Após milhões de anos de uma devastadora guerra entre os deuses de diversas mitologias, muitos desapareceram e outros pereceram, deixando um rastro de lendas e tragédias. Entre os poucos que sobreviveram, alguns trouxeram ao mundo seus descendentes...
O sangue escorria pela boca de Osore enquanto ela tentava chamar por Umi, sua voz fraca, quase inaudível.
— U...mi... — sussurrou, enquanto sua força esvaía lentamente.
— Osore, não! — gritou Umi, desesperado.
De repente, o chão ao redor começou a tremer, como se a própria terra estivesse reagindo à dor de Osore. A água ao redor vibrava, uma energia poderosa e desconhecida começava a se manifestar. Umi sentiu a raiva crescendo dentro de si, uma fúria primordial que ele nunca havia experimentado antes.
— SUA MALDITA! — gritou ele, com os olhos queimando de determinação.
A água que cercava o local começou a se mover por conta própria, formando redemoinhos violentos que cercaram Umi e a quimera, criando uma barreira líquida.
— Eu vou... — começou Umi, os olhos fixos na quimera que segurava Osore.
A criatura, em resposta ao grito de Umi, lançou o corpo de Osore para longe, como se fosse um brinquedo descartado. Ela voou pelos ares e caiu com força no chão, seu corpo imóvel.
— ...te mandar direto para o inferno! — rugiu Umi, levantando as mãos em direção ao céu.
A água ao redor começou a subir, envolvendo seu corpo da cintura para baixo, erguendo-o no ar como se fosse uma extensão de sua própria vontade. Ele levitava agora, cercado pela fúria das águas.
A quimera soltou um rugido ensurdecedor, mas Umi não hesitou. Ele ergueu a mão com velocidade, seus olhos fixos no inimigo.
— O selo foi quebrado, e teu sangue será derramado!
Com um movimento rápido, a água ao redor de Umi se condensou em uma lâmina gigante e foi disparada contra a quimera. O ataque foi devastador, partindo a criatura e a parede de pedra atrás dela em dois, como se fossem feitos de papel.
A quimera caiu, seu corpo dividido, mas Umi não se permitiu comemorar. Seus olhos imediatamente se voltaram para Osore, caída ao longe.
— Isso ainda não acabou... — murmurou ele, exausto, mas determinado.
Com um gesto suave, a água ao redor de Umi fluiu rapidamente em direção ao corpo de Osore, envolvendo-a em uma corrente suave.
— Água que fere, agora ordeno que cure. — disse ele, sua voz baixa, mas firme.
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Por um breve momento, as íris dos olhos de Umi brilharam intensamente, e a água envolveu Osore, sua energia fluindo para dentro dela. Ele sentiu sua força se esgotar naquele último ato de magia.
Os olhos de Umi se fecharam, e ele desabou ao lado de Osore, inconsciente.
O tempo passou, e Umi despertou em um lugar diferente. Ele piscou lentamente, sentindo o corpo pesado.
