Encontros

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A cada segundo que se aproximavam, Raquel ficava mais ansiosa, ela veria a sua mãe e filha após tanto tempo. Por breves segundos, ela se lembrou da sua experiência de quase morte onde pensou que nunca mais as veria.

A fazendo esquecer esse pensamento, Sérgio entrelaçou as suas mãos enquanto viam o carro se aproximar cada vez mais da casa onde moravam, o local parecia mais bonito ainda, como se a natureza estivesse os recepcionando mais uma vez. Assim que o motorista parou o carro, Raquel correu em disparado para dentro do enorme cômodo pela varanda, gritando pelas meninas na casa:

— Raquel? É você querida? — Mariví surgiu pelo corredor. Logo os seus olhos chocaram-se diante a filha, que corria para os seus braços.

— Que saudades! — ficaram alguns minutos naquela mesma posição. — Onde está Paula?

— No quarto brincando, vai lá, ela não parava de perguntar sobre você.

Raquel saiu apressadamente em direção ao quarto da garota, assim que a viu os seus olhos encheram de lágrimas. Lá estava ela: linda e exatamente como se lembrava.

— Mamãe! — o seu grito de felicidade saiu ao ver a mãe e correr para os seus braços. — Que saudades, você demorou!

— Eu sei, amor! — ela cheirou os seus cabelos e apertou mais a garota nos seus braços. — Prometo que nunca mais faço isso.

Ficaram assim por mais alguns minutos, para Raquel não havia tempo o suficiente que matasse aquela saudade.

— Será que tem espaço para mim nesse abraço? — a voz de Sérgio surgiu atrás de Raquel, atraindo o olhar da garotinha.

— Tio Sérgio! — o seu sorriso contagiou o homem. — Que bom que voltou!

Paula correu para os braços dele num abraço apertado e cheio de carinho. Ela ainda não chamava Sérgio de pai, ainda era pequena e ele compreendia. Mas ele ansiava para que isso um dia ocorra.

Algumas horas depois

Longe das Filipinas, outro casal também matava a saudade do filho: Mônica e Denver haviam chegado em cerca de trinta minutos, estavam exaustos, mas aquilo era irrelevante perto de estar com Cincinnati mais uma vez.

— Ele está enorme! — Denver comentou surpreso.

— Que exagero, Ricardo! — ela riu. — está praticamente do mesmo tamanho.

— Espero que esteja mesmo, ele não pode crescer rápido não, quero aproveitar esse tempo. — ele passou carinhosamente os dedos na bochecha do garoto.

Mônica apreciou a cena em silêncio, ela tinha tudo o precisava: um lar, um bom marido, uma família. Ela estava feliz.

Finlândia

Enquanto os casais voltavam para a sua família, Helsinki e Palermo estavam num bar mais afastando na Finlândia, especificamente em Helsinque, local onde escolheram passar um tempo.

Palermo decidiu acompanhar o amigo já ele próprio não sabia bem para aonde ir. A verdade é que: após a morte de Berlim, Martín não planejava tanto o futuro como antes.

Porém, as coisas estavam prestes a mudar. Talvez, uma nova oportunidade no amor.

Filipinas — Ao anoitecer.

— O que você está fazendo? — o abraçou pelas costas e deitou o rosto no ombro dele, encarando a tela do notebook.

Sérgio havia passado horas naquele escritório após o jantar, então Raquel saiu a procura do mesmo:

— Resolvendo uns últimos assuntos. — fechou a última aba da página que acessava e virou-se para Raquel. — Você sabe, quero que a família deles também tenham sua parte.

Raquel suspirou pensativa, ela sabia que ele estava falando dos amigos que perderam nos assaltos. Ela conhecia Sérgio o suficiente para saber o que se passava naquela mente: ele se sentia culpado.

— Você fez o seu melhor, infelizmente nem tudo deu certo. — passou o polegar na sua bochecha. — Vamos falar de outra coisa, hum?

Falou descontraída e sentou no colo dele, passando uma perna de cada lado. O Professor quase se deixou levar pela visão espetacular na sua frente: ela estava com uma camisola de cetim curta que deixava a mostra as suas belas coxas.

— Sérgio? Tá me ouvindo?

— O-o quê? — voltou a si, fazendo Raquel rir do seu jeito bobo.

Aos poucos ela se aproximou da orelha dele e sentiu a sua cintura ser agarrada pelas mãos firmes dele — Eu disse, que tal adiantamos a nossa lua de mel?

— Mas nem casamos ainda. — um sorriso escapou dos lábios dele.

— Por isso mesmo. — ela passou a língua lentamente sobre os lábios dele, sendo até tortuoso, pois o que ele mais queria era beijá-los. — Será meio que um teste drive, uma prévia.

Sérgio avançou contra os lábios dela num beijo caloroso enquanto as suas mãos apertavam a sua cintura buscando mais aproximação.

— Você me deixa louco sabia? — sussurrou entre o beijo arrancando dela um gemido em aprovação.

— É mesmo? — perguntou convencida afastando as suas línguas e tomando fôlego. — Então aproveita que agora estamos sozinhos!

Ela rapidamente retirou a sua camisola e revelou estar usando apenas uma fina peça que cobria o seu sexo.

— Caralho, você é a noiva mais sexy desse mundo! — Sérgio começou a distribuir beijos no seu pescoço. Mas aquele comentário fez Raquel ficar pensativa por alguns segundos.

Noiva. Ela era sua noiva. Ele não havia feito um pedido formal com aliança ou uma extensa declaração como vemos por aí, na verdade, o "casa comigo?" saiu sem que ele menos esperasse, mas da forma mais verdadeira possível. Era real, aquele amor que ambos sentiam era real e isso acertou precisamente o coração da loira.

— O que foi? — ele notou o seu silêncio e encarou seu rosto.

— Repete! — ela disse com brilho no olhar. Sérgio ficou alguns segundos tentando entender até um sorriso surgir dos lábios dela. — Repete o que você acabou de dizer.

— Eu disse que... — segurou no seu rosto e aproximou os seus lábios. — Você é a noiva mais sexy desse mundo, a minha noiva.

Ele fez questão de frisar a palavra noiva intercalando entre selinhos em seus lábios. Aquilo foi o suficiente para erguer a chama dos dois pela noite toda, não era apenas sexo, era uma conexão. Algo que somente os dois tinham e entendiam.

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Notas da autora:

Espero que tenham gostado desse capítulo!🥰A partir de agora as coisas vão mudar, nem tudo são flores né 👀

Até o próximo!!

Por Você - SerquelOnde histórias criam vida. Descubra agora