Capítulo 23: Somos uma gangue

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Vicente

Depois que conseguimos as provas contra Kassy foi tudo mais fácil. Conseguimos provar sua traição, e como resultado ela foi executada por seus crimes contra a família, infelizmente ela não nos contou quem estava por trás de tudo isso, a cadela era realmente fiel ao nosso inimigo.
Rayka agora está com 5 meses e descobrimos que estamos esperando trigêmeos, uma menina e um menino, o outro ainda não sabemos o sexo, a princípio, o médico nos disse que era uma menina, eu fiquei muito feliz mas óbvio que preocupado com quantos eu teria que matar pra proteger minha princesa e rainha, depois em outra consulta descobrimos nosso garoto, fiquei aliviado porque teria um aliado para defender as duas, e claro o médico só depois viu que eram três, depois disso Rayka tomou pavor do médico dizendo que estava imaginando se a cada consulta mais um bebê apareceria, então ela não quis ir de novo e óbvio que nesse dia dei uma boa risada.
Enfim, depois de saber da gravidez eu aumentei a segurança da casa, Rayka era minha maior preocupação, e eu realmente não quero correr o risco de perder ela e meus filhos para o inimigo.
O pai dela concordou comigo e mandou seus soldados mais fiéis para proteger a Rayka e de brinde eu descobri um ex namorado dela que era o chefe da segurança, o filho da puta desde que chegou não larga de ficar perto dela, e o pior é que ele foi mandado pra proteger ela pessoalmente.
Enfim se passou três meses e hoje finalmente saberemos o sexo do nosso último bebê. Estamos aqui esperando o médico por fim ele chegou.

_Que mamãe linda temos aqui, o papai aposto que está cuidando direitinho de você, correto?

_Ele está tão protetor que chega ser paranóico. - Rayka me acusa.

_Ela que teima em fazer muito esforço quando não deveria.

_Ha Ha Ha, vocês são um casal muito fofo e divertido, senhora por favor levante a sua blusa - Rayka faz como ele pedio e ele passa um gel nela que pela sua cara estava gelado - muito bem, vamos ver como está esse neném.

Ele começa a mexer o aparelho na barriga de Rayka e vemos nossos bebês ali quase todos formadinhos.
Vejo suas mãozinhas, as cabeças, eu senti meu peito bater de uma forma tão diferente, parecia que o mundo todo estava ali naquela sala comigo, o meu mundo, minha família.

_Querem ver o sexo do último bebê? - o médico perguntou.

_Sim, nós queremos.

_Ok, vamos ver essa coisinha linda aqui... e o bebê é... é uma menina! Meus parabéns à mamãe e o papai.

No momento que ouvi que era mais uma menina, só me veio uma coisa na cabeça. A proteção deles, meus filhos não seriam indefesos, minha crianças jamais seriam o tipo que não sabem se defender, mas eu nunca vou deixar minhas filhas e meu filho sem minha proteção, nem eles e nem a Rayka, nunca, nesse momento, de agora em diante, eles são tudo o que eu tenho de mais precioso na minha vida.
Minha vida... meus filhos vão nascer no mundo onde é matar ou ser morto, não terá escolha de desistir dessa vida.
Toquei na barriga de Rayka e me afundei nos meus pensamentos, a simples possibilidade de perder eless, já é o suficiente pra mim querer acabar com todo e qualquer um que seja uma ameaça para eles.

_Vicente! - ouvi Rayka me chamar.

_Sim, diga meu amor.

_Vamos ficar bem, eu, você e a nossas crianças, não se preocupe. - ela sorrio brandamente.

_Eu vou proteger vocês quatro.

