Após despertar um poder desconhecido, Umi partiu com tudo contra Buki, seu corpo pulsando com uma energia recém-descoberta. A raiva e a determinação em seus olhos eram evidentes enquanto gritava, avançando com a espada em punho.
— AAAAAAAH! — rugiu Umi, preparando o golpe final.
No entanto, antes que pudesse completar seu ataque, uma explosão de luz preencheu o campo de batalha. O brilho era cegante, e ambos, Umi e Buki, foram arremessados para direções opostas.
— O que foi isso...? — Umi ofegou, ainda atordoado enquanto tentava recuperar o equilíbrio.
Buki, por sua vez, piscava os olhos, tentando clarear sua visão turva. — Alguém anotou a placa...? — murmurou, confuso.
Quando a poeira finalmente assentou, uma figura imponente surgiu. No meio da claridade, flutuando em posição de lótus, estava um homem de aparência serena. Ele era gordo, careca e vestia um traje laranja de monge. Era ninguém menos que Buda, o deus da iluminação, que os observava com uma expressão tranquila, apesar da situação caótica ao redor.
— Não briguem. — a voz de Buda era calma, mas carregava o peso de uma autoridade inquestionável. — Essa não é a atitude correta se desejam trilhar um caminho melhor.
— Professor Buda?! — exclamou Buki, surpreso ao reconhecer a divindade.
— Sim, sou eu. — respondeu Buda, ainda flutuando de forma majestosa. — Mas isso não muda o fato de que dois semideuses estavam lutando no pátio da escola, o que é inadmissível. Ambos irão dar uma palavrinha com o diretor.
— Droga... de novo, não... — Buki resmungou, cruzando os braços.
— Diretor? — Umi perguntou, ainda tentando entender a situação.
E assim, sem mais discussões, o tempo passou. Agora, Buki e Umi estavam sentados em um banco, bem em frente à diretoria. O silêncio entre os dois era espesso, mas não duraria muito.
— A culpa é toda sua! — Buki gritou, apontando o dedo para Umi, sua paciência no limite.
— Minha?! Você que começou! — Umi respondeu, indignado.
— Silêncio, meninos. — a voz de Buda interrompeu os dois, serena mas firme. — Já, já irão conversar com o diretor.
De repente, uma voz doce e calma ecoou do outro lado da porta da diretoria.
— Podem entrar.
Umi deu um profundo suspiro. — Aí vamos nós... — disse ele, levantando-se com certa hesitação.
Ao entrarem na sala, observaram o ambiente com curiosidade. Quadros antigos adornavam as paredes, e havia um forte aroma de incenso no ar. No entanto, algo peculiar chamou a atenção de ambos: a mesa do diretor estava completamente vazia.
— Espera... se o diretor não está aqui, quem nos chamou? — perguntou Umi, franzindo o cenho.
— Relaxa, seu ameba. — Buki respondeu, rolando os olhos. — Ele adora fazer isso.
— Ele quem? O diretor?
— É claro, seu cabeça de peixe. — Buki revirou os olhos.
— Ai, pelo amor de Deus, dá para parar de implicar comig... — Umi começou a responder, mas foi interrompido pela súbita aparição de uma figura misteriosa.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Kami No Shison
FantasyApós milhões de anos de uma devastadora guerra entre os deuses de diversas mitologias, muitos desapareceram e outros pereceram, deixando um rastro de lendas e tragédias. Entre os poucos que sobreviveram, alguns trouxeram ao mundo seus descendentes...