24 de Dezembro de 1945
Véspera de Natal
A Noite estava fria naquela época do ano, e todos estavam desfrutando do calor de suas lareiras em casa, risos podiam ser ouvidos se você chegasse perto das casas.
Mas isso parecia não chegar no Homem que estava debruçado no gazebo de madeira no centro da praça mal iluminada, o gazebo tinha uma aparência frágil, quase miserável. Mas o homem estava alheio a isso e bem para ser sincero alheio a qualquer coisa em volta.
Ele não era pobre Pois vestia-se muito bem um sobretudo Vinho escuro quase preto, sem rugas, ou dobras, a bengala em sua mão direita lhe dava um ar de Herdeiro rico que faria muitas moças daquela cidade correrem por ele.Mas não é sobre isso que quero lhe falar
Podem se perguntar Porque ele não estava em casa desfrutando assim como todos do calor da lareira ? Do vinho ? E das festividades ?
Bem meu caros ele não Podia nem se quisesse... ele estava perdido em todos os sentidos, ele não saberia o gosto do vinho, nem o calor da lareira.Ele odiava todas as festividades
Principalmente aquelaTodo ano em qualquer lugar ou tempo ele colocava sua Raiva dolorida, em números absurdos de garrafas do whisky mais Forte.
O esquecimento era uma bênção que ele só encontrava na bebida, a única forma dos fantasmas irem embora, de apaziguar o vazio.O dono de toda essa melancolia se chama: Petrus.
Anteriormente ele foi um Herdeiro de uma Família Abastada Poderosa naquela pequena cidade, exportavam Frutos do Mar, mas o grande infortúnio chegou e levou tudo.Tudo se Perdeu e hoje ele é Apenas
Petrus, as vezes Pedro, Antônio, e por aí vai... depende da situação.Ele estava muito tempo debruçado no peitoril do gazebo, pequenos tufos de neve já pintavam seu cabelo escuro e longo lhe dando um ar quase doce se não fosse seus olhos dourados frios ele seria adorável.
Ele parecia esperar, quem ? Não saberia dizer, mas estava ficando tarde e neve logo cobriria todo o chão madeirado sujoO relógio da igreja marcava 11:00
Logo seria Natal...
O Homem trincou os dentes, seu rosto marcado de cicatrizes estava molhado
Com algo que talvez não era neve derretida, as íris douradas bem guardadas pelas pálpebras pálidas
Sua mão perigosamente apertada na bengala; ele parecia está lutando com um inimigo invisívelEle não Possuía coração à muito tempo arrancado, residia num oceano sem fim,
Assim não Podia sentir, não doeria tanto...Passos suaves... Petrus esperava
tão suaves, o homem deu um sobressalto mas não mudou, ele sabia quem era já tinha visto isso tantas vezes.
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Um Encontro Na Meia-noite De Natal
FantasiDuas Pessoas, estranhas e totalmente Iguais A meia-noite ambos Perdidos e Encontrados. Mas que lutam ferozmente pelo direito de escrever seu Próprio Destino, ele prometeu sempre lembrar mas acabou por esquecer. Pietro esqueceu de Teressa mas a e...