Capítulo:03

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     Pov: Scarlet Sprouse
   Olhava para aquela sala toda branca esperando o delegado voltar para dar meu depoimento, irei contar tudo, tudo o que aconteceu, tudo o que me fez fazer aquilo, eu já tenho quase uma ideia para aonde irão me levar, vejo o delegado voltando e fechando a porta e sentando em minha frente.
-Bom Scarlet Sprouse sou o delegado Mendonça e irei ficar com o seu caso.-Falou ele me analisando, apenas assentir e cruzei meus dedos em cima da mesa.
-Bom me conte o que aconteceu desdo começo.- Respiro fundo olho para dentro dos olhos ele e começo a contar o inferno que minha vida era.
-Quando eu tinha 9 anos meu pai infelizmente morreu de câncer, minha mãe tinha ido embora quando eu era pequena e voltou quando eu completei 8 anos, não entendia muito bem mais lembro que fiquei intensamente feliz com isso, não sei por que meu pai perdoou ela também, mais pareciam que estavam muito felizes.-Falei já com a voz falha querendo chorar, o delegado levantou e pegou um copo com água e colocou em minha frente, tomei um pouco e agradeci e voltei a minha história.
-Tudo estava indo bem, depois de 1 mês mais ou menos da morte dele que começou o inferno, era todos os dias praticamente, ela me tirou da escola e disse que eu iria estudar em casa, começou a me fazer os trabalhos domésticos e quando não ficava do seu agrado ela me batia.-Ele olhou para as marcas roxas em meus braços.- Tudo piorou quando eu comecei a criar corpo como ela dizia, começou a ir lá em casa uns amigos dela.-Falei é uma lágrima desceu, tratei logo de limpa lá não irei chorar, não mais.
-Algum deles chegou a abusar de você.-Perguntou o delegado anotando alguma coisa em seu caderno.
-Eu não sei, algumas vezes ela me dava remédios e eu não via nada.-Falei em um tom de raiva e ele percebeu isso.-Eu já não aguentava mais essa vida, não conseguia mais suporta isso, eu pedia ajuda algumas vezes e ninguém acreditou em mim, ela falava que iria mudar que tudo era uma fase que isso iria passar, mais nunca passava ela nunca mudava.-Falei olhando para a parede atrás dele e lembrando de cada momento.
   Continuei contando do inferno que vivi e mostrei as minhas costas que estavam com enormes machucados que ela fez com o chicote, ele chamou alguns paramédicos para me atender e fazer curativos em minhas costas.
-Bom Scarlet o que você me contou deixou bem explícito que foi em legítima defesa.-Falou ele quando os paramédicos saíram da sala, eu somente abaixei minha cabeça.
-O que vai acontecer comigo agora?.-Perguntei em um tom de voz baixo
-Somente o juíz irá decidir isso, você irá ficar detida aqui até o dia da sua audiência.-Falou ele
-Irei ficar aqui por muito tempo.-Perguntei para ele.
-Acho que não Scarlet, você contou o que aconteceu, já temos o culpado não precisaremos de investigação mais profunda então não irá demorar muito.-Falou ele, ele conversou comigo por mais um tempo e depois chamou a polícial que me tirou daquele lugar para me levar para a cela.
  Ela segurou no meu braço e saiu comigo pelos corredores frios daquele lugar.
-Irei te levar para o banheiro para você poder se lavar e trocar de roupa.-Apenas assentir e fomos para o banheiro, ela me deixou lá dentro, tirou as algemas e saiu trancando a porta, olhei para o pequeno banheiro e fui em direção da pia.
   Olhei para mim do pequeno espelho e me vi toda suja do sangue daquela mulher, tirei a blusa do pijama e comecei a me molhar tentando tirar o máximo de sangue possível. Escutei a porta se abrir e fechar e olhei para a polícial que estava com uma roupa em mãos.
-Aqui pode se trocar quando terminar bata na porta que irei lava lá para sua cela.-Falou ela.
-Ok, muito obrigada.- Agradeci e peguei as roupas de sua mão, ela assentiu e saiu, tirei o resto do pijama e joguei no lixo, consegui tirar o resto do sangue mais me sentia suja, me limpei o máximo que conseguir e vestir as roupas que ela me trouxe, uma blusa branca de mangas e uma calça moletom, e me trouxe uma sandália já que desde que eu sai de casa estava de meias.
   Terminei de me vestir e bati na porta, ela abriu a porta colocou as algemas e me levou para a cela, não tinha ninguém na cela somente eu, ela tirou as algemas e eu entrei ela trancou a cela e saiu, olhei em volta e respirei fundo, caminhei até a pequena cama e me deitei no colchão, finalmente uma boa noite de sono, não preciso ficar com medo se amanhã eu vou amanhã viva ou não, com esses pensamentos acabei pegando no melhor sono da minha vida em anos.

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