único.

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As pequenas mãos do alaranjado passeavam sutilmente no corpo enorme do namorado fazendo-lhe carinho ou lhe arranhando com suas unhas ralas por fazer. Atsumu ofegou alto, apertando os dedos entre os lençóis e arqueava o quadril, buscando maior contato com Hinata, que o estocava em um vaivém rápido e certeiro, surrando sua próstata, o fazendo revirar os olhos diversas vezes enquanto apertava os dedinhos dos pés.

Segurava a coxa do namorado em um aperto enquanto sua perna estava apoiada no ombro de Shouyo. Os gemidos ficavam cada vez mais altos e tinha dúvidas se sua respiração ofegante e entrecortada eram ouvidas pelo corredor do andar. Atsumu estava lindo, ele era, sem sombra de dúvidas, a pessoa mais bonita que Shouyo já havia visto em seus vinte e sete anos de vida.

Com mais algumas estocadas, Hinata se desfez primeiro dentro de Miya, o ruivo caiu sobre o peitoral definido do loiro, o abraçando confortavelmente tentando recuperar suas respirações e o acariciava. Para ajudar o namorado a vir, bombeou seu falo com movimentos precisos. Miya se desfez na pequena mão do namorado.

Hinata abriu os olhos para encará-lo de forma tão apaixonada e engatinhou até que alcançasse sua pescoço com os lábios. Atsumu corou, o abraçando pela cintura e, com a ajuda de Shouyo, vestiram-se apenas com um moletom. Miya alcançou as mechas ruivas e fez um carinho ali, beijando-lhe e deslizando a ponta do nariz sobre suas madeixas.

Dormiram naquela posição.

No dia seguinte, Shouyo fora o primeiro a acordar e preparar o café da manhã, vestindo apenas o moletom grande do namorado e uma cueca qualquer que achara em seu guarda-roupa depois de tomar um belo banho na madrugada e, claro, arrastar Atsumu, que voltou a dormir como pedra e nu mesmo.

Na cozinha, recheou dois pães de queijo — que sempre pedia exportado do Brasil ou tentava fazer em casa — com presunto e enfiou dentro da chapa esperando esquentar. O outro colocara chocolate para si mesmo, já que Atsumu não era fã de doces. Colocou no pratinho e deixou a garrafa térmica com café preto e preparou um chá para o namorado.

Antes que pudesse se virar, sentiu ser abraçado por trás e o cheiro espetacular e natural do Miya invadiu suas narinas, o fazendo automaticamente sorrir de forma tão boba.

— Bom dia, Shouyo-kun. — as palavras pareciam música no ouvido de Hinata. Virou-se para encarar o maior.

— Bom dia, Tsumu. — ficou na ponta dos pés para lhe dar um beijo de bom dia.

Atsumu e Shouyo morava juntos há cinco anos e namoravam há sete. Já passaram de tudo em um relacionamento, desde as brigas mais sérias até relacionamento à distância, quando Hinata fora morar no Brasil por algum tempo para jogar seu tão amado vôlei. Atsumu se apaixonou primeiro, durante o nacional, quando seus times se enfrentaram no segundo jogo. Naquele dia, Atsumu lhe prometeu que um dia levantaria para si e se tornou realidade. Anos depois, jogaram (e jogam) no MSBY juntos. Hinata se apaixonou por Atsumu quando foi morar em Tóquio e teve mais contato com seus amigos de lá, Atsumu era um deles. Saíam muito, se divertiam, jogavam juntos e um dia, Hinata se entregou ao rapaz quando eles e mais alguns amigos decidiram fazer um acampamento de dois dias, Shouyo quem se declarou e Atsumu quase foi parar no hospital.

Depois de dois anos de namoro, foram cerca de seis meses para chegarem a um acordo de que queriam morar juntos em um apartamento pequeno, mas espaçoso. Com a ajuda de Kuroo, Atsumu descolou um ótimo apartamento do jeito que eles queriam: dois quartos (um para hóspedes), dois banheiros, uma cozinha grudada com a sala, uma bela varanda e só. Além disso, havia uma quadra no prédio, nada melhor.

