HADRIA
— Onde estão minhas netas preferidas? – escutei vovó dizer entrando na casa.
— Boa noite para você também Margareth. – papai disse indo cumprimentar vovó enquanto eu e Saphira descíamos as escadas em direção a sala.
— Oi John, Como vai? Você cuidou bem das minhas meninas? – Vovó sempre perguntava a mesma coisa para papai.
— Sim vovó, ele faz um ótimo trabalho – fui em sua direção a abraçando e Saphira fez o mesmo.
— Bom se é assim, achei que depois dessa longa viagem vocês estariam com fome, então eu trouxe o jantar – ela andou para a cozinha e colocou uma bandeja com o que parecia ser macarrão com queijo encima da mesa.
— Margareth, você é um anjos – os olhos de papai brilhavam como dois diamantes olhar para comida.
— Obrigada mesmo vovó, nós não ainda não fomos ao mercado, estaríamos perdido sem a senhora – caminhei até é ela e lhe beijei a bochecha.
— Ok crianças vamos sente-se e comam antes que a comida fiquei fria – nos sentamos e eu não me lembrava de ter comido algo tão bom em toda minha vida.
🍁🍁
— Hadria, posso entrar? – estava terminando de arrumar minhas roupas quando vovó apareceu batendo na porta do meu quarto.
— Claro, fique a vontade – vovó entrou e se sentou na pronta da cama, batendo a mão no espaço ao seu lado para q eu me sentasse com ela.
— Como você está com tudo isso querida? – Dona Margareth sempre se preocupava com os sentimentos e escolhas dos outros – Sua irmã parecia querer destruir a casa.
— Saphira não queria vir, deixar os amigos para trás foi muito difícil para ela.
— Eu pude perceber, Mas e você? Não deixou ninguém para trás? Amigos ou algum namorado? – Eu sabia que ela não iria deixar isso passar.
— Não, eu não tinha ninguém, sem amigos e definitivamente sem namorados, se apegar as pessoas é muito difícil, e eu prefiro ficar sozinha vovó, a senhora sabe. – Falei cabisbaixa olhando para minhas mãos como se elas tivessem acabando de nascer ali.
— Eu sei querida, Mas eu peço que você de uma chance para as pessoas daqui, você pode descobrir o quanto elas são mágicas - Ela disse e eu vi seu olhar descer para o calar no meu pescoço, colar que minha mãe tinha me dado quando fiz cinco anos.
— Falando assim parece até que existem fadas andando por aí, acreditar em magia é se perder e se afundar nos desejos que nunca serão realizados – me levantei da cama e voltei a organizar minhas roupas.
— Quando criança você acreditava que existia magia em todo lugar– ela veio ao meu lado e começou a me ajudar.
— Isso foi antes da pessoa mais mágica da minha vida morrer – não levantei a cabeça, não tive coragem de a olhar nos olhos, eu podia ter perdido minha mãe, mas ela também perdeu a sua filha.
— Eu sei meu amor, eu também sinto que o mundo não é mais o mesmo depois que ela se foi, mas se nós não seguirmos em frente as coisas boas nunca vão acontecer – ela me pegou pelos ombros, me virou em sua direção e logo levou uma das suas mãos para meu colar.– Eu me lembro de ajuda-la a fazer isso, ela dizia que te protegeria. Você sabia que as primogenitas Meerlins a nascer sempre tem uma posição importante? É por isso que elas são perseguidas e é por isso que você nunca deve tirar esse colar.
— A senhora está me dizendo que só porque eu sou a mais velha eu corro mais perigo? – questionei enquanto me afastava levemente dela.
— A magia corre forte em suas veias, mais forte do que em todas as gerações anteriores, isso faz de você muito poderosa e também muito desejada.– quando ela terminou de falar um arrepio passou pela minha espinha, como se algo adormecido tivesse acabado de acordar.
— Bom, seu pai disse que você gostaria de arrumar um emprego, eu estou precisando de uma ajudinha na loja, se você quiser o trabalho é seu. – ela mudara de assunto tão rapidamente me deixando perdida sobre o significado de suas palavras anteriores.
— ah, claro, claro eu aceito, mas eu só vou poder ir depois das aulas, tem algum problema? – ela balançou a cabeça.
— não meu amor, tem você lá mesmo que por algumas horas já vai ser de grande ajuda.
Após a nossa conversa vovó foi para sua casa dizendo que me queria na loja já na segunda após meu período de aulas, porque eu tinha muito a aprender.
Me arrumei para dormir, amanhã seria um novo dia de nossas novas vidas, estava prestes a me deitar quando meu pai bate na porta e a abre levemente.
— Querida? Você está bem? – Meu pai era bem calmo e paciente, com seus cabelos castanhos que contratava com seu olhos verdes bem escuros, que infelizmente eu não tive a sorte de ter, ele estava bem conservado para um homem de 50 anos.
— Estou, o senhor precisa de alguma coisa?– era assim todas as noites ele sempre vinha ao meu quarto para ver se eu estava bem.
— Não, só te agradecer por ter nos ajudado e ter vindo conosco para cá. – ele me deu a opção de continuar na nossa antiga cidade, mas eu disse que viria para Troy, era uma forma de ficar mais perto deles e de certo modo da mamãe também já que foi a cidade onde ela nasceu.
— Eu já te disse papai, eu nunca deixaria você. – ele veio até mim e beijou minha testa, ele sempre fazia isso era sua forma de dizer que nos amava.
— Boa noite querida.
— Boa noite papai. – ele saiu e fechou a porta. Logo fui para cama, amanhã seria um longo dia.
⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

VOCÊ ESTÁ LENDO
Lost In The Nigth
WerewolfO que acontece quando você se muda para uma nova cidade? O esperado era conhecer pessoas novas e talvez fazer alguns amigos. Não estava nos meus planos conhece ele, não esperava odiar ele, não esperava me apaixonar por ele e definidamente eu não e...