Prólogo

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  As mãos tremiam enquanto ela observava o corpo. Kim Se-jeong estava morta e ainda sim, Kim Jisoo permanecia examinando a cena onde sua noiva havia dado seu último suspiro. Aquela cena para si, parecia surreal e seus pensamentos eram confusos, sua cabeça estava uma bagunça. Eles eram aleatórios,  também pensasse em como contaria o ocorrido a ambas as famílias. Os sons das sirenes dos veículos dos policiais a sua volta pareciam mais baixos conforme iam se desfazendo na sua mente. Jisoo se sentia culpada, ela se culpava por não ter feito nada para ter impedido. Embora a culpa não fosse dela, a detetive sentia que sim. 

   Era quinta-feira de manhã quando esteve com sua amada sentada ao lado dela em um dos bancos ovais da empresa que trabalhava, onde deveria ser mais seguro do que o dia a fora, mas, que infelizmente ao sair do trabalho aquela hora da noite, não havia sido. Lembrou das paranóias que tentou evitar ao longo do dia, embora aquela sensação estranha de que algo iria acontecer horas antes do assassinato, continuasse a persistir. E também pensou no quanto deveria ter insistido naquele sentimento vigoroso para que pudesse dar atenção a ele. "Espere até que eu te busque para levá-la para casa, as minhas paranóias podem está certas!", imaginou ela.

   Seus pensamentos são interrompidos quando os bombeiros chegam e seu melhor amigo, o detetive Hawang Jun-Ho a afastou do cadáver mesmo com ela relutando para se manter por perto. A INTERPOL havia delimitado a área enquanto outros detetives analisavam o corpo, e de longe, ela observava a cena do crime e os socorristas colocá-la em um saco preto e levá-la embora. Apesar de saber que aquilo demoraria horas com a perícia e principalmente para encontrar a faca, a arma usada no assassinato, se recusou a ir para casa. 

  O que deixava Hawang curioso, era o fato de que não havia sinal, nem uma evidência sequer do objeto utilizado. Apenas um cigarro que estava próximo que foi colocado em um saco plástico e coletando como uma evidência. Apesar de não saberem se estavam ou não ligados ao caso, já que poderia ser de qualquer pessoa que pudesse ter passado por ali antes, ou depois de ter acontecido.

   Seu estômago começou a revirar com a dor e agonia que estava sentindo, fora os outros sentimentos confusos que a sufocavam de uma só vez e que não conseguia decifrar corretamente. Vários sentimentos como tristeza, raiva, saudade, frustração, impotência e solidão. E eles se misturam em uma coisa só, que chega a doer fisicamente.

  Horas depois, ela escutou as vozes dos policiais conversando, mas estavam baixas. Como em uma caixa de som, quando você abaixa o volume e que ela teria que prestar atenção se quisesse escutar perfeitamente o que diziam. Ainda era indescritível observar o corpo de Sejeong na porra de um saco sem vida. Prestou atenção no quanto de sangue no chão havia, e como aquela faca deveria ter feito seu coração parar. 

─ Pegue isso ─ ordenou Jun-ho a retirando de transe, ela pegou-o de sua mão e observou o pequeno manto de pano cor de rosa confusa ─ Cubra-se, está molhada e está fazendo frio. 

─ Acha mesmo que eu me importo com isso agora? 

─ Não. ─ respondeu de forma compreensiva ao tom grosso da colega de trabalho e também, melhor amiga ─ Mas eu sim, por favor. Não quero que você pegue um resfriado, tem muita coisa por vir. 

─ Tudo o que eu quero agora é pegar quem f-fez isso e fazê-lo pagar. 

    Seu sotaque era carregado a ódio quando a voz falhou se unindo às lágrimas que escorriam pelo seu rosto pálido e gelado. 

─ Vamos pegar quem fez isso e essa pessoa vai apodrecer na cadeia, eu prometo! 

─ Detetive Hawang e Jisoo? ─ o capitão da polícia, Gong, se aproximou ─ Meus sentimentos, detetive. 

Investigação Criminal - JensooOnde histórias criam vida. Descubra agora