela e somente essa ligação ela atendeu. Era uma chamada de vídeo, então logo a mais velha apareceu. Arregalando os olhos ao ver ambos no banheiro de uma forma bem íntima, Larissa começou a falar de uma forma eufórica.

─ Liguei na hora da putaria, né. De manhã, Laila. Você já foi melhor. ─negando com a cabeça a mulher do outro lado da tela.

─ Por Deus, Larissa. O que você quer essa hora da manhã? ─ela perguntava sem humor algum.

─ Por que não atendeu a ligação do Matheus e do Hugo? Querem entrevistas com vocês, Laila. Sabe que não tem como fugir da fama por muito tempo. ─sua irmã a respondia como se fosse algo mais simples do mundo.

Mas não era. Se Larissa sabia lidar com a fama de Anitta, Laila não era a mais adequada para esse mundo. Achava a internet cruel, via como sua irmã, seu melhor amigo, pessoas ao seu redor sofriam com isso. E não queria o psicológico abalado como os demais, estava ótima a sua vida privada daquele jeito. Além do mais, sua profissão exigia inspiração; era muito provável que os pais de seus alunos se sentissem incomodados com tal exposição e tinha medo de afetar o aprendizado das crianças.
Não ia encher o bolso dos sites de fofoca, não por seu livre arbítrio.

haters gonna hate [andreas pereira]Onde histórias criam vida. Descubra agora