Cachorra de Madame

Capítulo V

PIRATARIA  É  CRIME! - Fique atento.

-- NÃO  AO  ROUBO  AOS  DIREITOS  AUTORAIS! --

V

Alô. Disse Figueira a atender o telefone; cachorrada parecia diminuir o intenso dos uivos; ninguém do outro lado da linha para responder, exceto – bem parecia um latido persistente, entanto monótono, de um cão mais ao fundo, o som

o som aquoso (é só a linha ruim)

a deixar inda mais estranha ligação; segunda vez, e do mesmo número.

Figueira desligou; antes dera uma olhada no visos, não era de esquecer coincidências tão fácil.

–  Ϟ  –

- O que posso fazer? – Perguntou Renato Rodrigues.

- Estou num caso de características estranhas.

- Não há casos estranhos; há investigações estranhas.

Adilson entregou o envelope (dentro dele, as fotos) a Renato. Esperou que fosse aberto para explicar.

- Estou tendo dor de cabeça com isso. Pensei se tratar de vingança, mas há algo que não fecha.

- Pensou em homicídio seguido de suicídio?

- Pensei que um agente da polícia federal poderia ter uma resposta melhor.

- Perito criminal tem de descartar todas as hipóteses, e a que sobrar será a resposta.

- Esta aqui – falou Adílson, a indicar foto da marca de pata de um animal – destoou do cenário.

- E daí?

- E daí que tenho dúvidas.

- Um animal de estimação que fugiu assustado não tende a ser usado como prova.

- Sei disso. Mas não havia sinal de animal de estimação. Nada disso, nada de ração ou porcaria alguma.

- Posso ficar?

- São tuas.

- Dê-me uma semana.

- Uma semana e nenhum dia a mais.

- Entro em contato.

- Eu pago nosso café – falou Adilson por despedida.

–  Ϟ  –

Aqui é o Inspetor Adilson Figueira. Falou assim que o outro lado da linha atendera; manhã logo cedo, nem bem se lavara e pegara o celular para ligar; voz do outro lado, ensonada.

Ah. Não acredito. Praguejou.

É a segunda vez que recebo ligação deste número, senhora.

E o senhor não cansou de me passar trote, não é? Se ligar mais uma vez, chamo a polícia!