Dean não conseguiu encontrar Pharm em lugar nenhum por quase uma semana. Ele tentou entrar em contato com Manaow e Team para obter informações, mas eles disseram que seu amigo foi para a Faculdade apenas para pegar alguns documentos para sua transferência. Ele estava voltando para os Estados Unidos para sua família.O sênior entrou em pânico ao ouvir isso, mas o menino simplesmente não respondeu às suas chamadas, mensagens e até mesmo ignorou quando bateu na porta. Ele sabia que Pharm estava em casa porque ele podia ver uma sombra perto da porta em algumas das vezes que ele foi lá.
"Por favor, meu bom menino…", ele implorou e apenas as paredes do apartamento foram as testemunhas de Pharm para ver o quanto o pobre garoto sofria tentando abafar seus soluços e não revelar para seu hóspede indesejado como partiu seu coração por não atendê-lo.
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Era uma tarde de domingo e Dean não aguentava mais. Ele pegou as chaves e estava determinado a ver Pharm, mesmo que tivesse que dormir perto da porta. Para sua surpresa, o menino estava bem à vista.
Pharm estava carregando algumas malas de seu prédio para um táxi e elas pareciam pesadas.
"Pharm! Ei, Pharm!", Dean tentou chamar sua atenção, mas acabou sendo ignorado. "Eu vou te ajudar, meu bom menino!", disse ele pegando uma mala. Só Deus sabe como foi difícil para Pharm não vacilar ao ouvir a expressão carinhosa. Essas palavras que já foram capazes de fazê-lo corar, agora só aumentaram sua raiva.
Quando não havia mais malas, Dean presumiu que era hora deles conversarem.
"Pharm, podemos conversar?", ele perguntou observando o garoto arrumando a posição das malas para que pudesse fechar a porta do carro sem problemas.
"Eu não tenho nada para falar com você, Dean."
O tom de Pharm era frio e a ausência do título honorífico apenas deixava claro que ele não tinha mais respeito pelo homem à sua frente. A constatação fez Dean sentir uma dor aguda dentro do coração.
"Estou aqui para tentar consertar as coisas, Pharm. Por favor, me dê uma chance…", ele perguntou baixinho.
"Por que você acha que eu deveria ouvir um mentiroso? Acho que você não me traiu, mas ainda assim quebrou minha confiança!", as palavras de Pharm vieram de um lugar no fundo de seu corpo e trouxeram lágrimas com elas. Seu rosto ficou vermelho brilhante em um tom que fez o coração de Dean entrar em pânico. Ele era o responsável isso. Ele havia ferido seu precioso Pharm.
"Pharm, eu estava realmente tentando te machucar antes de saber a verdade sobre nossas vidas passadas e perceber o quanto eu te amo.", Dean soltou antes que o outro pudesse interrompê-lo novamente. "Eu te amo, Pharm.", Dean confessou e Pharm sentiu vontade de se enterrar vivo. Doeu como o inferno ouvir essas 3 palavras saindo da boca de um mentiroso.
Pharm sorriu amargamente fazendo com que seus doces traços se formassem em uma expressão muito mais sombria. "Devo ser grato por ver o grande P'Dean dizendo que será misericordioso e esquecerá meus erros para ficar comigo? Devo ignorar suas más intenções e ficar feliz em ver que você se apaixonou por mim nesse meio tempo? Acho que não ... "
Pharm estava soluçando tanto que sua respiração saiu irregular. Até o motorista do táxi parecia preocupado no espelho retrovisor. O menino inspirou e expirou tentando se acalmar.
"Espero que você esteja feliz agora. Parabéns, você teve sucesso em seu plano! Você me destruiu completamente."
"Pharm, E-eu…", Dean tentou, mas em vão. Ele não tinha palavras para lidar com essa acusação. A verdade o deixando miserável.
"Eu não quero mais ouvir você. Eu estou indo agora."
"Aonde você vai?", ele teve a coragem de perguntar antes de ver Pharm subir no carro.
"Vou voltar para casa e espero nunca mais te ver.
"Mas Pharm… eu te amo.", Dean parecia preso nessas três palavras. Como se o amor fosse tudo para ele. Como se o amor fosse capaz de consertar seus erros.
"Estou indo, Dean. Você devia fazer o mesmo…", ele suspirou, "Não quero mais te ouvir. Adeus.", Pharm disse, entrando no carro e indo embora com o pôr do sol.
Dean foi deixado para trás com nada além de seu arrependimento. Ele também não tinha para onde ir. Antes de sair de casa naquela tarde, sua própria mãe o ameaçou dizendo que se ele estava saindo para ir atrás do menino que matou sua irmã, ele não precisava voltar mais. Ele foi rejeitado por sua mãe e pelo amor de sua vida. Ele não tinha nada em que se agarrar, exceto sua tristeza.
"Mas o nosso amor era real, Pharm… é real…", Dean sussurrou para si mesmo até ficar muito escuro para ver o que estava a sua frente.
Muito tempo depois, Win foi vê-lo.
"Vamos pra casa garotão…", o loiro o ajudou a se levantar da calçada.
"Não tenho para onde ir, Win…", o homem mais alto lançou-lhe um olhar desorientado.
"Você sempre vai ter um sofá na minha casa, idiota. Mesmo se você não merecer, sabe?", ele tentou clarear o clima, mas em vão.
"Vou amá-lo para sempre, Win…", Dean desatou a chorar, abraçando o amigo pelos ombros como que para salvar a sua vida.
"Você sempre o amou, meu amigo.", o outro disse, dando tapinhas nas costas para confortá-lo.
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Notas:
Obrigado Olivia, pela música!
Agora só temos que esperar para ver o prólogo!~
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Arrependimento
FanfictionPharm teve sorte de fazer amizade com Manaow, Team e Del muito rapidamente. No entanto, uma noite, ao dar-lhes uma carona para casa, eles se envolvem em um acidente de trânsito que leva Del a um destino fatal. Dean, irmão de Del, agora quer fazer Ph...