Capítulo:02

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Fico olhando o corpo sem vida da minha mãe em minha frente e lembrando de tudo o que ela me fez passar, todas as torturas os abusos os sofrimentos e vi que finalmente estaria livre dela, no começo ela não era assim uma pessoa sem vida, foi depois da morte do meu pai que tudo esse inferno começou.
Escuto a sirene da polícia de longe e nem me dou o trabalho de me mexer continuo com a faca em mãos com medo dela acorda e me fazer coisas pior.
-E a polícia.- Escuto a voz de um policial mais estou longe.- Vocês olhem os fundos da casa.- Falou ele. Escutei ele arrombando a porta.
-Coloque a faca no chão lentamente e depois coloque as mãos na cabeça.-Falou ele apontando a arma para mim, balancei a cabeça lentamente negando.
-Na...na...não posso ela irá acorda e me bater novamente, é capaz de trazer aqueles homens maus de novo.-Falei gaguejando e segurando a faca ainda mais forte. Vi ele abaixando a arma lentamente e falando no comunicador.
-Policial Smith temos um problema, tem como você vim até aqui.-Falou ele me olhando com pena
-O que aconteceu.-Perguntou uma voz feminina.
-Venha ver com seus próprios olhos.-Falou ele ainda me olhando
Entrou uma mulher apontando a arma procurando o policial a minha frente, quando ela me viu arregalou os olhos.
-Esse e o problema.-Falou ele apontando para mim, ele puxou ela para o canto e começaram a conversar olhando para mim, a mulher respirou bem fundo e veio para minha direção e se agachou em minha frente.
-Ei qual é o seu nome?.- Perguntou ela com uma voz doce.
-Scarlet.- Falei baixinho
-Scarlet, que nome bonito você tem.- Falou ela me analisando.- Quantos anos vc tem Scarlet?.-Perguntou ela
-15 anos.- Respondi baixinho, não consegui decifrar seu olhar sobre mim.
-Você quer me contar o que aconteceu aqui?.Perguntou ela.
-Ela me bateu novamente depois que os amigos dela foram embora e eu não aguentei, eu não aguentava mais ela.- E comecei a chorar de soluçar, ela me olhou com pena.
-Ei já passou ninguém vai mais machucar você.- Falou ela tentando me conforma.- Você tem alguma parente para que eu possa ligar.- Perguntou ela é eu neguei.
Os paramédicos entram e tiram o corpo daquela mulher da minha frente, eu continuo sentada do mesmo jeito sem conseguir levantar, olho para a policial e vejo ela conversando com o outro policial eles vem na minha direção.
-Você quer me entregar a faca agora?.-Perguntou ela, eu assentir e entreguei a faca a ela.
-Scarlet não podemos mais ficar aqui, temos que te levar para a delegacia para continuar a investigação.-Eu concordei lentamente e ela me ajudou a levantar
Pegou as algemas e colocou em meus pulsos e me levou para fora de casa, vi que tinha vários vizinhos tentando ver o que estava acontecendo e com cara de indignados com a situação já que para a sociedade minha mãe era devota a Deus, somente eu sabia o que acontecia dentro daquela casa, somente eu que sentia, cada chicotada, sintada, cada tapas, era somente eu que sentia
A mulher me colocou no banco de trás do carro e me cobriu com um cobertor já que estava só de pijama, ela fechou a porta deu a volta no carro e sentou-se no banco do carona, senti o carro dando partida indo em direção da delegacia e pela primeira vez depois de muito tempo sinto algo no meu peito, felicidade abro um sorriso enorme com isso.

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