Eu olhei pra ela, aquilo era mais que uma simples frase, eu estava prometendo isso pra ela, não só pra ela, eu estava prometendo isso pros meus filhos e pra minha mulher.
Saímos do hospital e fomos para casa, Rayka me deu um beijo e subiu para o nosso quarto.
Eu me sentei na sala e fiquei ali, olhando o nada, só pensando no que houve nesses últimos meses, a traição da Kassy, o surgimento de mais um inimigo que ainda não pegamos, uma ameaça nova para a minha família, e o pior de tudo é essa incerteza se vou conseguir proteger as mulheres da minha vida.
Levantei do sofá e fui para o cartel, eu precisava colocar meu cartel em guarda, se alguma coisa acontecer com a minha esposa ou meus filhos eu nunca vou me perdoar.
Assim que cheguei no cartel, mandei que todos os membros da gangue fossem para a sala de reuniões. Assim que todos os membros da gangue estavam todos juntos na sala eu me juntei ao meu pai e meu primo no centro de um pequeno palco que tinha no centro daquele salão.

_Atenção! Eu quero que todos vocês ouçam e decorem cada palavra que eu vou dizer aqui. Como todos já sabem, minha mulher está grávida, e hoje, descobrimos que são duas meninas e um menino. Mas como todos vocês também sabem, a alguns meses atrás eu descobri que Kassy, minha ex-noiva e prima da minha esposa nos traiu, entregou provas sobre nossa gangue, e eu não sei se estamos seguros mesmo depois da morte dela, por isso vamos dobrar a atenção, eu sei que muitos aqui tem família, e que fariam de tudo para proteger suas famílias, por isso estou propondo isso. Alguém aqui é contra?

_Chefe! - chamou um dos membros.

_Pode falar.

_Chefe, acho que falo pela maioria quando digo que nossa gangue vai dar a vida pelo senhor e sua família do mesmo jeito, então vamos matar qualquer um que tente fazer qualquer coisa com o chefe e a sua família. Eu chefe, devo muito ao senhor, vamos proteger a nossa gangue.

_Eu conto com vocês, com todos vocês, todos iram receber um horário, cada um irá fazer rondas pelo cartel inteiro, como a maior parte da gangue mora por perto não será um problema, eu quero todos em grupos de até oito membros, ninguém anda sozinho, quero pelo menos dez membros na minha casa, se minha mulher sair quero que a acompanhem nada de deixar ela sozinha, se alguma coisa acontecer com ela, podem ter certeza que vocês vão entender porque me chamam de el demonio, dispensados.

Todos saíram e eu fiquei ali com meu pai Santiago e meu primo Henrique.
Me sentei numa cadeira que tinha ali e respirei fundo. É tudo por elas, pela minha família.

_Você tá bem pilhado hein mano? - comentou meu primo.

_Tá tudo bem, eu só... eu tô surtando Henrique, a Rayka, os bebês que ainda nem nasceram, a família toda pode tá em perigo e eu não sei de onde ele pode surgir cara.

_Relaxa meu irmão, na boa, nesses últimos anos nos comportamos mais como mafiosos que como gângsters, eu sei que isso fez nossos negócios triplicarem, nos tornamos a gangue das gangues, somos quase uma máfia de tão poderosos que somos, mas nós não somos mafiosos Vicente, nós somos gângsters, aliás, somos mais que isso, somos uma família, daremos sangue e vida por cada um dessa gangue, confia na sua gangue. - falou meu primo.

_Henrique tá certo, somos mais que uma gangue, somos família, vamos proteger uns aos outros.

_Certo.

Meu corpo relaxou, estavam certo, não sou apenas eu, vamos defender todos, minha gangue vai fazer todo o possível para proteger todos nós, isso eu tenho certeza.

_Vocês estão certos, somos gângsters, vamos agir como gângsters, se acharmos a ameaça, não quero misericórdia, matem qualquer um que seja uma ameaça pra minha família e seja uma ameaça para a gangue.

_É assim que um chefe de cartel fala.

¿Contínua?

O Gangster_ Meu perigoso amor- trilogia mafiososOnde histórias criam vida. Descubra agora