QUINZE

9.2K 851 331
                                    

Depois do vexame da festa no sábado, não sei como criei coragem pra ir trabalhar na segunda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Depois do vexame da festa no sábado, não sei como criei coragem pra ir trabalhar na segunda.

Passei o domingo todo arrumando a bagunça que tinha ficado em casa e ainda queria chorar, porque por mais que eu tentasse de todas as formas, não conseguia me lembrar de nada.

Vinícius e Anahí estavam esperando na minha sala pra saber tudo o que tinha acontecido no sábado.

—Você descobriu se tem algum deles que é gay? — Vini perguntou empolgado, balancei a cabeça negativamente.

—Te contar, eles são todos uns cafajestes — Soltei uma risada nervosa — E você pode esquecer o Gabigol, ele tá caidinho por uma garota que conheci sábado.

—Oporra — Anahí se jogou no estofado — Mas tudo bem, tenho certeza que homem bonito não falta nesse grupo aí — Soltou uma risada.

—Tem mesmo — Soltei uma risada nervosa.

Deixei de lado o fato de eu provavelmente ter dormido com o Arrascaeta, como ele ainda era um dos nossos clientes, melhor deixar os assuntos separados.

Alguém bateu na porta da minha sala e uma das secretarias entrou, avisando que meu pai tinha pedido que eu fosse até seu escritório. Deixei o Vinicius e a Anahí lá e fui.

Quando abri a porta do escritório me deparei com De Arrascaeta sentado na cadeira de frente ao meu pai, ele estava girando-a como se estivesse se sentindo em casa. Provavelmente se sentia.

Meu estômago gelou na mesma hora.

—Hope, que história é essa que você dispensou o trabalho do Arrascaeta? — Meu pai perguntou, se levantando.

—Bom dia pro senhor também — Mostrei um sorriso.

—Hope, você não me vem com esses deboches — Ele avisou, eu sentei na cadeira ao lado do Arrascaeta.

—Buenos Días, Hope — O uruguaio me olhou e sorriu.

—Você vai pegar o serviço de volta — Meu pai falou.

—Não vou não — Respondi a ele.

—Qual o seu problema com ele? — Quis saber de maneira incisiva.

—É, Hope — Arrasca virou a cadeira pra ficar de frente pra mim — Qual seu problema conmigo? — Disse com sotaque arrastado.

—Será que pode só confiar em mim dessa vez? — Ignorei o Arrascaeta e encarei meu pai.

—Me explique o que está acontecendo, Hope — Insistiu meu pai.

Como eu ia explicar pro meu pai tudo que aconteceu entre mim e o uruguaio? Não tinha nem por onde começar. Primeiro que ele tinha ficado comigo num estábulo, segundo que alguém nos pegou no ato dizendo que ele tinha noiva, terceiro que veio a confirmação na festa do Gabriel: ele realmente tinha noiva e quarto e mais importante... Como que eu ia explicar que tinha dormido com ele, mas nem lembrava?

𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒 • 𝐃𝐄 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora