T2 E15

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S/N P.O.V

Dois dias. Dois fodidos dias, que esse fodido me trancou em um fodido quarto e simplesmente desapareceu!

Eu estava sentada em um dos cantos do quarto, olhando para o pequeno ursinho em minhas mãos quando a porta é aberta bruscamente, rapidamente eu guardo a pequena pelúcia e me levanto do chão

-- S/n! Espero que esteja gostando da estadia -- Klaus fala sorrindo cínico, se aproximando junto a uma garota que aparenta ter seus vinte e sete anos

-- não estou com paciência para suas brincadeiras... o que quer comigo?!-- falo seria o encarando, ele sorri se aproximando mais

-- eu vou te contar uma história -- fala olhando para a pistola em suas mãos -- era uma vez uma família feliz com quatro irmãos. O mais velho se chama Klaus, o segundo mais velho se chamava Aaron, também tinha Angelo, e a bastarda Raika... -- ele fala calmamente -- Klaus estava destinado a assumir os negocios da família, Aaron seria seu sócio, e os mais novos seriam os fiéis braços direitos. Mas Aaron tinha seus problemas com o Hoffman pai, e decidiu virar as costas para o homem, mas sem nunca abandonar os irmãos. -- ele sorri de lado -- Aaron então começou a procurar empregos com a unica coisa que ele sabia fazer: matar... ele achou o emprego perfeito: cuidar da segurança da neta do mafioso mais temido de todos os tempos. A tarefa parecia algo bobo e facil, ela era apenas uma criança idiota, mimada...

-- eu juro que se continuar com os xingamentos eu acabo com a sua vida, seu desgraçado -- falo entre dentes e então escuto um disparo e sinto uma forte dor em minha perna, me fazendo cair ajoelhada -- filho de uma puta-- praticamente grito vendo o sangue abundante sair de minha perna

-- eu ainda nao terminei a história, entao cala a porra da boca ou sua mulher e sua filha vao acabar indo visitar sua querida Atena e seu amado vovô -- ele sorri de lado, e eu tento ignorar a brincadeirinha idiota e a dor em minha perna

-- e não esqueça do fracassado do seu irmão seu imbecil -- falo e riu fraco, fingindo que o que ele disse nao me atingiu. Logo outro disparo foi efetuado contra a mesma perna -- DESGRAÇADO... filho de uma puta, eu juro que vou fazer você pagar por isso

-- como eu ia dizendo. A tarefa ate que era facil, ate dez anos atrás. A garotinha idiota estava completando três aninhos, e um exercício de homens entrou e fez uma verdadeira chacina naquele lugar. Na tentativa de cumprir com seu trabalho, Aaron acabou com dois tiros no peito e um em sua testa -- ele fala e eu lhe encaro, com meus olhos marejados pela dor que sinto em minha perna

-- s-seu irmão so f-fez o que era p-pago pra fazer... ele sabia dos r-riscos, e mesmo assim ac-ceitou trabalhar pra m-mim -- falo com a respiração ofegante -- e-eu sinto m-muito... mas não foi minha a c-culpa da morte dele

-- VOCE DEVERIA TER FEITO ALGO!... a porra da festa nao estava segura o suficiente... a culpa é sua -- ele fala e eu nego com a cabeça

-- você acha que eu n-nao sei disso?!... p-porra. Aquela foi a p-pior noite da m-minha vida, eu p-perdi as pessoas m-mais importantes para m-mim... acha que nao s-sei que falhei?! Eu não queria que n-ninguem morresse... mas aconteceu -- falo tentando manter meus olhos abertos, eu não me alimentei nos últimos dias e estou perdendo muito sangue... não duvido que eu venha a desmaiar logo... Klaus encosta o cano da arma em minha cabeça e firma o dedo no gatilho

-- Klaus... não -- a garota se pronuncia -- você quer que ela pague ne?... então é melhor deixa-la viva... assim ela pode ir pagando pelo que fez -- ela fala rapidamente, então ele abaixa a arma lentamente

-- tem razão... pela primeira vez na vida você abriu a merda da boca para falar algo que prete -- ele fala sem a encarar. Eu posso ve-la apertar a arma em suas maos com força e trincar seu maxilar -- eu volto depois

Eles se retiram e eu fico ali apenas esperando o momento de morrer. Acho que não vou resistir muito com a quantidade de sangue que estou perdendo, ele conseguiu acertar em um lugar que simplesmente pode me matar em algumas horas ou minutos.

Pouco tempo depois a porta é aberta novamente, eu não consigo ver quem é pois minha visão esta turva e eu vejo apenas sombras. Minha audição esta cada vez pior e minha respiração mais dificil a cada instante

-- ei... olha pra mim... por favor nao apaga -- eu reconheço a voz da garota, acho que ela é a tal Raika, ela me da dois tapinhas fracos no rosto me fazendo despertar um pouco, e conseguir enxerga-la -- eu preciso cuidar disso rapido... tenta ser forte e não grita...

-- p-por que nao me... deixa morrer l-logo?-- pergunto e ela coloca um tecido em minha boca

-- morde isso -- fala encaixando o tecido entre meus labios -- eu conheço a forma que trabalha... sei que nao daria ponto sem nó, e sei que tem um plano para sair daqui... sei que tem filha e esposa, e que elas precisam de você... e eu preciso que alguem mate o traste do meu irmão porque eu não posso fazer isso... regras da mafia alemã... -- ela mexe em algumas coisas em uma maleta e então pega meu braço, injetando uma agulha ligada a um pequeno saquinho vermelho. -- isso vai doer pra caralho, mas por favor, tenta nao gritar... -- ela pega uma seringa e rapidamente a injeta em minga perna, eu prendo a respiração pela dor. Mas o que vem a seguir é mil vezes pior: ela começou a procurar as balas com uma pinça, tirando uma por vez. Eu mordia o tecido com forca, gemendo de dor. Meus punhos estavam fechados e eu ja sentia minhas unhas perfurando minha pele. -- eu vou suturar... nao se mexa -- fala pegando a agulha e a linha, começando a sutura em minha perna, os poucos minutos, mais me pareciam longas horas de tortura eterna. Quando ela terminou, jogou um pouco de agua para tirar o sangue e então envolveu minha perna com uma faixa e gase -- quando sair daqui va a um hospital, eu estou no ultimo ano na faculdade, mas você é a primeira pessoa que eu preciso fazer algo do tipo, sem anestesia nem nada...

-- que merda foi essa que injetou em mim?!-- pergunto com minha respiração ainda ofegante, tirando o tecido de minha boca

-- no seu braço é sangue e na sua perna foi adrenalina, pra você nao apagar e morrer -- fala dando de ombros -- o imbecil do meu meio irmão simplesmente ficou maluco com a morte de Aaron... ele não era nosso irmão de sangue nem nada, e Klaus tinha uma paixão platonica e obsessiva nao correspindida por Aaron -- ela fala calmamente guadando suas coisas, nos ficamos ali mais um tempo, logo ela tira a agulha de meu braço e guarda em sua maleta -- eu prometo tentar te deixar viva, mas por favor, nao teste a paciência do maluco...

Suddenly Your Wife (G¡P) Ariana/You [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora