Casamento perfeito, filhas amorosas, família feliz.
Nos últimos 7 anos Gina e Theodore tem isso na capital do amor, Paris, França, mas nada é bom para sempre quando seu marido é ex membro de uma das maiores gangues de Los Angeles.
Ele largou tudo...
As coisas em casa estavam estranhas, na verdade as coisas entre mim e Ronald estão estranhas. Começamos a brigar após o galpão, quando aquele homem falou meu nome por completo, eu senti uma sensação tão ruim, era como se o maldito padre José estivesse ali e só Deus, eu e Ron sabemos o quão eu sofri nas mãos daquele homem.
Depois de padre José, Ron era o único que conseguia falar meu nome, sem fazer eu me enjoar é claro, só o pronunciava em momentos íntimos, extremamente íntimos, mas depois do que aquele homem falou eu simplesmente não consigo, sempre que ele vai me tocar, eu sinto nojo, não dele, claro que não, amo Ronald talvez mais que a mim mesma, mas sinto nojo de mim.
Maryanne. Esse ao menos era meu nome de batismo, fora o nome que me jogaram quando entrei no convento, era apenas um bebê e padre José me deu esse nome.
-Qual acha melhor? -Gina me pergunta apontando dois vestidos. -Branco estilo revelação ou um mais ousado.
-Branco revelação. -Aponto para o vestido em suas mãos.
-Vou me trocar e já venho. -Anuncia e sai feliz para o closet.
Hoje era o jantar de revelação do sexo da criança, todos de branco claro, apenas eu que não tenho roupa definida ainda. Ela sai de lá com um belo vestido branco com algumas flores, sua barriga destacando bem no meio dava um ar de paz.
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-O que acha? -Me pergunta e eu dou os ombros.
-Achei divino. -Suspiro e ela revira os olhos.
-Estou falando do sexo do bebê. -Dá risada e eu bato em minha cabeça.
-Claro, acho que é um belo garotinho. -Sou sincera, não acho que seja uma menina, eles já têm meninas demais. -Das duas vezes que engravidei dos meus garotos minha barriga ficou igual a sua nesse momento.
-Para ser sincera também desconfio. -Passa a mão como uma protetora pela barriga e sorri. -E você e Ron?
-Estamos bem. -Minto e ela fecha a cara.
-Não ouse mentir para mim, sei que não estão dormindo juntos. -Abaixo o olhar e estralo os dedos. -Mary... precisam conversar.
-Eu não posso mais ter filhos. -Anuncio e suspiro em seguida, tirei um peso de minhas costas. -Ronald, ele quer mais um... como podemos fazer um filho se ao menos o deixo tocar meu corpo? Como podemos ter um filho se agora eu sou seca por dentro.
-Não fale isso de você mesma. -Ela me abraça e eu me seguro para não chorar.
-Padre José... ele sempre me chamava por meu nome quando tentava fazer algo em mim... sabe o quão difícil é para eu ter ouvido aquele homem falar meu nome completo com o mesmo tom? Ele sabia o nome de meus filhos.
