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Já se passava das duas da manhã, já era um domingo. A casa ainda tremia pelo grave alto da música, a festa ainda rolava a todo vapor. Uma massa de corpos dançando, outra nos cantos em casais trocando carícias e beijos quentes. Cada um aproveitava a festa do seu jeito, assim como Sam fugia de Trevor sempre que conseguia ou sentia os olhos lhe despirem. Se sentia excitada, e pela quantidade que bebia, não confiava muito em suas atitudes. Depois de tentar fugir dos olhares do irmão, decidiu que ficaria a vista. Ele queria olhar? Pois olharia. Estava no seu quarto copo de cerveja, já sentia seu corpo mole, a visão preguiçosa, sua boca levemente dormente. Gostava da sensação de leveza e liberdade. Sustentava o olhar de Trevor, o que fazia seu corpo esquentar consideravelmente, ainda mais se levar em consideração o beijo de mais cedo.

— Morgan, queria te apresentar alguém. — a voz de Sabrina a despertou, a morena teve sua atenção, e ainda sabendo que tinha um tesão por seu irmão, não pode evitar de olhar a latina de cima a baixo, se repreendeu quando notou o sorriso malicioso da amiga, era uma dessas razões que não bebia tanto. — Um amigo meu quer te conhecer. — deu ênfase no "quer", sabia o que vinha por ai. — Cody, essa é Samantha, Sam... Cody, mas já deve o conhecer, correto?

O rapaz falou algo com um sorriso, e de fato, o rapaz era lindo, tinha olhos azuis, uma barba pra fazer, era forte, sabia que jogava lacrosse em uma faculdade ali perto, afinal, ali eram as melhores festas. Cody ficou ao seu lado, era um pouco mais alto, tinha um copo de cerveja em mãos e um olhar que Sam conhecia muito bem, era um que seu irmão tinha lhe direcionado antes mesmo de sair de casa.

— Você é linda demais pra ficar assim sozinha. — Cody falou encostando uma mão na parede, ficando cada vez mais perto da ruiva, esta que podia ver o olhar intenso de Trevor ao longe, o maxilar trincado, podia sentir seu tesão aumentar cada vez mais.

— Bom que o tenho pra me fazer companhia. — respondeu desviando o olhar do irmão apenas por alguns segundos e olhou pro azuis do garoto, terminou de beber sua cerveja e se manteve encostada na parede, quando voltou a olhar o irmão, foi quando sentiu os lábios de Cody em seu pescoço, e a forma na qual Trevor ficou, fez valer a pena.

Cody encaixou seu corpo no da ruiva, beijava seu pescoço, mas a atenção de Sam estava em Trevor, lembrando da sensação que teve pela manhã, nem se comparava mas ao se lembrar, foi impossível não gemer baixinho, podendo sentir algo roçar em sua coxa, pelo visto não era apenas ao irmão adotivo que excitava. Seu corpo parecia que iria explodir, por fim se deixou ser beijada. Era um beijo duro, não suave e intenso como de Trevor, era cheio de língua e rapidez, se lembrou mais uma vez do beijo de mais cedo e seu corpo se esquentar, sentia a calcinha incomodar. Estava escuro, os outros corpos mal os notavam ali. Cody puxou a coxa da garota pra encaixar ali e ela pode sentir o quanto o rapaz estava excitado, quando o mesmo voltou a beijar seu pescoço, ela procurou o irmão com o olhar, e o desespero lhe bateu junto a uma tontura.

— O que...? — empurrou levemente Cody pelos ombros que a olhou confuso. — Você não ta afim? Quer puxar um pra se soltar?

Sam revirou os olhos, negando com a cabeça. — Acho que bebi demais — fora o que disse, e de fato não era uma mentira. — Vou lavar o rosto....

A garota anunciou mais baixo, sentia a pele queimar, mas não pelo gostoso de olhos azuis. Era outro. Um que dormia no quarto ao lado do seu. Passou pelo mar de pessoa que dançavam ou se pegavam a procura da escada. Normalmente os banheiros ficavam no andar de cima. Caminhou devagar e com cuidado, sentia-se zonza, mas nada parecia fazer aquela calor passar. Entrou em um dos cômodos que parecia um quarto, aí menos suspeitou que era e acertou.