Quando Hinata fora morar no Brasil, foi difícil para ambos, até porque relacionamento à distância não é nenhum mar de rosas. Mas tinha muitas coisas em jogo: a paixão de Hinata por vôlei e querer adquirir mais experiência e Atsumu o amar demais para querer que siga seu sonho. O ruivo ficou cerca de sete meses na América do Sul e o louro o visitava duas vezes por mês, Hinata duas vezes ia ao Japão e estava perfeito assim, até porque Atsumu também treinava em seu próprio time, o MSBY.

E então, aqui estava eles, morando juntos novamente e jogando no mesmo time, com Atsumu tendo cumprido sua promessa de ser levantador de Hinata.

— Você dormiu bem? — perguntou Shouyo, beijando a testa do namorado.

— Perfeitamente bem. Estou sentindo um ótimo cheiro de comida aqui...

— Estou bem cheiroso mesmo. — segredou Hinata, mostrando a língua e Atsumu corou, lhe lançando um sorriso malicioso. — Fiz pão de queijo com presunto pra você, amor.

— Eu amo pão de queijo!

— Chegou alguns pacotes ontem, temos bastante pro mês.

Miya pegou um dos pães de queijo, comendo rapidamente um pedaço e ambos se sentaram à mesa. Enquanto o loiro colocava seu café, Hinata o fitava apaixonadamente, decorando cada perfeição do rosto deste. Estava simplesmente apaixonado, faziam-se tantos anos, mas as borboletas sempre estavam lá. Atsumu nunca o tratara mal, sempre estava ali por si, dizendo-lhe palavras bonitas e gentis, o botando no topo. Era sua peça-chave e alma gêmea, tinha certeza disso, aprendera a amar com ele.

— Shou... Tem algo no meu rosto? — perguntou tocando em sua bochecha quando percebeu o olhar sobre si.

Provavelmente não mediu as palavras quando, de repente, soltou uma frase completamente duvidosa:

— Você quer se casar comigo?

Atsumu cuspiu o café no chão com a pergunta repentina do namorado, Hinata não pode deixar de rir, o ajudando a limpar o chão com um papel-toalha.

— O que disse?

Puxou o ar e se aproximou do Miya, apanhando suas mãos. Começou a dizer:

— Eu te amo. Por mais que tudo que seja valioso nesse mundo, eu sou completamente apaixonado por você. — tocou na bochecha do loiro, acariciando levemente. — Eu não consigo, nem por um segundo, me imaginar com outra pessoa. É sempre você e sempre... sempre, sempre será você. Eu já estive pensando sobre isso há tanto tempo e acho que é certo. Mas se você estiver bem assim, então eu também es...

Shouyo fora calado com um selar nos lábios. Atsumu o puxou para seu colo e rodeou seus braços na cintura de Hinata, lhe beijando como se não houvesse um próximo dia.

— Isso é um sim?

O loiro gargalhou alto, lhe beijando na ponta do nariz.

— Isso é, claramente, um sim. — Miya arrastou sua cadeira até chegar ainda mais perto do ruivo. — Eu sou apaixonado por você. Eu te amo. — declarou com um sorriso entre bochechas rosadas.

Trocaram carícias e mais beijos por alguns minutos, que foi o tempo suficiente para pensarem sobre o quanto isso transformaria — ou não, já que moravam juntos há tanto tempo — suas vidas.

— Agora, a pergunta que realmente define caráter... — começou Atsumu, pensativo. — Miya ou Hinata?

— Miya Shouyo... Hinata Atsumu. — murmurou Shouyo com um tom baixo. — Definitivamente Miya Shouyo.

— Ficou perfeito.

A manhã, que começara tão monótona, se transformara no melhor dia de suas vidas.

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