prólogo

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HADRIA

Mudar para um lugar novo nunca é uma tarefa fácil, você tem que arrumar as malas, encaixotar tudo, se despedir dos amigos e familiares, se você tiver é claro. Mas comigo e com a minha família foi diferente, quer dizer exceto pela parte de arrumar as malas. Nós não tinhamos de quem nos pedir, simplesmente pegamos nossas coisas e fomos embora.

Viemos da Carolina do Sul e agora estavamos nos mudando para uma cidade no norte de Montana, quase na fronteira com Canadá ,ou seja, cidade pequena com muita árvore e pouca gente.

Meu pai investigandor da polícia e foi transferido de região porque nessa pequena cidade estava acontecendo muitos crimes, é claro como eu disse pouca a gente é um lugar perfeito para se matar pessoas e esconder seus corpos. O que não faz sentido é o porquê chamaram alguém de tão longe se podiam tranferir algum investigador de uma região próxima.

Essa coisa de mudança para mim foi até fácil, não tinha nada perder nunca fui de ter muitos amigos, mas para minha irmã foi como se o mundo dela tivesse acabado, ela tinha acabado de entrar no ensino médio e passado no teste do grupo de líder de torcida, e na metade do ano letivo você descobre que vai se mudar para uma cidade dez vezes menor, Mas é uma boa oportunidade de conhecer pessoas novas quem sabe até fazer amigo de verdade que não estão com você só pelo status.

Saphira a minha irmã tem 14 anos e basicamente foi criada por mim e por meu pai já que nossa mãe morreu há 6 anos atrás um acidente de carro. ela tinha só oito anos e ainda  sente  um pouco de falta por não ter um exemplo materno em casa, já que quando a mamãe morreu eu tinha somente 15 anos não sabia muito da vida.

Atualmente com 21 anos  fui transferida e vou ter que tentar acompanhar os alunos da nova faculdade. Isso meio que é um pesadelo, já que sendo a garota nova que chegou na metade do período estou fadada a chamar atenção indesejada.

Eu curso história, ou seja, sou aficcionado por pesquisar e descobrir coisas do passado e tenta prever um pouco do que vai acontecer no futuro, então eu vejo essa mudança como um achado arqueológico que você vai procurando, aos poucos escavando até fazer uma grande descoberta que vai mudar o mundo, ou pelo menos o meu mundo.

🍁🍁

Estaciono o meu carro logo atrás do carro de meu pai, a casa onde ficaremos me parece boa, bem no estilo casa americana do interior, tem dois andares, três quartos, o que significa que não terei que dividir o meu com Safira e isso já é um grande lucro.

— Casa perto da floresta, só espero que esse assassino não queira nenhuma de nós como o próximo vítima. – Cometou Safira de mau humor.

— Relaxa pirralha, por que ele iria querer você? – perguntei enquanto pegava uma das caixas do carro e andava em direção a porta da casa que papai acabara de abrir, Saphira me manda o dedo em um gesto ofensivo.

— A vovó mora nessa cidade também, não é? Por que nunca viemos visitá-la? Ela que sempre ia nos ver. – Saphira questionou papai, eu também me perguntava isso as vezes.

— não sei, toda vez que falávamos que iríamos vir ela dizia que era melhor não, que não tinha nada para fazer aqui, que não era hora de virmos, mas quando a avisei sobre o trabalho e ficou muito feliz. Mas eu também nunca entendi a vó de vocês, ela e sua mãe pareciam sempre esconder algo – papai indagou enquanto abria a porta.

A casa era boa, nem grande nem pequena o suficiente para três pessoas, as  portas e janelas de madeira com vidros, havia uma   floresta na parte dos fundos que praticamente a rodeava . A casa já estava mobiliada e nós não tinhamos vizinhos por pelo menos um quilômetros, pelo menos não teria ninguém para nós incomodar.

Cada um de nós seguiu próprio  quarto para desfazer as malas, agora era realmente um novo começo, para todos nós.

Lost In The NigthOnde histórias criam vida. Descubra agora