Fechou a porta trás de si e procurou o banheiro, lavou o rosto, os braços, a tontura tinha diminuído mas aquela ardência permanecia ali, os toques de mais cedo estavam vivos e se arrastando por sua pele, sentia os mamilos rígidos roçarem contra o vestido, era gostoso, fechou os olhos lambendo os lábios enquanto timidamente levava uma de suas mãos até seu seio, apertando conforme Trevor tinha feito mais cedo. O calor aumentou. Quando tornou a abrir os olhos, viu seu reflexo no espelho e o que fazia. Quase como se seu corpo desse choque, tirou a mão de si e saiu do banheiro, andando pelo quarto.

Sua mente parecia revirar e ao que parecia estava preste a virar ainda mais com a presença do irmão mais velho no quarto, com aquele olhar onde parecia se conter, não sabia ao certo se seria raiva, ciúmes. Existiam momentos onde o rapaz era indecifrável. A garota ouviu seu nome ser pronunciado e seu corpo ficar em alerta, decidiu ignorar ambos e tomar seu rumo a porta, essa sendo bloqueada por Trevor. Sam evitava o contato visual a todo custo, afastou-se dando as costas, as mãos deslizando por entre os cabelos, dando as costas ao rapaz. 

— Responde de uma vez, Samantha. — foi quando a jovem se tocou que o irmão mais velho havia lhe feito uma pergunta, virou para olha-lo, a confusão se fazia presente em seu rosto. — Está namorando escondido? Aquele era seu namorado? 

Cada palavra era cuspida com raiva, o ciúmes pingava, escorria por mais que ele tentasse esconder aquilo, não queria admitir o sentimento, deixava um gosto amargo na boca, um coração acelerado e uma porção de imagens inapropriadas em sua mente. Tinha se aproximado o suficiente para olha-la de cima, sentir seu perfume, quase poder toca-la e deixar seu corpo se mover como bem queria. 

— Não seja ridículo. — respondeu acida fazendo uma careta desgostosa. — E isso não seria da sua conta. 

— Não tente fingir que nada aconteceu, Samantha. — o rapaz segurou o braço dela, a puxando fazendo os corpos chocarem, a impedindo de se afastar dele. A voz era grave e mais baixa. — Eu não consigo fingir mais. — respondera no mesmo tom, já tendo soltado o braço de Samantha, com a garota recuando alguns passos até ser impedida pela porta. Trevor deixou poucos centímetros de distancia, mal podiam ser notados, mas a eletricidade entre os corpos era enlouquecedora. — Vai me dizer que não sente o mesmo?

Os olhos verdes de Samantha estavam na boca de Trevor, ela estava dez vezes mais convidativa, o perfume dele a deixava inebriada, como uma droga. Ergueu o até encontrar os olhos dele, e para ela, aquele quarto devia ter entrado em uma realidade paralela e o tempo se tornado relativo. Murmurou um foda-se, espantando o mais alto, já que a garota não era muito de xingamentos, no segundo seguinte, Sam estava na ponta dos pés puxando a nuca de Trevor e as bocas juntas novamente. Houve um baque na porta do corpo da ruiva sendo espremido na madeira pelo corpo de Trevor, que tinha as mãos possessivas na cintura da menina. 

O beijo era diferente, necessitado, faminto, gostoso de fazer as pernas de Sam amolecerem e sentir um revirar que estava se tornando constante quando se tratava de Trevor. A destra que estava livre, puxava a blusa dele como se ela precisasse do máximo de contato dele em seu corpo. Ele dominava o beijo, o que a fazia se desmanchar nas mãos dele, tinha um gosto de álcool com algo viciante, algo proibido. 

Sam enroscou a perna direita no quadril do irmão ao mesmo que segurava os cabelos dele com firmeza, não o queria longe, e duvidava que alguém os encontrasse por ali, não haveria quem os impedissem de fazer seja lá o que fosse. A mão de Trevor segurou firme a coxa da ruiva, o toque quente direto em sua pele fez seu corpo se arrepiar e arfar entre o beijo, esticando o pescoço dando total acesso ao local. O mais alto não se fez de rogado, beijou o mesmo, movendo os lábios, os dentes, deixando marcas por estar perdendo o controle em meio a tanto desejo. Os corpos estavam quase se fundindo. 



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Vamos lá. Oi. Sumi, e apareci pra finalizar esse capitulo. Seria muito pedir um feedback sobre a história e se querem que eu continue? Penso em fazer um POV. Deixo a votação. (não deixem flopar, eu imploro ;-; )

POV Sam

POV Trevor


até a próxima ;) 

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⏰ Última atualização: Oct 12, 2022 ⏰

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