𝐕𝐈. Duas pessoas destruídas.

860 102 37
                                    

BANCO DE MADRID, 16:22

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

BANCO DE MADRID, 16:22

Faltava minutos para que começássemos o plano Alcatraz, aproveitando a melhor ferramenta que tínhamos: o microfone de Rio.

Eu decidi que ficaria fora dessa vez, eu precisava esfriar a cabeça e pensar menos, e que lugar melhor para fazer isso do que a fundição?

— Deveria ter visto a Tokyo! — Nairóbi continuou a contar enquanto auxiliava na extração, puxando um carrinho com toneladas de pepitas que valiam mais que qualquer pessoa ali. — Ela ficou abalada, mas sabe como ela não consegue lidar com a rejeição.

— Bom, falei com Rio. — Disse enquanto sentava em cima de um dos baldes. — Ele parece em um estado pior que o dela! Tokyo é muito...

— Dramática? — Ela soltou uma risadinha.

— Essa não é a palavra certa, talvez...

— Impulsiva?

— Essa! Essa é a Tokyo! — Apontei com o dedo indicador para ela e acompanhamos a risada uma da outra. Havia alguma coisa na risada de Nairóbi que me contagiava extremamente, era ela genuinamente expontânea. — Falando nela, sabe para onde ela foi?

— A última vez que a vi foi lá em cima com uma garrafa bad mãos, não sei o que ela... — Foi quando um flash de compreensão passou por mim. Rio estava extremamente mal com o término, então Tokyo certamente estaria pior.

Merda. — O copo que estava nas minhas mãos acabara caindo quando me toquei do que Tokyo estava fazendo. Claro, claro que ela iria se embebedar depois de um término.

— O que foi? — Nairóbi ergueu uma sobrancelha, limpando as mãos com luvas grossas no avental vermelho.

— Preciso encontrá-la! Obrigada pela conversa. — Corri apressadamente para o elevador, deixando um aceno rápido para uma Nairóbi completamente confusa.

Tokyo provavelmente estava fazendo alguma besteira. Eu a conhecia muito tempo para saber que não posso deixá-la sozinha depois de alguma decepção.

Aquilo tudo estava me distraindo de uma pessoa em especial, embora eu não quisesse me distrair tanto assim dele. Eu sabia que não podíamos ficar juntos, e por isso a melhor opção era me distrair.

— Tokyo? — Gritei por seu nome enquanto corria pelos corredores. Estava torcendo internamente para que Denver não me encontrasse ou Rio, mas a sorte não era minha aliada, e lá estavam eles, os três juntos no banheiro com olhares confusos assim que cheguei á porta. — O que está acontecendo aqui?

Rio estava sem camisa, seu olhar era magoado e estava claro aparentemente que ele tentava segurar seu choro. Tokyo continha um pré-sorrisinho nos lábios, mas seus olhos não conseguiam me enganar; estavam vermelhos de choro. E por fim, lá estava o cara que eu mais tentava evitar em tudo aquilo. Denver estava com as mãos enfiadas na pia e ele foi o último que percebeu que eu estava ali.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 12, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𝐕𝐄𝐍𝐄𝐙𝐀 | La Casa De PapelOnde histórias criam vida. Descubra agora