Notas Iniciais
Olá meus amores,
Espero que tenham gostado do capítulo anterior.
A música deste é Desajeitado de André Amaro.
Divirtam-se!
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O desespero interno consumiu a alma dos dois eternos apaixonados. A chuva batia nas grandes janelas da casa numa tentativa morna de quebrar o silêncio após a declaração fria de Severus.
Durante anos Narcissa sentiu-se rejeitada, achando que o homem por quem ela era apaixonada, não sentia nada por ela além de tesão, pensou que tudo o que viveram foi apenas sexo, aliás ele esparrapachou isso na cara dela na última vez onde conversaram abertamente, no dia do seu casamento.
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Dia do Casamento Malfoy
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O seu reflexo pálido aparecia no espelho, enquanto ajeitava os últimos fios de cabelo no coque ajeitado, misturando os fios dourados com os negros. Esperança. O batom passava pelos seus lábios, deixando-os vermelhos vivos, como as rosas que iria utilizar na sua grande entrada [saída] triunfal.
"Posso?" - A voz grossa daquele que era o homem da sua vida invadiu o ambiente. Sem responder, Narcissa sorriu, fechando a porta do cômodo com magia, correndo para abraçar o seu amante; A mão masculina passou os dedos pelos lábios, observando as íris cinzentas ganharem um tom mais escuro e mais intenso. A mulher de cabelos bicolores afastou os dedos de Severus e encostou o mesmo à porta, beijando o seu rosto suavemente.
"Tira-me daqui." - Ela suplicou, antes de deixar um beijo casto nos lábios finos do professor de Poções. - "Leva-me... Fugimos para alguma terra longe daqui." - Pequenas lágrimas se começavam a formar nas suas grandes iris, tornando-se pequenos oceanos. - "Vamos para a Europa, vamos para onde sempre quiseste ir. Vamos agora." - Em uma última súplica, Narcissa tornou a beijar-lhe os lábios, contudo desta vez e contendo as lágrimas, Severus inverteu as posições e pressionou o corpo da mulher contra a porta, não separando os lábios.
Eu amo-te, ele pensou dizer, mas não podia.
Em um pequeno impulso, a mulher rodeou as suas costas com as pernas, o que elevou o seu vestido. Ela não se importava de amar Severus da forma intensa, não se importava das inúmeras vezes em que ele a deixava sem uma resposta, não se importava de todas as vezes que ele fugia a um assunto encontrando os lábios dela, ela não se importava de não lhe tocar sempre que o visse, pois sabia que as almas caminham de mão dada, mas ela não poderia aceitar o seu silêncio hoje, não podia aceitar o seu silêncio agora.
"Não posso." - Ele respondeu como se conseguisse ler os seus pensamentos. "Aliás, temos de parar isto agora." - Foi áspero, duro enquanto soltou o corpo frágil no chão, ficando de costas para Narcissa. - "Estamos a levar o sexo longe de mais, não achas Cissa?"
Ele correu o risco de colocar a alcunha que lhe chamava na mesma frase onde lhe partiu o coração. A boca da loira abriu em espanto, achando que tudo não passava de uma brincadeira.
"O que pensas que estás a dizer, Severus?" - O seu olhar transbordava medo, falta de credibilidade.
"Não te surpreendas, foi bom enquanto durou, agora chegou ao fim. Não fales em fugir agora, não no mínimo sentido." - Ele ousou virar o olhar para ela, no entanto o som de um estalo inundou o ambiente, não demonstrando mesmo assim tamanha a frustração que a bruxa sentia.
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As Memórias que Salvam a Guerra || SNARCISSA - Reescrita
ChickLitGelado. Talvez a água gelada lhe retirasse o resto de voz. Ela descia, queimando internamente o pescoço da mulher de cabelos bicolores. O som da trovoada inundava o ambiente, deixando o mesmo completamente preenchido, não fossem os pequenos fragment...