• Legítima defesa •

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Ontem foi aniversário da M-MARISPROUSEB, então esse capítulo é dedicado a ela. Te amo muito meu bem ❤️

P.S: o presente do tio Roberto vem amanhã 👉🏻👈🏻

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POV'S COLE
Capítulo 47

Antes que a ambulância deixasse o galpão carregando dentro dela o meu coração, outra chega e leva Breeline, que por incrível que pareça ainda estava viva. É o que dizem, vaso ruim não quebra. Pelo menos, caso sobreviva, sairá do hospital direto para a prisão.

Não consigo explicar o que senti quando o coração de Lili parou e as tentativas de reanimá-la não funcionaram. Não consigo parar de pensar que se eu não tivesse insistindo para que tentassem mais uma vez, agora Lili estaria morta e eu sozinho, despedaçado com a missão de criar Sofia sem ela.

Tudo que eu mais quero agora é estar com meu amor, não sair do lado dela nem por um instante, estar lá para qualquer coisa que ela precise. Mas meu outro amor ainda está em perigo, Sofia ainda está nas mãos daquela cobra e sinto que só eu posso livrá-la disso.

- Por onde começaremos? - Charles pergunta.

Melton quis ficar comigo para ajudar a procurar Sofia já que Camila foi junto com Lili na ambulância. Ele será de grande ajuda no que pretendo fazer.

- Vou tentar usar com Ariane a mesma estratégia que usei com Breeline, acha uma boa ideia?

- Talvez - suspira - pode ser que ela não caia na armadilha.

Respiro fundo. Realmente, ela parece ser bem mais inteligente do que Breeline.

- Vou pensar em outra coisa. - olho em volta analisando o local, tudo muito sujo e escuro, me arrepio só de imaginar os horrores que Lili passou aqui. Atento-me a um canto escuro, há algo lá que se diferencia levemente do restante da parede. Forço minha vista e confirmo meus pensamentos. Uma porta. - Olha isso.

Caminho em sua direção e Charles me segue. A porta está bem escondida no canto do galpão onde a luz que vem de fora não chega. 

Pego na maçaneta forçando-a numa tentativa de abri-la, mas está trancada. Óbvio que estaria. Melton também tenta mas vendo que de nada adianta, chuta a porta com toda a sua força e ela finalmente cede.

Adentramos o corredor escuro que mais parece um cenário de filme de terror, o silêncio chega a ser assustador com apenas o som de nossas respirações ofegantes cortando-o. 

A escuridão é parcialmente reduzida quando Charles saca seu celular e liga a lanterna, facilitando o caminho mas não impedindo que nos enrosquemos em teias de aranha.

Um som baixinho porém perceptível nos faz parar a caminhada de supetão, nos atentamos ao pequeno ruído e notamos que ele mais parece um grito abafado vindo de algum lugar mais à frente. Melton e eu nos encaramos na tentativa de uma comunicação silenciosa, por sorte estamos com o mesmo pensamento e seguimos sorrateiramente pelo resto do corredor até chegarmos a um beco sem saída.

É possível ouvir pequenas lamúrias vindas da direita, então colamos nossas orelhas na parede de mesmo lado.

- Shhhhh sua peste, dá para calar a boca? - a voz é inconfundível, Ariane...

Consigo claramente ouvir um choro abafado e baixinho, não é necessário pensar duas vezes para constatar quem é, esse tom doce e delicado é único da minha pequena. Não preciso dizer nada para que Charles saiba o que fazer, no segundo seguinte estamos iluminando a parede com a lanterna à procura de outra porta escondida.

Only For You  -  SprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora