Cinco meses se passaram desde o "funeral".
Cinco meses que Dante estava se sentindo estranho.
Observado.
Sentia que estava beirando a insanidade.
Ele não sabia explicar aquela sensação bizarra de perseguição, só sabia explicar que era horrível.
Era tarde da noite agora, ele não iria trabalhar amanhã, ou seja, era o momento perfeito para encher a cara.
Tem sido assim desde a morde de Gal.
Quando começava a beber havia duas opções:
1° - A sensação iria embora enquanto estivesse bêbado.
2° - A sensação iria piorar ao ponto de ele começar a ver o vulto.
Mas ele sequer pôde começar a beber o primeiro shot antes de ser interrompido por uma voz.
"Nunca pensei que veria você bebendo, Gaspar."
Ele não reconheceu a voz, já que não se viam há anos, mas seria impossível não reconhecer o tom dessas palavras.
Era impossível não reconhecer o dono dessas palavras sendo que apenas uma pessoa nesse mundo o chamava daquela forma.
Dante estava convencido de que havia enlouquecido.
Gal.
Ele viu o homem ridiculamente pálido e de cabelos pretos e longos escorado na parede, o encarando.
Seu corpo era etéreo e meio transparente, como se não estivesse realmente ali.
Ele o encarava sem expressão.
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fantásmora | dangal
أدب الهواةOnde Dante reencontra Gal, o garoto que costumava implicar com ele na infância. Ou Onde Gal, após a tragédia, tinha como última "missão" visitar Dante.