Kid's Play 2 - Taegyu

Ódio?

O dia de Huening foi refrescante e tranquilo, teve aulas boas durante a parte da tarde, e ainda saiu para comer com seus amigos e ir a um karaokê. Destrancou a porta meio bambo, no entanto, devido às poucas taças de álcool que acabou tomando.

Porém, depois de uma colher voar pelo seu lado ao dar um passo para dentro, duvidou se haviam sido poucas mesmo.

— Taehyun..? — chamou, receoso. A porta frontal ficava bem para o balcão da cozinha.

A passos rápidos e pesados, o ruivo foi buscar a colher de madeira que atirou de alguns bons metros de distância.

— Oi, Kai — resmungou, nem olhando nos olhos do colega.

— Você sabe que quase me acertou, né? — continuou, fechando a porta.

— Ah, é? Foi mal — desculpou-se de forma seca. — É que essa merda de macarronada não tá dando certo e eu tô no meu limite.

— Deixe para outro dia então.

— E deixar ela me vencer?! — retrucou, indignado, ao balançar a colher de pau na mão. — Nana-nina-não.

Kai levantou as mãos ao lado da cabeça, e deu um passo para trás.

— Ok, ok, mas porque você está tão estressado mesmo?

— Estressado? — Riu, nasalado. — Estou ótimo. — Taehyun não parava de balançar a colher, e não era exatamente algo reconfortante de se assistir.

Não levou nem três segundos.

— Aconteceu alguma coisa entre você e o Beomgyu?

Taehyun sorriu, cruzou os braços, e depois riu-se como se não houvesse amanhã, até fechar a cara em um instante.

— Nada.

— Você é um péssimo ator para quem gosta de teatro.

Não resistiu por muito mais tempo, segundos depois já estava detalhando tudo o que havia acontecido nos últimos dias, da questão da caneca a todo o rolo com o professor de música. Kai estava fascinado e sem palavras enquanto escutava seu amigo jogar todas as informações como se fosse um rap na sua cara.

— Peraí, peraí, calma que meu raciocínio não vai tão rápido — acalmou-o. — Então você admite que está a fim do Beomgyu? — Um sorriso cresceu em seus lábios.

Taehyun fez cara feia.

— Você ainda está aí? Sim, é verdade, parabéns para mim que tenho uma queda por gente que não gosta de mim — resmungou, cruzando os braços. — O que foi?

Kai estava mordendo o lábio na tentativa de conter um sorriso enorme.

— Nada. — Riu baixinho. — Então qual é o próximo passo?

— Arranjar um novo emprego do outro lado da cidade.

— Tae, não. Você disse que ele anda te provocando! Quem não está interessado nunca faz isso, só são secos.