Capítulo 5 - Apenas uma promessa

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(POV Shikamaru)

O grande dia se aproximava com assustadora rapidez, deixando todos ansiosos para que aquela guerra terminasse logo e de preferência sem grandes baixas, o que era sonhar demais no meu ponto de vista.

Toda vez que eu olhava para cada um dos meus amigos me sentia em um beco sem saída, sem qualquer ideia de como fazer para garantir que cada um voltasse daquela batalha com vida. Era pedir demais, ser capaz de proteger cada um dos que amava?

Claro que essa frustração e medo aumentavam exponencialmente quando via Hinata dormir tranquilamente sobre meu peito. Seu ressonar suave era o meu tranquilizante, e só de imaginar perdê-la era como se alguém me torturasse lentamente.

Segundo a Hokage, partiríamos para o país do Relâmpago em dois dias. Dois dias. Estava ajudando Tenten a armazenar o novo lote de kunais recém fabricados nas caixas para serem levados, ansioso para que chegasse a noite e eu pudesse ver Hinata.

Essa noite era a última que teria para passar ao seu lado antes de partimos naquela viagem que tinha tudo para ser sangrenta e mortal. Eu só queria passar a noite observando seu rosto angelical e ouvindo suas risadas tímidas sempre que eu a elogiava. Queria não, na verdade eu precisava.

— Hinata tem sorte. — Me virei confuso para Tenten, sua fala tinha sido apenas um sussurro, e eu não tinha certeza se ela queria que eu a ouvisse. — Não precisa mentir para mim, sei do relacionamento de vocês a algum tempo já. — Fiquei em silêncio aguardando que ela continuasse. — Você a tem feito muito bem, sabia?

— É o mínimo que posso fazer pelo tanto que ela tem feito por mim— Respondi simplesmente.

— Entendo— Um suspiro longo antes de continuar a falar. — Estamos terminando por aqui, deixe o resto comigo e vá até ela.

— Tem certeza?

— Sim, sei que essa noite é importante para vocês.

— Sendo assim só me resta agradecer. De verdade— Ela piscou e acenou enquanto eu saía da tenda de armamentos.

Apressei o passo até nosso lugar, e ao ver as luzes acesas meu corpo inteiro se acalmou. Ela já estava lá por mim.

— Achei que fosse demorar um pouco mais— Ela falou logo que eu entrei. Estava tricotando um belo cachecol vermelho. O deixou de lado e veio me receber com um beijo amoroso.

— Tenten disse que daria conta sozinha e falou para que eu viesse mais cedo. Não sabia que ela tinha descoberto sobre a gente.

— Desculpe por isso, tive que contar a ela e a Ino também.

— Teve que contar? — Nos sentamos no sofá um ao lado do outro.

— Sim, eu precisava tirar algumas dúvidas— Nesse momento seu rosto atingiu um tom de vermelho próximo a um tomate.

— Pretende me explicar essa história direito, ou vai me matar de curiosidade? — Ela se mexeu inquieta antes de se ajoelhar no sofá de frente para mim. Agora eu estava definitivamente curioso.

— Eu... bom, eu decidi que quero tentar. — Praticamente tive que fazer leitura labial para entender o que ela queria dizer. Ela estaria mesmo falando sobre... aquilo? — Claro, se você ainda desejar— Era perceptível que ainda não se sentia inteiramente segura sobre isso.

— Hinata, não quero que você escolha fazer isso apenas para me agradar. Eu disse que esperaria seu tempo e farei isso com o maior prazer...

— Eu sei. E acredite em mim, não estou fazendo isso para te agradar. Desde que nos beijamos pela primeira vez, sentimentos desconhecidos tomaram meu coração e estou apenas seguindo minha vontade. Droga, isso soou tão egoísta. Desculpe, não estou falando que é só por mim...

— Eu entendi— Tive que sorrir ao vê-la se atrapalhar. Mas eu a entendia muito bem, porque todas aquelas novas sensações eram realmente confusas demais para serem expressadas em palavras.

— Eu quero isso, quero nós por inteiro. Sem qualquer brecha para inseguranças, sem qualquer arrependimento. Quero ser sua, e quero que seja meu— A confiança em sua voz me impressionou, e de certa forma até mesmo me emocionou.

