Capítulo 4 - A chama ainda está acesa

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Narrador


Carla e Arthur se beijam ardentemente, a saudade e o desejo eram tão intensos que eles praticamente travam uma guerra de línguas, param alguns instantes para recuperarem o fôlego mas logo retomam o beijo quando abruptamente Arthur para e se afasta de Carla.

ARTHUR

Carla, eu vou fazer algo que estava morrendo de saudade fazer. Eu vou te beijar todinha.

Narrador

Carla sorri. Arthur se reaproxima e começa a beija-la, ele começa pela testa, beija cada canto do seu rosto desce para o pescoço a fazendo se arrepiar dos pés à cabeça, até que chega aos seios, nesse momento ela entra em êxtase, total é o tamanho do seu tesão ao sentir Arthur a devorar como se não houvesse o amanhã. A boca em um dos seios e a mão em outro, ela geme de prazer, ele começa a descer, beija toda extensão de seu abdômen, virilha e é nesse momento que Arthur percebe que Carla libera espaço para que ele invada sua intimidade. Arthur faz movimentos de vai e vem com a língua fazendo Carla delirar de tanto prazer, ela segura em sua cabeça como sinal de que ele não deve parar até que após alguns minutos ela implora que ele a penetre. Ele obedece e a invade intensamente, ele geme e sorri ao vê-la quase perder o fôlego. Eles mudam de posição, ficam sentados um encaixado no outro e Carla assume o comando, Arthur fica atônito com a intensidade de seus movimentos e solta um gemido que a faz sorrir de satisfação. Ela morde o lábio inferior dele, ele a puxa e beija todo seu pescoço, nesse momento todo corpo dela enrijece a fazendo cravar as unhas em suas costas e após intensificar ainda mais o ritmo ambos gemem e deixam que seus corpos caiam sobre a cama. Eles ficam encaixados por um tempo, um sentindo a respiração ofegante do outro, um sentindo as batidas descompassadas do coração do outro, se olham por longos segundos e se beijam apaixonados. Exaustos, eles se desencaixam, e deitam um de frente para o outro e sorri. Ambos deixam escapar uma lágrima de emoção.

- Garoto, a gente está ficando bom nisso hein!

- Então, aqui é assim mesmo, encostou sai faísca!

- Bacana!

- Carla, você sabe que nós temos uma conversa pendente né? E que não podemos simplesmente achar que está tudo bem porque transamos. 

- Eu sei que não, e sei também que essas coisas não se resolvem com sexo, mesmo tendo sido tão bom assim. 

- Ah, foi tão bom assim foi? Hummm

- Lógico que foi, você não acha?

- Não sei, talvez se a gente recomeçasse... e recomeçasse, e recomeçasse...

- Bobão pra idade! Tem coisas que nunca mudam né?

- O que é bom não precisa mudar. A gente pode até aprimorar mas mudar não.

- Sei garoto, sei. 


Narrador

Carla e Arthur riem alto e um tapa a boca do outro para abafar o som de suas gargalhadas para não acordar as pessoas. Eles combinam de tomar o café da manhã e depois irem até o rio e lá podem sentar em algum lugar para conversarem sem serem interrompidos. Eles se abraçam e dormem agarrados. O dia amanhece, Arthur acorda, toma banho e vai para cozinha, lá vê D. Bia preparando um belo e delicioso café da manhã, ela pergunta se o que ela fez está bom para Carla e se acha que ela deveria fazer algo mais. Arthur fala que a quantidade de comida na mesa dá para sustentar um batalhão de pessoas, que ela não precisa se preocupar pois Carla é uma pessoa super simples apesar de famosa e atriz. Ele volta para o quarto e Carla já está pronta para o café. Todos sentam-se à mesa e ficam ainda incrédulos com a presença de Carla, Thais e Pedrinho chegam e o menino se atira nos braços dela a chamando de titia. Carla sorri de emoção. Carla se sente muito a vontade e demonstra muita intimidade com toda família do Arthur. Após o café eles partem em direção ao rio. Ao chegar lá, sentam-se embaixo de uma árvore.

- Carla, eu preciso que você dessa vez me ouça e me deixe explicar sobre aquilo que falei na live que abri sem querer. Muitos homens, a grande maioria na verdade, tende a querer contar vantagens aos amigos quando estão bebendo. Não necessariamente aquilo que falam de fato aconteceu.

- Arthur, eu...

- Calma, deixa eu terminar, eu preciso te falar tudo. Aquilo que eu falei realmente aconteceu mas não foi agora. Foi antes até de eu entrar no BBB, eu sei que quando eu voltei pra explicar que abri a live sem querer, eu justifiquei que tinha sido recente, mas não foi, eu estava contando vantagem, querendo me sair de bam bam bam, mas não aconteceu. Isso é comum na rodas de conversas e eu quando bebo acabo falando muita bobagem, não é à atoa que as pessoas me cancelaram tanto pelas coisas que eu falava nas festas. Eu garanto pra você que não aconteceu e eu não tenho como te provar isso, é uma coisa que eu estou te afirmando e que você vai ter que confiar em mim se quisermos seguir a diante.

- Arthur, você entende que não tinha como eu não ficar magoada? Você entende que pra mim, naquele momento eu entendi que você me traiu. Nós estávamos juntos,  tentando fazer as coisas darem certo, aí do nada vejo aquele vídeo. Meu chão se abriu, eu fiquei muito chateada, magoada de verdade, nada do que você me dissesse naquele momento iria adiantar. 

- Carla, eu fui um babaca falando aquelas coisas, mas eu não te traí. E eu precisava que você acreditasse em mim mas você não quis nem me ouvir. 

Narrador

Um dia após o ocorrido da live Arthur e Carla se encontraram e discutiram feio, ele tentava se explicar, tentava dizer que não era verdade mas ela estava furiosa e irredutível, no calor da discussão, ambos acabaram se ofendendo, Carla o acusou de a expor ao ridículo e Arthur contra-atacou dizendo que isso não seria possível já que oficialmente não tinha nada com ela e que poderia sair com quem quisesse, ao ouvir isso ela fica possessa e diz que a partir daquele momento ele então estava livre para fazer o que quisesse e colocasse em prática tudo que ele falava no BBB. Magoados um com o outro e sem conseguir acalmar os ânimos, eles colocam um ponto final e decidem cada um seguir sua vida. Arthur vai embora furioso. Carla chora.

Alguns dias se passam e eles continuam sem se falarem, e sofrem por estarem longe um do outro. Após desabafar com uma amiga, Carla é aconselhada a conhecer outra pessoa, pois só dessa forma será capaz de esquecer o Arthur. Ela faz sinal de negação com a cabeça, diz que não é o momento para isso, que está muito triste e magoada mas ainda ama aquele garoto marrento. A amiga insiste e dispara dizendo que ela merece alguém do nível dela, que seja elegante, bem sucedido socialmente e que frequente os mesmos meios que ela e que não vê futuro numa relação com alguém tão distante da realidade que ela vive. Carla chora sem parar e pede que a amiga pare de falar.


Hummm, quem será essa amiga hein? Opinem aí por favor, mas só usem a letra inicial do nome nome tá!


Não é o fimOnde histórias criam vida. Descubra agora