— Você tem me feito o homem mais feliz do universo, e eu prometo te amar para todo o sempre.

— Para todo o sempre. Mesmo que esse para sempre seja curto— Eu entendia bem sobre o que ela se referia, e lembrar disso deu ainda mais urgência aos nossos sentimentos e anseios.

Não precisavam dizer mais nada, dali em diante apenas seus corpos falariam, dando voz aos desejos mais íntimos. Ela subiu em meu colo, o rosto corado pela ousadia, e nos encaramos por alguns segundos antes que eu a agarrasse pela cintura e a beijasse com lascívia.

Carreguei Hinata até o quarto a colocando sobre a cama. Retirei meu colete e blusa enquanto sentia seus olhos atentos me observarem minuciosamente. Sorri de canto enquanto a observava se ajoelhar sobre a cama, incerta sobre o que fazer.

Com delicadeza tirei seu vestido, ficando cada segundo mais maravilhado enquanto seu corpo se revelava em meu campo de visão. E que visão.

A pele alva tinha um aspecto macio, me fazendo ansiar para tocar e beijar cada centímetro de seu corpo. Seu cheiro de lavanda parecia ainda mais intenso. Mas nada me deixou tão perplexo quanto admirar suas curvas. Seu corpo era uma verdadeira escultura que eu passaria a vida inteira idolatrando sem qualquer esforço.

Os seios fartos, que contrastavam deliciosamente com a cintura fina, estavam envoltos por um sutiã rosa tão delicado quanto ela. Atiçando ainda mais minha curiosidade para vê-los livres de qualquer barreira.

— Você... você pode me tocar se quiser— Hinata falou mordendo o lábio logo em seguida, levando minhas fantasias a níveis absurdos de erotismo.

Minhas mãos alcançaram os seios, sentindo a maciez de sua pele. Apertando, contornando, acariciando. Procurei pelo fecho do sutiã tendo alguma dificuldade para abri-lo. Ela então me ajudou retirando aquela peça, me dando um pedacinho do seu paraíso.

Foi difícil lembrar a cada segundo para ser cuidadoso, quando o que eu mais queria era enterrar meu rosto em seus seios e meu membro em sua intimidade. Mas era Hinata ali, e ela merecia bem mais do que sexo bruto. Ela merecia amor em cada toque, em cada beijo.

Ela se deitou sobre a cama e eu me coloquei por cima, tomando cuidado para não soltar o peso do meu corpo em cima dela, beijei seu pescoço sentindo sua pele se arrepiar conforme meu nariz percorria do seu queixo até seu ombro. Deliciosa.

— Shika... — Ela gemeu meu nome, e descobri que queria ouvir aquilo cada vez mais.

— Você é perfeita. — Falei antes de tomar seu seio em minha boca, minha língua circulava o mamilo entumescido e ela se contorcia sob meu corpo.

Minha mão deslizou sobre sua barriga plana até que chegasse na calcinha que já estava molhada de excitação. Um gemido ainda mais alto escapou dos lábios rosados quando eu friccionava seu clitóris inchado. O orgasmo de Hinata veio sobre meus dedos me fazendo sorrir abertamente, feliz por ter lhe dado prazer.

Retirei sua calcinha e o resto das minhas roupas, enquanto ela permanecia na cama de olhos fechados, ofegante. A visão do paraíso e era apenas minha.

— Quero que me diga se doer— Falei com a voz rouca pelo desejo. Hinata abriu os olhos tomados pela luxúria e assentiu em concordância. Afastei suas pernas me posicionando entre elas, sua intimidade rosada era o abrigo que eu precisava naquele momento. Encaixei a cabeça do meu pênis atento a qualquer sinal de dor no rosto da morena. Ela mordeu o lábio conforme eu a penetrava.

— Tudo bem, pode continuar.

— Tem certeza? — Eu realmente não queria machucá-la.

— Por favor, continue. — Fiz o que ela pediu, a preenchendo lentamente.

De início os movimentos eram contidos, mas aos poucos nossos corpos entraram num ritmo alucinante dando tudo de si e recebendo tudo um do outro.

Éramos um naquela noite, e seríamos um pelo resto de nossos dias.

Quanto tempo dura o seu para sempre? - ShikaHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora